Economia na Idade Média: principais atividades econômicas - Ciência - 2023


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o economia na Idade Média tinha a agricultura como atividade principal. Isso foi organizado sob o sistema feudal, com vassalos e servos que tinham que trabalhar para os senhores que possuíam as terras. Embora ao longo dos séculos que durou esta etapa a produção tenha melhorado muito, no início as colheitas eram escassas e as técnicas relativamente primitivas.

Foi justamente esse aprimoramento das técnicas agrícolas que permitiu que as safras se tornassem mais abundantes. O superávit resultante permitiu que o comércio ganhasse força, algo para o qual também contribuíram o aumento da população e o aumento da produção de artesanato.

Os artesãos residiam principalmente nas cidades e eram agrupados em guildas. Este tipo de associações operárias do mesmo ramo, junto com os comerciantes, foram o germe do surgimento de uma nova classe social: a burguesia. Da mesma forma, nasceram os primeiros bancos.


Essa evolução de uma economia quase exclusivamente rural para o surgimento de trabalhadores urbanos independentes também significou uma grande mudança social. A burguesia, com o tempo, foi capaz de contestar o poder dos senhores feudais. Pouco antes do início do Renascimento, as riquezas da nova classe social a tornavam um importante ator político.

Principais atividades econômicas na Idade Média

As principais atividades econômicas durante a Idade Média foram a agricultura, o artesanato e o comércio. Para além dos aspectos específicos de cada actividade, havia um factor sem o qual não se podia compreender a organização social e económica da época: o feudalismo.

Em contraste com o antigo modelo de produção escravista, na Idade Média surgiu um novo sistema marcado pelas relações entre vassalos e servos, por um lado, e senhores feudais, em sua maioria nobres.

O feudalismo estabeleceu uma obrigação de obediência por parte dos vassalos para com os senhores feudais. Assim, eles tiveram que trabalhar a terra agrícola, sempre nas mãos da nobreza, em troca de proteção contra qualquer ataque.


A maior parte da produção foi entregue ao senhor feudal. Os vassalos e servos viviam em condições muito precárias e, em muitos casos, estavam vinculados à terra em que trabalhavam.

agricultura

Conforme observado acima, a agricultura foi a principal atividade econômica na Idade Média. Os vassalos trabalharam nos campos pertencentes, em quase todos os casos, aos senhores feudais e deram-lhes a maior parte da pobreza.

Na primeira fase da Idade Média, as técnicas de cultivo eram bastante rudimentares, por isso as colheitas não eram abundantes. Naquela época, a agricultura destinava-se a cobrir apenas as necessidades de subsistência.

Lentamente, novas técnicas e ferramentas surgiram. A produção, portanto, estava aumentando e os excedentes podiam ser usados ​​para comércio.

Por outro lado, o aumento populacional também contribuiu para a melhoria da produção, além de suprir o crescimento da demanda. A ascensão das cidades tornou-as um destino muito lucrativo para os produtos cultivados.


Entre os avanços técnicos que surgiram na Idade Média para melhorar as lavouras estavam os moinhos de água, o aprimoramento dos métodos de atrelagem dos animais e a evolução de ferramentas como o arado ou enxadas de ferro.

A isso deve ser adicionado o uso de um novo sistema de pousio que aumentou a produtividade do terreno, bem como a construção de canalizações de água.

Pecuária

Em grande medida, a atividade pecuária estava intimamente ligada à agricultura. Sistemas de aração aprimorados significaram que os vilões tiveram que criar mais animais de carga. Além disso, o uso de lã e couro para a fabricação de têxteis, muitos para o comércio, também foi popularizado.

Comércio

A produção de excedentes agrícolas, o aumento da população e a ascensão das cidades foram três dos fatores que acabaram fazendo com que o comércio se recuperasse.

A atividade comercial ocorreu em duas escalas diferentes. Por um lado, o comércio de curta distância, que abrangia as localidades próximas aos locais de produção. De outro, a longa distância, que se tornou um dos principais motores da economia.

Entre os produtos mais populares estavam o sal, das minas alemãs ou das salinas da costa atlântica, as valiosas especiarias do Extremo Oriente ou o vinho, que era produzido em grande parte da Europa. Da mesma forma, também era comum o comércio de lã espanhola ou flandres.

A maioria dos produtos mencionados destinava-se ao comércio de longa distância. Eram artigos muito valiosos, apenas à disposição da nobreza e, mais tarde, da incipiente burguesia.

A expansão do comércio levou ao surgimento de grandes feiras. Eram enormes mercados temporários onde todos os produtos imagináveis ​​eram comprados e vendidos.

Trabalhos manuais

Embora o artesanato sempre tenha sido importante, durante a Idade Média vários fatores o tornaram uma atividade econômica fundamental. Em primeiro lugar, as explorações a vários locais do planeta permitiram aos artesãos terem novos materiais, muitos deles de grande valor.

Por outro lado, o boom do comércio fez com que as elaborações dos artesãos ganhassem grande importância. Junto com os produtos agrícolas, o artesanato era vendido e comprado em todos os mercados. Os senhores feudais, em sua busca por artigos de luxo, tornaram-se seus melhores clientes.

Em muitas ocasiões, eram os próprios artesãos que se encarregavam de vender suas criações. O aumento do valor fez com que surgissem oficinas nas quais o artesão mais velho educava aprendizes.

Guilds

Nas sempre crescentes cidades medievais, os trabalhadores de cada ramo começaram a se reunir em uma espécie de associações: as guildas. O objetivo era ajudar-se mutuamente nas dificuldades, estabelecer preços de referência ou controlar a forma como as obras eram realizadas.

Segundo a Real Academia da Língua Espanhola, uma corporação era uma "corporação formada por professores, oficiais e aprendizes da mesma profissão ou ofício, regida por decretos ou estatutos especiais".

Entre as atividades que possuíam suas guildas ou irmandades estavam a maioria dos ofícios artesanais. Embora não fossem iguais em todas as cidades, eram muito comuns os formados por curtidores, tintureiros, ferreiros, padeiros, oleiros ou carpinteiros, entre tantos outros.

Com o tempo, as guildas foram adquirindo poder econômico e, portanto, político. Tanto que, principalmente na Europa central, se encarregaram de providenciar defesas militares em suas cidades, ocupando a tradicional posição de senhores feudais.

Referências

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