Fototerapia: o que é, para que serve e como é usada - Psicologia - 2023
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Contente
- O que é fototerapia?
- Em que consiste?
- O que traz benefícios?
- Para que doenças e distúrbios é usado?
- Possíveis efeitos colaterais
- Precauções
- Luz ultravioleta
- Quando é melhor começar?
- Como deve ser aplicado para ser eficaz?
- 1. Intensidade
- 2. Duração
- 3. Hora do dia
- Outros tipos de lâmpadas
- 1. Lâmpada de radiação infravermelha
- 2. Laser
- Sobre camas de bronzeamento
Embora possa parecer um tanto místico, a luz pode curar, ou pelo menos reduzir os sintomas de certos problemas médicos e distúrbios psicológicos.
A fototerapia é um conjunto de tratamentos em que a luz é utilizada para ajudar a aumentar o humor em pacientes psiquiátricos e também reduzir a inflamação e outros problemas dermatológicos. A seguir veremos com mais profundidade em que consiste essa técnica, principalmente no campo da psiquiatria.
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O que é fototerapia?
A fototerapia, também chamada de terapia de luz ou terapia de luz, é uma ferramenta terapêutica em que radiação eletromagnética, ou seja, luz, é usada para tratar doenças médicas e distúrbios psicopatológicos. O tipo de luz aplicada pode ser radiação visível, infravermelha ou ultravioleta.
Na área médica, a fototerapia é utilizada, sobretudo, no tratamento de doenças de pele, como vitiligo ou psoríase. No caso da psicologia e da psiquiatria, descobriu-se que é útil no tratamento de transtornos de humor, especialmente transtorno afetivo sazonal.
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Em que consiste?
Basicamente, a fototerapia envolve a exposição do paciente a um dispositivo, como a lâmpada de fototerapia, ou a banhos solares, para que a luz incida sobre a pele e ative processos bioquímicos. A luz da lâmpada de fototerapia é muito semelhante à luz natural.
Fototerapia acredita-se afeta as substâncias químicas cerebrais associadas ao humor e ao sono. Por esse motivo, é utilizado no tratamento do transtorno afetivo sazonal, transtorno do humor que ocorre em determinada época do ano, principalmente associado à falta de luz natural. Por este motivo, a maioria das pessoas que o apresentam manifestam-se no outono ou no inverno.
O que traz benefícios?
Em sua utilização em psicopatologia, por não se tratar de um tratamento farmacológico, a fototerapia está associada a um tratamento que apresenta poucos efeitos colaterais. Caso já estejam sendo consumidos medicamentos, principalmente antidepressivos, ou se vão para terapia psicológica, o uso dessa técnica pode contribuir para aumentar a eficácia desses tratamentos, permitindo consumir uma dose menor de medicamentos.
É também utilizado em mulheres grávidas ou lactantes que não podem consumir psicotrópicos porque, embora não sejam todos, existe o risco de que acabem no bebé.
Para que doenças e distúrbios é usado?
Como já estávamos comentando, a fototerapia É usado especialmente para doenças dermatológicas e transtornos do humorNo entanto, existem muitas outras condições em que a técnica mostrou alta eficácia.
Entre os transtornos mentais para os quais é utilizado, podemos encontrar transtornos do humor, tais como:
- Transtorno afetivo sazonal
- Depressões não associadas à estação do ano
Mas, além disso, são usados para tratar distúrbios em que a pessoa apresenta algum tipo de incompatibilidade em seu ciclo de sono, seja por motivos de trabalho, viagens longas (jet-lag) ou dificuldade em adormecer.
- Fuso horário
- Transtornos do sono
- Horário noturno de trabalho
- Demência
Quanto às doenças de pele, encontramos a psoríase. Na fototerapia aplicada a esses tipos de problemas, a luz ultravioleta precisa ser filtrada uma vez que pode causar lesões nos olhos e na pele.
Possíveis efeitos colaterais
No caso da fototerapia aplicada aos transtornos do humor, apesar de ser uma técnica segura, envolve certos riscos, que são leves e de curta duração. Entre eles podemos encontrar:
- Dor de cabeça
- Tontura
- Fadiga ocular
- Irritabilidade
- Nervosismo (associado ao transtorno bipolar)
- Mania e euforia
- Hiperatividade
Os efeitos colaterais podem ser controlados reduzindo o tempo de tratamento, afastando-se um pouco da lâmpada, fazendo pausas durante as sessões longas ou mudando a hora do dia em que é usada. Também pode ser que apareçam imediatamente após o início da terapia, mas são reduzidos conforme ela progride.
Precauções
Embora o uso da fototerapia possa parecer inofensivo, não podemos esquecer que se trata de um tratamento médico e que, portanto, devem ser tomados cuidados ao utilizá-la, além de confiar no julgamento profissional do médico, psicólogo ou psiquiatra que a recomendou. .
Algumas das considerações a serem levadas em consideração antes de iniciar o tratamento com luz são os saber se você tem uma doença de pele que a torna especialmente sensível à luz e que pode piorar se essa técnica for aplicada, como seria o caso do lúpus eritematoso sistêmico. É de especial consideração o caso de ter uma doença ocular, que torna os olhos mais vulneráveis aos danos da luz.
Se você está consumindo uma droga, você deve pergunte ao profissional que o prescreveu e olhe a bula para ver se aumenta a sensibilidade à luz solar. Alguns dos medicamentos que podem ter esse efeito colateral são certos antibióticos, antiinflamatórios ou tratamentos com ervas, como a erva de São João.
Em pessoas que sofrem de transtorno bipolar, é especialmente importante monitorar se a fototerapia está sendo aplicada, uma vez que um de seus efeitos colaterais é o desencadeamento da mania.
Luz ultravioleta
As lâmpadas de fototerapia devem ser projetadas para filtrar a luz ultravioleta, que é prejudicial à pele e aos olhos. Apesar de na maioria dos casos e, principalmente, para uso com a pele, já estarem desenhados para filtrá-la, nem sempre o conseguem de forma completa.
É por este motivo que se deve ter um cuidado especial com este tipo de aparelho porque, como já dissemos, embora possam parecer muito inofensivos, se não houver um bom controlo, corre-se o risco de sofrer problemas de pele como manchas , melanoma e queimaduras. Vá a um dermatologista antes e durante a aplicação da técnicaEmbora esteja sendo usado para um transtorno de humor, é sempre recomendado.
Quando é melhor começar?
A fototerapia prescrita para pessoas com transtorno afetivo sazonal geralmente começa no início do outono, quando o céu começa a ficar nublado em várias regiões do mundo e começam as chuvas. Devido à falta de sol, surge a desordem. É por isso que a fototerapia é aplicada para compensar a falta de estimulação luminosa nas pessoas mais sensíveis a ela. Geralmente, o tratamento continua até a primavera, quando já há mais luz lá fora e isso é suficiente para manter o bom humor e níveis de energia mais elevados.
Durante a fototerapia, a pessoa se senta ou trabalha perto de uma lâmpada especializada. Para ser eficaz, a luz da lâmpada deve entrar indiretamente nos olhos, além de atingir a pele. Uma das bases biológicas da depressão está relacionada à falta de luz e alterações nos ciclos do sono, por isso, ao entrar pelo olho essa luz permite regular os ciclos do sono, pois ajuda o cérebro a se regular e quando há luz, fique claro que não é hora de dormir, que é dia.
Mas cuidado! não olhe para a lâmpada diretamente, uma vez que os olhos podem ser danificados. Devem ser seguidas as recomendações do profissional de saúde que o recomendou, além de consultar as instruções do fabricante.
Não é uma terapia que induz melhora automaticamente. Requer tempo e perseverança, como qualquer outro tratamento. Não devemos esperar que, com uma única sessão, tenhamos uma melhora significativa em nosso humor.
Uma das recomendações é acender a lâmpada perto de um lugar onde moramos com frequência., como a escrivaninha, a sala de estar ou algum outro lugar onde passamos muito tempo.
Como deve ser aplicado para ser eficaz?
Existem três elementos principais para garantir que esta terapia seja eficaz.
1. Intensidade
A intensidade da lâmpada é registrada em lux (latim para "luz"), que é uma medida da quantidade de luz recebida. Para transtorno afetivo sazonal, sua recomendação usual é usar uma intensidade de lâmpada de 10.000 lux, colocado a uma distância de meio metro do rosto.
2. Duração
Com uma intensidade de 10.000 lux, a fototerapia geralmente requer sessões entre 20 e 30 minutos. Caso a intensidade da lâmpada seja menor, digamos 2.500 lux, sessões mais longas podem ser necessárias.
3. Hora do dia
Para a maioria das pessoas, a fototerapia é mais eficaz quando feita de manhã cedo, logo ao acordar. Porém, há pessoas que podem achar mais útil receber as sessões em outros horários do dia. Para isso, o médico deve ser consultado para estabelecer o horário que melhor se adapta ao caso particular.
Outros tipos de lâmpadas
Outros produtos semelhantes são estes.
1. Lâmpada de radiação infravermelha
É utilizado como terapia térmica, utilizando a câmera infravermelha. Não é luz visível, simplesmente fornece calor e não é aplicado para transtornos de humor, mas para problemas de pele.
2. Laser
É uma luz artificial especial, que consiste na amplificação da luz por meio de um processo de emissão estimulada de radiação. É considerada uma técnica de fototerapia, embora não seja aplicada no campo dos distúrbios psicológicos e sua aplicação em doenças de pele seja muito específica.
Requer uma luz e um composto químico, que pode ser líquido, sólido ou gasoso. A luz estimula o químico, aumentando sua energia. Quando a energia cai sobre o composto é que surge o próprio laser, que enxerga uma única cor e, às vezes, tem a capacidade de cortar tecidos.
Existem dois tipos de lasers para fins médicos: o macio e o duro.
Soft, com radiação de 10-20 mW (miliwatts), é usado para varrer a pele e tem efeito analgésico, antiinflamatório e regenerador de tecidos.
O hard tem uma radiação maior que 10 W (watts), sendo seu uso bastante poderoso. Pode causar vaporização celular, foto coagulação ou mesmo explosões celulares. Pode ser usado para cortar tecidos (bisturi a laser), fotocoagular em caso de descolamento de retina ou remover tatuagens e manchas. Pode ter efeitos patogênicos, é contra-indicado em mulheres grávidas e em pessoas com doenças cancerígenas.
Sobre camas de bronzeamento
Quando se fala em lâmpadas de fototerapia, pode-se pensar que se assemelham a camas de bronzeamento, ou seja, estão acostumadas a se bronzear. Uma vez que os benefícios da luz solar já são conhecidos na cultura popular, poucos podem cair no erro de pensar que as camas de bronzeamento são uma boa alternativa às lâmpadas solares, além de nos dar uma moreninha para o verão. Isso não é assim.
Não está provado que ajudem a aliviar os sintomas do transtorno afetivo sazonal, além disso, emitem luz ultravioleta que, como já havíamos comentando antes, pode danificar a pele e aumentar o risco de câncer de pele.