Ísquio: generalidades, anatomia, partes, considerações clínicas - Ciência - 2023


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Ísquio: generalidades, anatomia, partes, considerações clínicas - Ciência
Ísquio: generalidades, anatomia, partes, considerações clínicas - Ciência

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o ísquio É uma estrutura óssea uniforme, que faz parte do esqueleto da pelve ou pelve óssea. É encontrado fundido com dois outros ossos, o ílio e o púbis. A união dos três ossos pélvicos é conhecida como osso coxal e é articulado em sua parte posterior, com o sacro. Esta articulação é fortemente fixada por meio de ligamentos fortes e resistentes.

Em sua parte interna inferior, ele se articula com o púbis; Em sua parte superior com o ílio e em sua parte externa inferior, ele se une à cabeça do fêmur para formar a articulação do quadril.

A pelve é a parte do sistema esquelético que une o tronco com os membros inferiores. Por meio de suas articulações com a coluna vertebral e com as pernas, proporciona mobilidade ao corpo.

O ísquio, como o resto dos ossos que constituem a pelve, serve como ponto de inserção dos corpos musculares que constituem o assoalho pélvico. Por isso, tem uma função fundamental no suporte dos órgãos internos.


Generalidades

O ísquio é um osso que forma a parte óssea da pelve. Está fundido com os outros dois ossos que o constituem, o ílio acima e o púbis abaixo.

É um osso uniforme, pode ser encontrado em ambos os lados do corpo. É uma parte fundamental da articulação do quadril, já que grande parte de seu corpo está articulada com a cabeça do fêmur.

Sua estrutura é muito semelhante à do púbis, pois é composta por um corpo, um ramo e um tubérculo. O ramo do púbis e o ísquio se unem, formando um forame pélvico denominado buraco do tampão, por onde passam importantes estruturas vasculares e neurológicas.

O ísquio também serve como uma estrutura de suporte para muitos músculos e ligamentos que formam os chamados assoalho pélvico, que é uma base muscular cuja função é conter os órgãos internos da pelve, como bexiga, reto e útero nas mulheres.

Embriologia e desenvolvimento

Os primeiros contornos da cartilagem que formarão o esqueleto começam a ser observados a partir da quarta semana de gestação.


O ísquio e o ílio são os primeiros ossos da pelve a se diferenciar e encontrar sua posição no corpo do feto.

Na nona semana, já é possível perceber a formação lenta e progressiva dessas estruturas.

Os ossos pélvicos começam a se fundir por volta da 12ª semana. Todo o processo de união desses ossos acontece lentamente, do nascimento à adolescência.

Entre 15 e 17 anos de idade, a pelve está completamente fundida e os músculos quase totalmente desenvolvidos.

Anatomia

Apesar de ser um osso de tamanho médio, o ísquio tem uma estrutura complicada devido às suas múltiplas projeções, concavidades e relações musculares. Consiste em um corpo, um ramo superior e um ramo inferior.

Além disso, possui dois destaques em sua parte póstero-inferior que são de extrema importância para o movimento.

- Partes do ísquio

Corpo

O corpo é a porção medial do osso. De sua extremidade traseira, uma projeção chamada espinha isquiática. É neste local que se origina o músculo pélvico. gêmeo superior.


Representa uma estrutura importante porque forma mais da metade do alvéolo onde será instalada a cabeça do fêmur para formar a articulação do quadril. Esta área é chamada acetábulo.

A fossa acetabular é formada pelos três ossos da pelve, mas a maior superfície é fornecida pelo ísquio.

Ramo superior

O ramo superior ou descendente é uma superfície cúbica na qual se originam alguns dos músculos importantes do assoalho pélvico, como o músculo quadrado femoral, o músculo transverso perineal e o isquiocavernoso.

Galho inferior

O ramo inferior ou ascendente, por sua vez, é a parte mais fina e plana do osso. Geralmente é chamado ramo isquiopúbico, porque em sua parte anterior encontra o ramo inferior do púbis e juntos formam o buraco do tampão.

O forame obturador serve como passagem para importantes elementos vasculares e neurológicos que nutrem a pelve e a parte superior da coxa.

Sua superfície também é a origem de vários músculos do assoalho pélvico, como o obturador interno, o adutor magno e o períneo transverso.

Ambos os ramos se conectam com a parte superior do fêmur por meio de ligamentos que partem desse osso para se inserir nas projeções do outro. Dessa forma, a pelve é conectada aos membros inferiores através da articulação do quadril.

- Tuberosidade isquiática

É denominada tuberosidade do ísquio ou tuberosidade isquiática, a uma convexidade robusta e irregular que se encontra na parte posterior e superior do ramo inferior de cada ísquio. São reconhecidas uma parte superior mais lisa e uma parte inferior rústica.

Essas saliências ósseas podem ser facilmente palpadas com o paciente em posição fetal, no meio da nádega, no mesmo nível do quadril.

Eles têm uma função mecânica e uma anatômica. Deles originam-se os músculos bíceps femoral, semitendíneo e semimembranoso, que são os que formam a parte posterior da coxa.

A origem desses músculos nesta área torna as tuberosidades isquiáticas um elemento fundamental para sentar.

Na anatomia topográfica, a união, por meio de uma linha imaginária, das duas tuberosidades isquiáticas para separar o assoalho pélvico anterior e posteriormente é utilizada como limite.

Isso permite a descrição precisa das lesões e também é um guia para reconhecer, durante a cirurgia, os elementos anatômicos que estão relacionados a elas.

Considerações clínicas

O ísquio é um dos ossos que se fundem para formar a pelve óssea ou a cintura pélvica.

Por ser rica em vasos sangüíneos e por suas importantes relações com os músculos e estruturas neurológicas vizinhas, o cirurgião que opera essa área deve conhecer a anatomia da região.

A artéria obturadora, um ramo do ilíaco que vem diretamente da aorta, segue através do forame obturador. Isso é acompanhado pelo nervo e pela veia de mesmo nome.

Esses elementos nutrem os membros inferiores, formando ramos que beneficiam principalmente os músculos glúteos, pélvicos e do fêmur superior.

Referências

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