10 poemas zapotecas originais e traduzidos - Ciência - 2023
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Contente
- Poemas zapotecas populares e sua tradução em espanhol
- 1- Xtuí
- Vergonha
- 2- Guielú dani guí
- Olho do vulcão
- 3- Yoo lidxe ’
- Primeira casa
- 4- Nem naca ’ne nem reedasilú naa
- O que eu sou, o que eu lembro
- 5- Dado
- Dadaísta
- 6- Mexa
- A mesa
- 7- Lu ti nagana
- Dúvida
- 8- Biluxe
- Acabou-se
- 9- Guielú dani guí
- Olho do vulcão
- 10- Bidóo Bizáa
- Deus criador
- Referências
Os zapotecas são um povo nativo do sul do México, especificamente nos estados do sul de Oaxaca, Puebla e Guerrero. Este grupo indígena data da época pré-colombiana, época em que teve grande importância na região, com um grande desenvolvimento cultural em que se destaca seu sistema de escrita plenamente desenvolvido.
Atualmente, existem cerca de 800.000 zapotecas espalhados no México e nos Estados Unidos que têm garantido manter sua cultura e idioma frescos e intactos e transmiti-los às novas gerações.
É por isso que hoje existem muitas peças literárias zapotecas, entre as quais se destacam os poemas.
Poemas zapotecas populares e sua tradução em espanhol
Aqui estão alguns textos de poemas zapotecas em seu idioma original e traduzidos para o espanhol.
1- Xtuí
Gula’qui ’xtuxhu
beeu guielúlu ’
ne bichuugu ’xtuí nucachilú
ndaani 'xpidola yulu'.
Biina 'guiehuana' daabilú '
por ra guixiá dxaapahuiini ’nuu ndaani’ guielulu ’.
Vergonha
Coloque a borda
da lua sobre seus olhos
e corta a vergonha que esconde
em seu mármore do chão.
Espelhos enterrados chore
até que a garota desapareça.
2- Guielú dani guí
Ndaani ’ti le’ yuze zuguaa
cagaañe guidxilayú ne dxita ñee:
cabeça naa.
Naa ridide 'nisiaase' luguiá 'ti za guiba'
ne riuaabie ’ra nuume.
Olho do vulcão
No ringue um touro
arranhe o mundo com seus cascos:
me espera.
Eu durmo na nuvem
e eu me jogo.
3- Yoo lidxe ’
Dxi guca ’nahuiini’ guse ’ndaani’ na ’jñaa biida’
sica beeu ndaani ’ladxi’do’ guibá ’.
Luuna ’stidu xiaa ni biree ndaani’ xpichu ’yaga bioongo’.
Gudxite nia ’strompi’pi’ bine ’laa za,
ne guie ’sti matamoro gúca behua xiñaa bitua’dxi riguíte nia’ ca bizana ’.
Sica rucuiidxicabe benda buaa lu gubidxa zacaca gusidu lu daa,
galaa íque lagadu rasi belecrú.
Cayaca gueta suquii, cadiee doo ria ’ne guixhe, cayaca guendaró,
cayaba nisaguie guidxilayú, rucha’huidu dxuladi,
ne ndaani ’ti xiga ndo’pa’ ri de’du telayú.
Primeira casa
Quando criança eu dormia nos braços da minha avó
como a lua no coração do céu.
A cama: algodão que saiu da fruta pochote.
Eu fiz óleo de árvores e vendi para meus amigos
como o pargo, a flor extravagante.
Assim como o camarão seca ao sol, nós nos estendemos em uma esteira.
Acima de nossas pálpebras dormia a cruz de estrelas.
Tortilhas comiscais, fios tingidos para redes,
a comida foi feita com a alegria da garoa sobre a terra,
nós batemos o chocolate,
e em uma enorme cabaça nos serviram de madrugada.
4- Nem naca ’ne nem reedasilú naa
Ti mani ’nasisi napa xhiaa ne riguite.
Ti ngueengue rui ’diidxa’ ne riabirí guidiladi,
naca ’ti badudxaapa’ huiini ’biruche dxiña cana gutoo ne qui nindisa ni
ti dxita bere yaase ’riza guidilade’ ne rucuaani naa.
Rucaa xiee ti yoo beñe zuba cue 'lidxe',
naca ’layú ne guirá lidxi.
Gudindenecabe de Ti bandá,
ti miati ’nalase’ zuguaa chaahui’galaa gui’xhi ’ró.
Ti bacuxu ’sti nisa, sti yaga guie’, cadi sti binni.
Naca ’tini bi’na’ Xabizende.
Naca ’ti bereleele bitixhie’cabe diidxa’ gulené.
O que eu sou, o que eu lembro
Uma liberdade que brinca e não se torna feia.
A sensibilidade de um papagaio falante,
Eu sou a garota que larga as cocadas e não as levanto,
um ovo de galinha preto passa por mim e acorda.
Eu sou um nariz que cheira o adobe da casa do outro lado da rua
um pátio e todas as suas casas.
Uma fotografia repreendida
uma linha fina no meio da selva.
Uma flor para a água, para outras flores e não para as pessoas.
Eu sou uma resina que São Vicente chorou.
Sou um maçarico-da-pedra que abafou seu canto em outra língua.
5- Dado
Pa ñanda niniá ’luguiaa
xa badudxaapa ’huiini’ nayati guielú,
niziee ': você barco stibe,
você duubi ’nutiee sica ti pe’pe’ yaase ’,
chupar neza guelaguidi ñapa ebiá naguchi ruzaani '
ne dxiña biadxi dondo ñó guenda stibe xa’na ’ti yaga bioongo’.
Nuzuguaa ’jmá guie’ xtiá ne guie ’daana’ ra lidxibe,
nga nga ñaca xpidaanibe
você guia ni ñuuya 'laabe
ñanaxhii gupa naxhi cayale gasi guidiladibe.
Dadaísta
Se eu pudesse ir ao mercado
com a garota de olhos claros,
Eu o compraria: um jogo de loteria,
uma pena da cor de jicaco escuro,
sandálias com fivelas de ouro
e para seu nahual comer debaixo de uma árvore ceiba,
o matagal ácido de ameixas.
Ela estofaria sua casa com maços de manjericão e cordoncillo,
aquele seria o seu huipil
e todos que olharam para ela
Eu a amaria pelo orvalho permanente em seu corpo.
6- Mexa
Bisa’bi cabee naa ’
cue ’ti bitoope dxa’ birí naxhiñaa ndaani ’
ra cáru ’gúcani dá ni bidié ne nisa roonde’ xti ’gueta biade.
Lú mexa ’bizaacabe xhuga ne ti guiiba’, gudaañecabe lú yaga
nem bisiganinecabe binni nayaase 'guidiladi nem rini' chupa neza diiidxa '.
Bixelecabe chiqué ne ni ti guidxi qui nuchiña laacabe.
Xa’na ’dani beedxe’
biyube ’ti guisu dxa’ guiiba yaachi
ti núchibi dxiibi xtinne ’
ne ti nisa candaabi ’bixhiá ndaani’ bíga ’guielua’
Guirá xixe guie ’huayuuya’ lu sa ’guiidxi.
A mesa
Eu fui abandonado
ao lado de um caranguejo cheio de formigas vermelhas
mais tarde, eram pó para pintar com o limo nopal.
Da mesa forrada de goivas: xilogravura que sulcava o silêncio
em peles bilíngües e morenas.
Havia distância naquela época
a geografia não beneficiou a palavra.
Sob o cerro del tigre
Eu procurei por um tesouro para domar meu medo
e um líquido ígneo apagado do meu olho esquerdo
todas as flores que vi em maio.
7- Lu ti nagana
Lu ti Neza
chupar na '
nagu’xhugá
zuguaa '.
Tobi ri '
nadxii naa,
xtobi ca
nadxiee laa.
Nisaguié,
nisaguié,
gudiibixendxe
ladxiduá '.
Gubidxaguié ',
gubidxaguié ',
binduuba ’gu’xhu’
ndaani ’bizaluá’.
Dúvida
Numa estrada
Isso se bifurca,
Confuso
Eu me encontro.
Está
Me ama,
Eu amo-a.
Chuva,
Chuva,
Lave com muito cuidado
Minha alma.
Sol em flor
Sol em flor
Varra a fumaça
Dos meus olhos.
8- Biluxe
Biluxe
Ne ngasi nga laani.
Lu neza zadxaagalulu ’
Ca ni bidxagalú cou '
Biá 'dxi
Gúcalu ’bandá’ xtibe;
Ti bi’cu ’, ti bihui,
Ti binni.
Gasti 'zadxaa
Ne laaca ca bigose
Guxhuuna ’íquelu’
Gusiquichi ique badunguiiu
Bichaabe lii.
Ne laaca decheyoo
Bizucánelu ’laabe
Gusicabe guendarusiaanda ’xtibe.
Gasti ’zadxaa.
Lii siou ’nga zusácalu’
Guidxilayú ma qui gapa
Xiñee guireexieque,
Ma qui gapa xiñee
quiidxi guendanabani.
Ne zoyaalu ’guendanabani xtilu’,
Laxide’lo zapapa
Bia ’qui guchendaxhiaasi layú,
Ne nalu ’ne ñeelu’
Zusiaandu 'laaca',
Qui zánnalu paraa zuhuaalu ’,
Ne nisi lulu ’, nisi nalu’
Guia Zaniibihuati 'ne guete'.
Acabou-se
Acabou-se
e isso e tudo.
Em seus passos você encontrará
as próprias coisas que você encontrou
durante os dias
que você era sua sombra;
Um cachorro, um porco,
uma pessoa.
Nada vai mudar
e as mesmas cenouras
que eles sujaram sua cabeça
eles vão embranquecer o jovem
que tomou o seu lugar.
E atrás da casa
onde eles mentiram
ela resolverá seu esquecimento.
Nada vai mudar,
no entanto você vai supor
isso não faz mais sentido
o movimento da terra,
não há mais razões
agarrar-se à vida.
E você vai morder sua masculinidade
seu coração vai vibrar
com asas prestes a atingir o solo,
e seus braços e suas pernas
você vai colocá-los no esquecimento,
perdido em seu lugar
você vai se ver se movendo tolamente
olhos e braços de norte a sul.
9- Guielú dani guí
Ndaani’ti le ’yuze zuguaa
cagaañe guidxilayú ne dxita ñee:
cabeça naa.
Naa ridide 'nisiaase' luguiá 'ti za guiba'
ne riuaabie'ra nuume.
Olho do vulcão
No ringue um touro
arranhe o mundo com seus cascos:
me espera.
Eu durmo na nuvem
e eu me jogo.
10- Bidóo Bizáa
Bixhóoze duu née rigóola
lii bizáa lúu guiráa níi:
cáa xhíixha zíizi née naróoba.
Gubíidxa née stúuxu quiráati,
béeu née cáahui quiráati,
béle guíi guibáa.
Bíinu cáa níisa doo née guíigu,
níisa layúu dáagu née níisa pii.
Guia Cáa dáani née,
bidxíiña née bennda,
máani ripáapa née buupu,
bíi, dxíi, biáani,
bandáa, laadxi doo.
Binni laaze née béedxe guéenda,
léempa néexhe náa née guéeu níidi.
Bizáa lúu guennda nacháahui née guennda xhíihui,
ráa dxíiba lúu náa née ráa bidíiñe,
guennda nayéeche née guennda gúuti,
guennda nabáani née guennda nanaláadxi náaca xcuáa.
Jnáadxi duu lii Bidóo Záa:
naaca níiru cáa xníiru íiza.
Deus criador
Mestre e senhor
que você criou tudo:
coisas simples e grandes.
O sol com seus raios eternos,
a lua de sombras infinitas,
as estrelas, o céu.
Você fez os mares e os rios,
as lagoas e as poças.
As montanhas e as flores
o veado e o peixe,
os pássaros e a espuma,
o vento, o dia, a luz,
as sombras, a alma.
O homem fraco e o tigre inteligente,
o astuto coelho e o tolo coiote.
Você criou o bem e o mal
triunfo e derrota,
alegria e morte,
vida e ódio juntos.
Nós te amamos, Deus Zapoteca:
a primeira das primeiras idades.
Referências
- Povo Zapoteca, Cultura Zapoteca e Línguas Zapotecas. Recuperado de es.wikipedia.org
- David Gutierrez. Poesia zapoteca, linguagem inovadora. Recuperado de capitalmexico.com.mx
- María de los Ángeles Romero Frizzi (2003). Escrita zapoteca: 2.500 anos de história. Conaculta. México.
- Poema em Zapoteca. Recuperado de mexicanisimo.com.mx
- Poemas de amor da língua zapoteca. Victor Terán. Recuperado de zocalopoets.com
- Poesia bilíngüe zapoteca-espanhola. Natalia Toledo. Recuperado de lexia.com.ar
- Poema na linguagem Zapoteca. Recuperado de seriealfa.com.