Fontes de história: tipos e exemplos - Ciência - 2023
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Contente
- Tipos de fontes de história
- - Fontes primárias
- Obras iconográficas
- Referências textuais
- Fontes orais
- - Fontes secundárias
- Referências gráficas
- Obras cartográficas
- Referências de materiais
- Exemplos de fontes da história
- Descoberta de uma tumba egípcia
- Diário de Cristóvão Colombo
- Fontes de história no México
- Monumento metropolitano de Chapultepec
- No Peru
- Linhas de Nazca
- Na Colômbia
- Homens e deuses
- Referências
As fontes da história São os documentos, objetos e outros materiais que os pesquisadores usam para adquirir informações sobre eventos do passado. Esses arquivos são usados para explicar o passado e o presente da humanidade.
Muitos são os elementos que podem ser considerados fontes históricas, entre eles descobertas arqueológicas, pinturas, mapas e leis; Esses registros são essenciais para compreender as características políticas e sociais das diferentes épocas.
No entanto, deve-se notar que a metodologia da pesquisa histórica está em constante evolução. É por isso que, nos últimos anos, os acadêmicos têm examinado a literatura, as fotografias, os documentários e até os filmes como fontes relevantes.
Isso ocorre porque eles mostram eventos específicos da realidade. Desse modo, percebe-se que as fontes da história podem ser variadas, sendo as mais importantes documentos escritos, imagens antigas e testemunhos.
No entanto, é essencial que os pesquisadores os utilizem de forma objetiva; ou seja, que retratam os eventos como ocorreram, sem emitir opiniões que não possam ser demonstradas.
Tipos de fontes de história
Os tipos de fontes históricas são explicados abaixo:
- Fontes primárias
Fontes primárias são aquelas que respondem como, por que e quando um evento ocorreu. Assim, observa-se que este material deve fornecer dados concretos para que possa ser considerado um suporte principal.
É conveniente mencionar que os historiadores trabalham por meio do exame social; é como dizer que quebram os fatos para recompô-los. Da mesma forma, para obter resultados positivos, os pesquisadores não devem ir apenas às bibliotecas; eles também têm que visitar museus, academias e registros civis.
Se for necessário, é justo que visitem os familiares das pessoas que realizaram um feito ou que foram vítimas de um acontecimento.
O objetivo é obter um relato pouco conhecido, como os diários ou histórias das pessoas que viveram o evento. Essas fontes são chamadas de testemunhos e enriquecem os projetos escolares e de trabalho.
Entre as principais fontes primárias estão:
Obras iconográficas
Fotografias e desenhos são fontes essenciais porque mostram um episódio específico da história. Eles revelam as roupas, paisagens e materiais que os homens usavam. No entanto, é essencial verificar se esses objetos não foram alterados ao longo do tempo.
Referências textuais
Os livros geralmente são as fontes mais relevantes porque contêm informações completas e detalhadas. Ao analisar os textos, os pesquisadores podem desenvolver um novo estudo. As referências escritas mais valiosas são:
- Códigos legais (como as leis que mantêm a ordem da nação).
- Censos (são os dados que mostram quantos habitantes há em um país).
- Registros (onde estão as certidões de nascimento e casamento e as reclamações que os indivíduos fizeram ao longo dos anos).
- Artigos de jornais (jornais e revistas, em papel ou na Internet).
- Crônicas e biografias (esses livros costumam encontrar histórias locais de países ou a vida de figuras importantes como políticos, artistas, comunicadores ou militares).
Fontes orais
Para que uma opinião seja válida, é necessário verificar se a pessoa - que irá transmitir o seu depoimento - está ciente e em pleno uso de suas faculdades; isso para evitar que a história seja modificada. Geralmente, esta fonte é dividida em:
- Entrevistas com testemunhas diretas.
- Comerciais.
- Discursos de rádio e televisão.
- Gravações de voz e documentários.
- Fontes secundárias
São consideradas referências secundárias a textos e elementos que pretendem mostrar que algum evento realmente ocorreu; isto é, eles explicam o que dizem as fontes primárias.
Assim, percebe-se que os materiais –que se incorporam a esta categoria– caracterizam-se por serem instrumentos de exemplificação. Os mais comuns são:
Referências gráficas
São as tabelas, gráficos e ilustrações que estão expostos nas pesquisas e que buscam descrever as mudanças econômicas, demográficas e climáticas. A ideia é dizer como essas transformações afetam o homem no dia a dia.
Obras cartográficas
Mapas e cartas escritos por navegadores são obras cartográficas. Estes documentos são fundamentais porque –por exemplo– através dos mapas você pode ver os estados que compõem um país, bem como os territórios que desapareceram ou se juntaram à nação.
Em vez disso, as cartas mostram as transformações da paisagem pelas quais as regiões passaram. Esses instrumentos são amplamente utilizados em geo-história e etno-história:
- Geo-história: estudo como as ações humanas modificam o meio ambiente.
- Etnohistória: examina como o mundo percebeu diferentes grupos sociais (indígenas, africanos, mestiços e europeus).
Referências de materiais
Graças a estas fontes pode-se comprovar que no passado existiram numerosas culturas e que seus habitantes contribuíram para o progresso da humanidade com suas palavras ou descobertas. Às vezes, esses objetos representam o poder e a fortuna de civilizações antigas, entre eles estão:
- As moedas e medalhas.
- Os primeiros escritos (como hieróglifos).
- A construção de peças arquitetônicas e hidráulicas (como edifícios, ruas e tubulações).
Exemplos de fontes da história
Cada aspecto da vida pode ser considerado uma fonte histórica se oferecer alguma informação concreta. Textos fictícios, descobertas de tumbas antigas ou a visão de uma pessoa podem ser relevantes ao conduzir um estudo escrito.
Aqui estão alguns exemplos que têm ajudado amplamente os acadêmicos a entender a realidade:
Descoberta de uma tumba egípcia
Em julho de 2018, um grupo de arqueólogos encontrou uma tumba perto dos Vales dos Reis, uma cidade do Egito. Esta descoberta foi importante porque demonstrou como os homens daquele país organizaram sepulturas há 3.500 anos.
Essa divulgação é importante para os acadêmicos, pois eles observaram as seguintes características:
- Um túmulo foi compartilhado por 10 pessoas.
- O ouro não era tão utilizado, mas a madeira.
- Indivíduos foram enterrados com 1.000 selos funerários.
Diário de Cristóvão Colombo
No século 16, Cristóvão Colombo escreveu um diário onde expôs como eram a fauna e a flora das regiões americanas; Ele também descreveu como agiam os seres que habitavam aquelas terras. Por isso, seu livro é fundamental para os historiadores, já que é uma das primeiras visões que há sobre os indígenas.
No entanto, os estudiosos sabem que este livro não é totalmente confiável porque exagera os fatos.
Fontes de história no México
As primeiras investigações históricas realizadas no México procuraram explicar a origem dos povos indígenas. Por isso, os historiadores analisaram as imagens feitas pelos aborígenes e as crônicas escritas pelos espanhóis.
A partir da década de 1920, iniciou-se o trabalho de revolução, capitalismo e formação dos povos. Por isso, os pesquisadores tiveram que visitar os prontuários para buscar novas informações.
No entanto, uma das principais fontes históricas deste país é a estátua que se encontra na porta central do metrô de Chapultepec:
Monumento metropolitano de Chapultepec
Os especialistas expressam que esta estátua é uma referência histórica porque conta como os costumes indígenas se uniram aos costumes impostos pelos espanhóis, criando uma nova cultura.
No Peru
O estudo histórico no Peru não está muito desenvolvido. Geralmente, as investigações são realizadas por estrangeiros, que vão para os territórios onde viviam os indígenas ou para as lutas entre indígenas e conquistadores; o objetivo desses especialistas é examinar o passado.
Consequentemente, as fontes mais importantes são materiais, já que estudiosos analisam paisagens e suas modificações, escritos antigos, estradas e objetos feitos pelos aborígenes. Até agora as fontes mais utilizadas são os números encontrados em Nazca:
Linhas de Nazca
As representações encontradas em Nazca continuam sendo um mistério para a humanidade. Os pesquisadores acham que se conseguirem entender as 300 figuras - que são diferentes umas das outras - vão entender não só a origem do mundo, mas o fim do homem.
Na Colômbia
Os pesquisadores na Colômbia costumam usar estudos textuais: eles dão mais valor aos livros do que aos objetos. Por isso, o governo daquele país afirmou que as bibliotecas poderiam emprestar as obras aos moradores que delas precisassem.
É de notar que os historiadores desta nação também aprovam como fontes históricas entrevistas, documentários, certidões de nascimento e registos de casamento; mas os documentos mais usados são as crônicas, um exemplo é o texto Homens e deuses, cujo autor ainda é desconhecido:
Homens e deuses
Essa crônica é relevante porque mostra como viviam os indígenas antes da conquista. Da mesma forma, revela que alguns dos primeiros europeus a chegar a este país foram os alemães, que procuravam um reino de ouro. Finalmente narra o destino dos espanhóis e dos aborígenes.
Referências
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