Perda auditiva neurossensorial: sintomas, causas e tratamentos - Ciência - 2023
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Contente
- Sintomas
- Perda de audição
- Zumbido ou zumbido
- Vertigem
- Sensação de pressão no ouvido
- Outros sintomas
- Causas
- Genética
- Adquirido
- Tratamentos
- Amplificando fones de ouvido
- Cirurgia
- Outras alternativas
- Educação
- Referências
o Perda de audição neurosensorial (HNS) é a diminuição ou perda da audição como resultado de lesão na cóclea ou nervo auditivo. Tanto o órgão coclear quanto o nervo vestíbulo-coclear (VIII par) são responsáveis pela recepção e transmissão do som.
Atualmente, a perda auditiva de diferentes causas, incluindo a origem neurossensorial, é uma forma de deficiência significativa. A audição é um dos componentes da comunicação humana e sua perda parcial ou total é uma limitação tanto para as relações sociais quanto para a atividade laboral.
Várias estruturas estão envolvidas no processo de audição. Este sentido consiste em um sistema de recepção, condução e transformação de sons em impulsos nervosos.
Os sons chegam por via aérea ao pavilhão auricular, viajam pelo conduto auditivo externo (ouvido externo) até o tímpano, que vibra ao receber as ondas sonoras. A vibração timpânica atravessa os ossículos (ouvido médio) até a cóclea (ouvido interno) que converte a vibração em impulsos elétricos.
Portanto, o déficit sensorial pode ser condutivo ou sensível. No primeiro, afeta estruturas do ouvido externo e médio, enquanto o segundo envolve danos ao órgão coclear ou ao nervo auditivo.
Os sintomas da perda auditiva não incluem apenas perda parcial ou total da audição. Outros sintomas como vertigem, dor de cabeça, dor de ouvido podem acompanhar esta condição.
Em geral, a prevalência de perda auditiva é ainda maior do que a do diabetes. Atualmente, a estimativa da perda auditiva neurossensorial - de grau variável - gira em torno de 30% da população mundial.
O objetivo do tratamento da perda auditiva é compensar a perda auditiva. O uso de aparelhos eletrônicos ou cirurgia são alguns dos tratamentos indicados, de acordo com a gravidade do quadro.
Sintomas
A diminuição da capacidade auditiva é o principal sintoma desse distúrbio. Dependendo da causa do déficit neurossensorial, outros sintomas relacionados podem ser encontrados, como vertigem e zumbido.
Perda de audição
Esse sintoma pode se apresentar de forma aguda, mas em geral se instala de forma progressiva. A perda auditiva congênita já está presente ao nascimento, mas geralmente leva tempo para ser diagnosticada. Consiste na diminuição para perceber ou discernir sons.
A faixa de frequência auditiva humana normal é de 20 Hz a 20 KHz. A intensidade dos sons é expressa em decibéis (dB) cujo valor mínimo é 0 dB e o valor máximo tolerado por uma pessoa é de 130 dB. A classificação da perda auditiva é baseada na intensidade do som que pode ser percebido.
- Incipiente, quando vai de 15 a 25 dB.
- Leve, de 26 a 40 dB.
- Moderado, de 41 a 60 dB.
- Grave, de 61 a 90 dB.
- Profundo, quando superior a 90 dB.
Quando a perda auditiva é progressiva, ela passa despercebida e a pessoa se adapta sem perceber o déficit. Audiometria, um estudo da habilidade auditiva, é uma ferramenta útil para estabelecer o nível de perda auditiva.
Zumbido ou zumbido
Eles consistem em sons percebidos por um indivíduo na ausência de estímulos sonoros. Geralmente são sons como sussurro, zumbido, tilintar, assobio, sopro de um tubo ou guincho.
O zumbido geralmente acompanha a perda auditiva e é bastante irritante. Pode ser temporário, mas representa um sintoma de alarme que avisa sobre possíveis danos à audição.
Vertigem
A vertigem se traduz na impossibilidade de ficar estável ao perceber o movimento de objetos fixos no ambiente. A causa da vertigem é uma alteração no labirinto ou na parte do nervo auditivo responsável pelo equilíbrio. Uma vez que ambos os nervos - bucal e coclear - estão relacionados, os sintomas geralmente estão associados.
A doença de Ménière, um distúrbio degenerativo cuja causa é desconhecida, está associada a vertigem, zumbido e perda auditiva progressiva.
Sensação de pressão no ouvido
É um sintoma inespecífico que surge como sensação de plenitude dentro do ouvido. Indivíduos que manifestam esse sintoma relatam ter algo dentro do ouvido que os impede de ouvir.
Outros sintomas
Dor de cabeça, dor de ouvido, otorréia ou mesmo distúrbios motores representam sintomas associados à causa desencadeadora. Em bebês, pode haver sinais de déficits no desenvolvimento psicomotor, linguagem ou deformidades que indicam a natureza congênita da doença.
Causas
A alteração ou lesão do nervo auditivo tem múltiplas causas, desde problemas genéticos até traumas ou déficits relacionados à idade. Uma maneira simples de classificar as causas da perda auditiva neurossensorial é dividi-la em genética e adquirida.
Genética
As doenças genéticas referem-se a todas as doenças de natureza hereditária, transmitidas pelos pais aos seus filhos. Os termos genético e congênito são freqüentemente confundidos. As causas genéticas são congênitas, mas nem todas as causas congênitas são de origem genética.
A perda auditiva congênita refere-se a todas as doenças que ocorrem durante o período pré-natal, sejam genéticas ou adquiridas.
Do total de causas congênitas, entre 70 a 80% correspondem a alterações genéticas simples, que incluem malformações ou disfunções do aparelho auditivo.Os 20 a 30% restantes envolvem a presença de SNH que acompanha as síndromes clínicas.
Tanto a perda auditiva sindrômica quanto a não sindrômica possuem vários padrões hereditários. Eles podem estar presentes como defeitos autossômicos dominantes, autossômicos recessivos ou ligados ao X.
Adquirido
Adquirido é o adjetivo que indica qualquer processo que se desenvolve em um organismo estrutural e funcionalmente normal. Um exemplo de perda auditiva adquirida é a SHN relacionada a infecções durante a gravidez ou toxicidade de alguns medicamentos. Trauma acústico e barotrauma também são exemplos de causas adquiridas de perda auditiva.
A presbiacusia, perda auditiva relacionada à idade, pode ter uma predisposição genética, mas se desenvolve a partir da exposição ao ruído.
As causas mais comuns e tratadas de HNS são:
- Congênitos, como malformações idiopáticas, infecções durante a gravidez, incompatibilidade de Rh e uso de medicamentos teratogênicos ou ototóxicos pela mãe.
- Predisposição genética.
- Presbiacusia.
- Infecções, como meningite, mastoidite ou labirintite supurativa.
- Lesão na cabeça, incluindo fratura de crânio.
- Doença de Ménieré.
- Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso ou outras doenças do colágeno.
- Complicações da artrite reumatóide.
- Medicamentos ototóxicos, como aminoglicosídeos, vancomicina, quinina, furosemida, entre outros.
- Exposição prolongada a ruídos altos.
- Barotrauma. Acidentes de pressão durante o mergulho podem causar SNH, especialmente se estiverem relacionados a fístulas.
- Neuropatia auditiva e neuroma acústico.
- Esclerose múltipla e outras doenças desmielinizantes.
- Tumores meníngeos.
Tratamentos
A audição é um dos cinco sentidos e permite a relação do indivíduo com os outros e com seu meio. É um dos elementos da comunicação humana, essencial para o relacionamento interpessoal.
A perda parcial ou total da audição é, então, uma limitação significativa para a atividade humana e ocupacional. O objetivo do tratamento, quando é uma alternativa, é fornecer os meios necessários para restaurar ou compensar a perda desse sentido.
Atualmente não existe tratamento farmacológico para o tratamento da SNH. Embora existam medidas preventivas, as únicas intervenções possíveis são o uso de amplificadores auditivos e a cirurgia.
Quando o tratamento médico e a ajuda instrumental não são possíveis, a educação do paciente representa uma alternativa.
Amplificando fones de ouvido
Seu uso é destinado a pessoas com déficit auditivo leve a moderado (entre 26 e 60 dB). Eles consistem em sistemas de recepção e amplificação que são colocados no conduto auditivo externo. Seu uso requer a integridade do sistema nervoso periférico e central.
Uma das desvantagens do uso das próteses auditivas é a adaptação a elas. Em alguns casos, seu uso deve ser interrompido devido à progressão da perda auditiva. Para algumas pessoas, o custo é uma limitação no momento da compra.
Cirurgia
O objetivo da cirurgia é reparar qualquer defeito que impeça a função auditiva ou a colocação de implante coclear.
O órgão coclear é responsável por converter as vibrações sonoras em impulsos nervosos que viajam através do nervo auditivo até o cérebro. Este órgão possui cílios que lhe permitem cumprir sua função. Em alguns casos, as células ciliadas da cóclea são perdidas ou danificadas, resultando em perda de função.
O implante coclear é um dispositivo eletrônico implantável que substitui o órgão coclear, convertendo ondas sonoras em impulsos elétricos. Esses impulsos são enviados aos gânglios nervosos, onde o dispositivo foi conectado.
Consiste em um sistema receptor externo - através de um microfone - um microprocessador e uma bobina conectada a dois eletrodos como parte do dispositivo interno ou implantável. A cirurgia é relativamente segura e com poucas complicações.
Os critérios de inclusão para cirurgia são o diagnóstico de lesão coclear, crianças que retêm plasticidade neural (menos de 5 anos) e adultos com linguagem aprendida. Após a cirurgia, a reabilitação da linguagem é necessária.
Outras alternativas
Na última década, outras alternativas terapêuticas foram propostas para HNS. Um deles consiste na introdução de células-tronco e regeneração celular no ouvido interno. O objetivo é reparar tecidos danificados na cóclea e até mesmo no nervo auditivo.
Embora ainda esteja em estudo, seu sucesso seria um grande avanço para a ciência médica e uma esperança para os deficientes auditivos.
Educação
Nos casos em que não existem alternativas terapêuticas para HNS, a educação torna-se uma ferramenta valiosa. O objetivo é fornecer as ferramentas necessárias para a adaptação ao meio social, incluindo a linguagem. Leitura labial e linguagem de sinais são formas úteis de comunicação que podem ser aprendidas.
Referências
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