Os 7 problemas econômicos mais sérios no México - Ciência - 2023


science
Os 7 problemas econômicos mais sérios no México - Ciência
Os 7 problemas econômicos mais sérios no México - Ciência

Contente

Alguns dos atuais problemas econômicos do México são inflação, corrupção, cartéis de drogas, dependência dos Estados Unidos e tensões sociopolíticas com países fronteiriços. Além disso, a corrupção é um problema que causa enormes perdas econômicas nos cofres públicos.

O sistema econômico do México é baseado principalmente no mercado livre em termos de exportações. Seu PIB é de $ 2.571.633 milhões (2018), enquanto o PIB per capita é de $ 9.797 (nominal, 2018). A inflação em 2019 foi de 3,4%, enquanto a população abaixo da linha da pobreza está em torno de 40%, com 25,7% ganhando menos de US $ 5,5 por dia.

O México é famoso por ser um gigante na fabricação de bens de consumo. Possui as maiores reservas de prata do mundo e é o décimo país com grandes jazidas de petróleo, cabendo neste último setor à estatal PEMEX.


Porém, como qualquer país, apresenta uma série de dificuldades que afetam a economia. Isso desencadeia inseguranças gerais na população, mas é no setor empresarial e privado que a preocupação diminui a confiança nas boas projeções.

Alguns dos problemas que o México apresenta em matéria econômica

1- Dependência dos Estados Unidos

O principal parceiro comercial do México é seu vizinho imediato ao norte. Mais de 80% de toda a produção nacional é exportada para os Estados Unidos, seguido das exportações para Canadá (3%) e China (1%).

Apesar de os custos cambiais serem regulados pelo Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), mais conhecido pela sigla NAFTA, as relações bilaterais foram consideradas desiguais e assimétricas ao longo dos últimos 150 anos. .


As principais análises entre economistas, sociólogos e políticos afirmam que a localização geográfica e a fronteira com os Estados Unidos trazem grandes vantagens, principalmente no nível de custos.

No entanto, tornou-se evidente que qualquer mudança no ambiente e na plataforma política e econômica interna dos Estados Unidos afeta direta e indiretamente os tratados, acordos, compromissos e negociações com o México.

Essa situação mantém praticamente toda a economia mexicana atrelada aos interesses de outro país, o que o torna vulnerável à política externa.

2- Cartéis de drogas e tráfico de drogas

Os Estados Unidos não são apenas o principal cliente das exportações legais do México, mas também o principal cliente de produtos ilegais, como drogas.

Existem muitos cartéis de drogas que operam perto da fronteira e transportam suas mercadorias para o norte.


Afirma-se que as redes de cartéis passam a exercer controle suficiente sobre os mecanismos e instituições do governo mexicano, e mesmo sobre as grandes empresas, para facilitar seu trânsito aos Estados Unidos.

Isso desestabiliza a confiança do setor empresarial e dos investidores ao não querer envolver seus negócios com vínculos com o tráfico de drogas.

Outros aspectos relacionados ao tráfico de drogas também são levados em consideração, como a violência e a insegurança, que também afetam os negócios.

3- Corrupção

O governo mexicano às vezes é descrito como institucionalmente limitado, incapacitado ou desinteressado em levar a sério a guerra para acabar com os cartéis de drogas, apesar de trabalhar junto com os Estados Unidos nesta campanha.

Muitos atribuem isso a links diretos para os mesmos cartéis em níveis diferentes. Foi estimado que em 2014 a corrupção custou ao México 9% do PIB.

Além disso, mais de 40% das empresas admitiram ter aceitado suborno, o que torna suas empresas menos competitivas no mercado mundial.

60% dos empresários aceitam que esse tipo de corrupção seja considerado parte do custo de propriedade de um negócio. Menos de 20% dos casos de corrupção que chegam ao sistema judiciário resultam em veredicto de culpado.

4- Lacuna socioeconômica

Embora a macroeconomia do México continue boa, é o segundo país da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com o maior grau de disparidade econômica entre ricos e pobres, e população rural e urbana, superado apenas pelo Chile .

Os 10% da sociedade com menor nível de renda detêm 1,36% dos recursos do país, enquanto os 10% mais ricos têm quase 36%.

26% do PIB do México vem da economia informal, onde quase 60% de toda a força de trabalho ativa trabalha.

A desigualdade de renda, o sistema tributário e a infraestrutura afetam muito mais as classes sociais mais baixas.

5- O caso Trump

As afirmações no discurso do atual presidente dos Estados Unidos quando ainda era candidato à presidência, criaram um ambiente que desestabilizou as projeções econômicas do México que haviam sido muito otimistas ao longo de 2016.

A abordagem protecionista da administração Trump, ao ameaçar mudar as condições nas políticas de comércio e imigração, aumentou as tensões políticas já existentes entre os dois países.

Por um lado, isso afeta o fato de uma grande parte da força de trabalho nas indústrias fronteiriças da América do Norte ser mexicana, e elas requerem trânsito constante através da fronteira. Mudanças no sistema de imigração podem deixar muitas famílias sem apoio.

Por outro lado, há incerteza corporativa sobre as mudanças que o presidente Trump deseja aplicar às diretrizes comerciais do Nafta, onde se teme que haverá mais pressão sobre o México.

Este ponto destaca a fragilidade econômica do México devido à dependência dos Estados Unidos.

6- Produtividade empresarial

Acredita-se que esse ponto tenha sido outra repercussão do caso Trump. A desconfiança dos investidores nas produtoras mexicanas foi afetada pela incerteza no ambiente político.

Alguns relatos afirmam que o retrocesso no aumento do investimento é temporário até que sejam lançadas as bases para novas negociações comerciais, mas tal dilema suscita alertas nos empresários.

O vice-governador do Banco do México, Alejandro Díaz de León, tem como prioridade reconquistar a confiança das empresas no processo de manter o México como o bom maquinário de produção que sempre foi.

7- Inflação, desvalorização e petróleo

No início de 2017, o peso mexicano teve uma queda considerável em relação ao dólar, o preço da gasolina subiu 20% e a popularidade do presidente Enrique Peña Nieto caiu 25 pontos.

Vários protestos foram levantados na Cidade do México, Guadalajara e em áreas fronteiriças exigindo uma resposta à situação e denunciando bilhões de dólares que escaparam em conhecidos escândalos de corrupção. Acredita-se que essa situação seja outra consequência do caso Trump.

* Fontes de dados: Banco Central do México, Banco Mundial e Bloomberg.

Referências

  1. George Lei (2017). Economia mexicana enfrenta dificuldades em 2017, mesmo sem a barreira de Trump. Blooberg. Recuperado de bloomberg.com.
  2. WITS - Solução de comércio integrado mundial. Análise detalhada do país - Banco de dados do México. Banco Mundial. Recuperado de wits.worldbank.org.
  3. T.J. Raphael (2017). Enquanto o México luta contra a crise econômica e a corrupção, os manifestantes vão às ruas. PRI - Rádio Pública Internacional. Recuperado de pri.org.
  4. Export Entreprises SA (2017). México: Política e Economia. Portal Santander Trade. Banco Santander, S.A. Recuperado de es.portal.santandertrade.com.
  5. Monica de Bolle (2017). Trumped Up? A economia mexicana em 2017 e além. PIIE - Peterson Institute for International Economics. Recuperado de piie.com.
  6. Peter Vanham (2015). As 10 principais coisas que você deve saber sobre a economia mexicana. Fórum Econômico Mundial. Recuperado de weforum.org.
  7. Vic Kolenc (2016). Previsão da economia mexicana para desacelerar em 2017. El Paso Times. EUA hoje. Recuperado de usatoday.com.
  8. Stephen Vita (2016). 4 Desafios econômicos que o México enfrenta em 2016. Investopedia. Recuperado de investopedia.com.