Carlos Monsiváis: biografia, estilo, prêmios, obras, frases - Ciência - 2023
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Contente
- Biografia
- Nascimento e família
- Educação Monsiváis
- Primeiras publicações
- Um escritor crítico
- Gosto de cinema
- Performance em revistas
- Tempo fora do México
- Predileção por ensaios
- Últimos anos de vida e morte
- Estilo
- Prêmios e conquistas
- Tocam
- - Crônicas e ensaios
- Breve descrição de algumas de suas obras
- Ares de família. Cultura e sociedade da América Latina (2000)
- Fragmento
- As alusões perdidas (2006)
- Fragmento
- Antologias
- Biografias
- Aforismos
- Textos em livros coletivos
- Fábula
- -Seu trabalho na voz dos outros
- Traduções
- Bibliografia crítica e outros
- Publicações em colaboração com outros autores
- Frases
- Referências
Carlos Monsivais Aceves (1938-2010) foi um escritor, jornalista e cronista mexicano. Ele foi reconhecido como um dos mais importantes escritores contemporâneos. Sua obra literária foi abundante e prolífica, abrangendo diversos gêneros, entre os quais se destacam a crônica e o ensaio.
A escrita de Monsiváis caracterizou-se pela crítica e pelo uso de uma linguagem clara, precisa e perspicaz. Alguns de seus títulos mais importantes foram: Os rituais do caos, Aires de familia. Cultura e sociedade na América Latina Y A poesia mexicana do século.
A obra literária de Carlos Monsiváis tornou-o digno de um grande número de prémios e reconhecimentos. Ele obteve o Prêmio Nacional de Jornalismo de seu país em 1977: o Prêmio Príncipe Claus da Holanda. Além disso, ele recebeu o honoris causa por várias universidades, tanto no México como em outros países.
Biografia
Nascimento e família
Carlos nasceu em 4 de maio de 1938 na Cidade do México, em uma família pobre, mas trabalhadora. Seus pais eram Salvador Aceves e Esther Monsiváis. Foi ela, sua mãe, quem tirou o endereço da casa, e talvez por isso o escritor tenha decidido colocar primeiro o sobrenome dela.
Educação Monsiváis
Os primeiros anos de formação de Carlos Monsiváis foram passados em sua cidade natal, a Cidade do México. Ele começou em um colégio francês, mas então sua mãe decidiu mudá-lo para uma escola pública, pois um dia ele chegou em casa falando coisas grosseiras. Desde muito jovem o cronista demonstrou interesse pela escrita.
Ao concluir o segundo grau e o segundo grau, ele ingressou na Universidade Nacional Autônoma do México para estudar nas faculdades de economia, filosofia e letras. O escritor complementou sua formação acadêmica estudando teologia no Seminário Presbiteriano.
Primeiras publicações
A vocação de Monsiváis para as letras começou muito jovem, pelo que desde muito cedo começou a colaborar em diversos meios de comunicação do seu país, tanto em jornais como em revistas. Sua primeira publicação surgiu em 1966, sob o título: Carlos Monsivais, autobiografia.
Um escritor crítico
Desde o seu início como profissional de jornalismo, Monsiváis assumiu uma postura crítica em vários assuntos nacionais. Ele foi, então, um expositor das idéias e atividades que se opunham a qualquer indício de tirania e abuso de poder. Daí seu apoio aos movimentos sociais, estudantis e feministas.
A essência livre e respeitosa do escritor mexicano levou-o a promover campanhas sociais de apoio aos menos favorecidos. Ele defendeu que a educação pública chegasse aos mais pobres, ao mesmo tempo que defendia os direitos dos animais e apoiava os homossexuais.
Gosto de cinema
Monsivais também era apaixonado pelo cinema, o que o levou a ter uma ampla participação na sétima arte. Por uma década ele fez parte do programa de rádio Cinema e crítica, da Universidade Autônoma do México. Ele também interpretou alguns personagens em vários filmes.
Performance em revistas
O trabalho e a vida profissional de Monsiváis levaram-no a trabalhar como editor e diretor de várias revistas. Ele foi editor-chefe da Meio século, entre 1956 e 1958, bem como Temporadas, de 1957 a 1959. Mais tarde, foi diretor da Cultura no México, entre 1972 e 1987.
Tempo fora do México
Carlos Monsivais passou uma temporada fora do México nos anos 1970, a convite da Universidade de Essex, na Inglaterra.Na época, atuou como professor nas disciplinas de literatura latino-americana e tradução na referida instituição. Durante esse período, ele se correspondeu com seu amigo José Martínez.
O tempo que passou fora de seu país deu ao escritor a oportunidade de rever e refletir sobre as idéias e pensamentos que teve em relação ao México. Carlos mergulhou, sobretudo, na cultura e na literatura do seu país, por isso reforçou o seu patriotismo e reforçou a sua posição nas questões que o preocupavam.
Predileção por ensaios
Embora Monsiváis tenha desenvolvido vários gêneros literários, no ensaio encontrou maior liberdade expressiva, por isso era seu preferido. Por meio de uma linguagem precisa e bem elaborada, desenvolveu temas de interesse social e cultural, a partir de sua visão crítica.
Alguns de seus ensaios mais memoráveis e proeminentes foram: Principados e potestades, Características da cultura nacional, Ares de família: cultura e sociedade na América Latina, Y Eu te abençoo vida. Foi esse gênero que lhe deu mais reconhecimento e prêmios.
Últimos anos de vida e morte
Carlos Monsivais era um homem dedicado às letras. Seus últimos anos de vida foram passados entre publicações e prêmios. Seus livros mais destacados foram: Do rancho à internet, protestantismo, diversidade e tolerância, El 68, a tradição de resistência Y Para abrir essa porta.
A saúde do jornalista mexicano, com o passar dos anos, começou a piorar. Em abril de 2010, foi internado em centro clínico, até falecer, em 19 de junho do mesmo ano, por insuficiência respiratória. Ele recebeu várias homenagens póstumas.
Estilo
A obra literária de Carlos Monsiváis caracterizou-se pelo uso de uma linguagem clara, expressiva, precisa e crítica. Eles também destacaram os diferentes recursos humorísticos que ele utilizou, especialmente a ironia e a sátira. Ele também provou ser o possuidor de uma caneta desinibida e quase sempre espirituoso.
Quanto ao tema desenvolvido pelo escritor mexicano, estavam os aspectos sociais, políticos, históricos e culturais de sua época. Animais, pobres, homossexuais, educação e aborto foram apenas alguns dos temas que Monsiváis expôs em sua obra.
Prêmios e conquistas
- Prêmio Nacional de Jornalismo em 1977.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade Autônoma de Sinaloa em 1979.
- Mestre Honoris Causa da Universidade Autônoma do Estado do México em 1980.
- Prêmio Jorge Cuesta em 1986.
- Prêmio Manuel Buendía em 1988.
- Prêmio Mazatlán de Literatura, em 1988, por sua obra Cenas de modéstia e leveza.
- Prêmio Nacional de Jornalismo, em 1995.
- Prêmio Xavier Villaurrutia, em 1995, pelo ensaio Os rituais do caos.
- Doutor Honoris Causa pela Universidad Autónoma Metropolitana, em 1995.
- Prêmio Lya Kostakowsky, em 1998.
- Prêmio Príncipe Claus de Cultura e Desenvolvimento (Holanda), em 1998.
- Prêmio Anagrama (Espanha), em 2000, pelo ensaio Ares de família: cultura e sociedade da América Latina.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade Autônoma de Puebla, em 2000.
- Medalha Gabriela Mistral (Chile), em 2001.
- Ordem Alejo Zuloaga da Universidade de Carabobo (Venezuela), em 2002.
- Medalha de Mérito pela Universidade Veracruzana em 2003.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade Autônoma do Estado de Hidalgo, em 2004.
- Comandante da Ordem de Maio ao Mérito (Argentina), em 2004.
- Certificado Real de Cholula, Puebla, em 2005.
- Prêmio Nacional de Ciências e Artes, em 2005.
- Doutor Honoris Causa da Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Peru) em 2005.
- Prémio FIL de Literatura, em 2006.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade do Arizona, em 2006.
- Prêmio Ibero-americano Ramón López Velarde, em 2006.
- Doutor Honoris Causa pela Universidad Veracruzana, em 2007.
- Medalha Rosario Castellanos, em 2007.
- Medalha de Ouro de Belas Artes, em 2008.
- Presea Sor Juana Inés de la Cruz pela Universidade do Claustro de Sor Juana, em 2008.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nuevo León, em 2008.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade San Luis Potosí, em 2009.
- Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional Autônoma do México, em 2010.
- Reconhecimento póstumo pela igualdade e não discriminação pelo Conselho Nacional de Prevenção da Discriminação, em 2015.
Tocam
- Crônicas e ensaios
- Principados e potestades (1969).
- Dias para economizar (1970).
- Notas sobre a cultura mexicana no século XX, na História Geral do México (1976).
- Amor perdido (1977).
- Crime no cinema (1977).
- Cultura urbana e criação intelectual. O caso mexicano (1981).
- Quando os banqueiros saem (1982).
- Do que o advogado está rindo? Uma crônica dos anos 40 (1984).
- Confrontos (1985).
- O poder da imagem e a imagem do poder. Fotografias de imprensa do Porfiriato da atualidade (1985).
- Entrada livre. Crônicas da sociedade que se organiza (1987).
- Cenas de modéstia e leveza (1988).
- O gênero epistolar. Uma homenagem como carta aberta (1991).
- The Insurgent Theatre, 1953-1993 (1993).
- Sem limite de tempo com limite de espaço: arte, cidade, pessoas, coleção Carlos Monsiváis (1993).
- Rostos do cinema mexicano (1993).
- Para minha mãe, boêmios eu (1993).
- O mil e um acorda. Crônica da nota vermelha (1994).
- Luneta e galeria (1994).
- Os rituais do caos (1995).
- cultura popular mexicana (1995).
- Ar de família. Coleção de Carlos Monsiváis (1995).
- Dez segundos de cinema nacional (1995).
- Bolero (1995).
- Livro de receitas de cinema mexicano (1996).
- Do rancho à internet (1999).
- Família ares. Cultura e sociedade da América Latina (2000).
- Os legados ocultos do pensamento liberal do século 19 (2000).
- As tradições da imagem: notas sobre a poesia mexicana (2001).
- Protestantismo, diversidade e tolerância (2002).
- Bolero: chave para o coração (2004).
- Não sem nós. Os dias do terremoto de 1985-2005 (2005).
- As heranças ocultas da Reforma Liberal do século 19 (2006).
- Imagens da tradição viva (2006).
- As alusões perdidas (2006).
- O estado secular e seus malfeitores (2008).
- 68, a tradição de resistência (2008).
- Escreva, por exemplo. Das invenções da tradição (2008).
- O mil e um acorda. Crônica da nota vermelha no México (2009).
- Antologia pessoal (2009).
- apocalipstick (2009).
- História mínima da cultura mexicana no século 20 (2010).
- Primeira chamada para a democracia. O movimento estudantil de 1968 (2010).
- Para abrir essa porta. Crônicas e ensaios sobre diversidade sexual (2010).
- Os ídolos nadam. Uma antologia global (Edição póstuma, 2011).
- Antologia Essencial (Edição póstuma, 2012).
- As essências itinerantes. Rumo a uma crônica cultural do Bicentenário da Independência (Edição póstuma, 2012).
- Maravilhas que são, sombras que existiram. Fotografia no mexico (Edição póstuma, 2012).
- Abordagens e reembolsos (Edição póstuma, 2012).
- feminista misógina (Edição póstuma, 2013).
Breve descrição de algumas de suas obras
Ares de família. Cultura e sociedade da América Latina (2000)
Foi um dos ensaios mais importantes do escritor mexicano. O autor, nesta obra, destacou as diferentes mudanças culturais e históricas ocorridas na América Latina durante o século XX. As demonstrações de sarcasmo fazem parte da essência dos Monsivais.
A intenção de Carlos Monsiváis foi refletir o incipiente despertar de consciência que o continente americano passou a ter sobre a diversidade cultural, histórica, social e política que se avolumava. Foi uma mistura de triunfos e desacordos de um território em desenvolvimento.
Fragmento
“A versão única do que é chato e divertido tem custado muito caro na América Latina, que da televisão se transfere para a vida cotidiana, a cultura e a política ... se você ficar entediado, ficará com sua identidade favorita, aquela da qual vai bem com o que eles dão ”.
As alusões perdidas (2006)
Foi um discurso que o escritor mexicano proferiu no marco da Feira Internacional do Livro de 2006, onde seu trabalho foi reconhecido. O tema central deste ensaio foi a educação e a leitura como ferramentas necessárias para humanizar a sociedade.
Fragmento
“A atenção à tecnologia dispersa províncias inteiras de conhecimento e bolsas de estudo. O erudito já não é, socialmente falando, um sábio, mas um amistoso repositório de insignificâncias que eles pensam não conhecer… ”.
Antologias
- poesia mexicana do século 20 (1966).
- Poesia mexicana II, 1915-1979 (1979).
- Você sabe. Antologia da crônica do México (1980).
- O fugitivo permanece. 21 contos mexicanos (1984).
- Poesia mexicana II, 1915-1985 (1985).
Biografias
- Carlos Monsiváis, autobiografia (1966).
- Celia Montalván, você se dá voluptuoso e atrevido (1982).
- Maria Izquierdo (1986).
- Luís García Guerrero: novidade da paisagem (1987).
- José Chávez Morado (1989).
- Cenas mexicanas na obra de Teresa Nava (1997).
- Salvador Novo. A marginal no centro (2000).
- Onde estou você somos nós. Octavio Paz: crônica de vida e trabalho (2000).
- Novoamor (2001).
- Eu te abençoo vida. Amado Nervo: crônica de vida e trabalho (2002).
- Carlos Pellicer: iconografia (2003).
- Anita Brenner: visão de uma época (2006).
- Frida Kahlo (2007).
- Rosa Covarrubias: uma americana que amou o México (2007).
- Pedro Infante: as leis do querer (2008).
Aforismos
- Lírica sagrada, moral e laudatória (2009).
- Monsivaisiana. Aforismos de um povo que quer ser cidadão (2010).
- Sirva-se de que Deus te ajudará (2011).
Textos em livros coletivos
- História para quê? (1987).
- mitos mexicanos (1995).
- Paixão em Iztapalapa (2008).
- enigmas verbais (Edição póstuma, 2012).
Fábula
- Novo catecismo para índios negligentes (1982).
-Seu trabalho na voz dos outros
É importante destacar que a obra literária de Carlos Monsiváis deu origem a outros autores e escritores para a realização de algumas traduções e para a crítica do seu material bibliográfico. A seguir, veremos alguns dos trabalhos mais notáveis.
Traduções
- postais mexicanos (1997). Traduzido por John Kraniauskas.
- Um novo catecismo para índios recalcitrantes (2007). Traduzido por Nidia Castrillón e Jeffrey Browitt.
- Obrady caosu (2007). Traduzido para o tcheco por Markéta Riebová.
Bibliografia crítica e outros
- Carlos Monsiváis à l´écoute du peuple mexicain (2004).
- Carlos Monsiváis: cultura e crônica no México contemporâneo (2004).
- Nada mexicano é estranho para mim: seis artigos sobre Carlos Monsiváis (2005).
- A cidade como texto: a crônica urbana de Carlos Monsiváis (2006).
- Aproximações a Carlos Monsiváis (2006).
- A arte da ironia: Carlos Monsiváis antes da crítica (2007).
- A consciência essencial. Ensaios sobre Carlos Monsiváis (2009).
- A excentricidade do texto. O caráter poético do novo catecismo para índios negligentes (2010).
- Aonde vais, Monsivais? Guia do D.F. por Carlos Monsiváis (2010).
- 17 poemas para Monsiváis (2010).
- Sansimonsi (2013).
Publicações em colaboração com outros autores
- Frida Kahlo, uma vida, um trabalho (1992). Com Rafael Vásquez Bayod.
- Através do espelho: o cinema mexicano e seu público (1994). Com Carlos Bonfil.
- Festa de guerra. Tlatelolco 1968. Documentos do General Marcelino García Barragán. Os fatos e a história (1999). Com Julio Scherer.
- Guerra Parte II. Os rostos de 68. Novas evidências fotográficas (2002). Com Julio Scherer.
- Leopoldo Méndez 1902-2002 (2002). Com Rafael Barajas e Laura González.
- Hora de saber. Imprensa e poder no México (2003). Com Julio Scherer,
- Os patriotas: de Tlatelolco à guerra (2004). Com Julio Scherer.
- O centro histórico da Cidade do México (2006). Com Francis Alÿs.
- O viajante lúgubre: modernista Julio Ruelas, 1870-1907 (2007). Com Antonio Saborit e Teresa del Conde.
Frases
- “Os pobres nunca serão modernos. Eles se comunicam por meio de anedotas, não de estatísticas ”.
- “Não posso fazer um resumo da minha vida, porque é composta por vários tempos e circunstâncias, livros, amigos e processos judiciais, e que, só admite resumos parciais.”
- “É falso que os da classe dominante sejam racistas. Os racistas são os índios e o Naco, a máfia e os infelizes, que preferem fracassar desde que não nos tratem.
- “Muitos dizem que cumpriram com o seu dever, e fico muito feliz por não ter cumprido nem a mais ínfima parte dele, para desgraça ou fortuna deste país”.
- "Não o chame mais de cinismo. Diga-lhe sinceridade. "
- "Minha definição de fracasso: aquele que confia em seus próprios méritos para fazê-lo."
- "Em que medida uma pessoa abandonada é responsável por suas ações, sem recursos ou capacidade específica, enlouquecida pelos maus tratos, pela indiferença e pela incapacidade de se alimentar?"
- "No início era o orgasmo, a utopia renovável diariamente."
- "Se ninguém te garante amanhã, o hoje torna-se imenso."
- "A pátria concebível é a autobiografia, dizendo a alguns que alguém foi."
Referências
- Carlos Monsivais. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipdia.org.
- 10 frases de Carlos Monsiváis. (2012). México: Aristegui Noticias. Recuperado de: aristeguinoticias.com.
- Tamaro, E. (2004-2019). Carlos Monsivais. (N / a): Biografias e vidas. Recuperado de: biografiasyvidas.com.
- Carlos Monsivais. (S. f.). Cuba: Ecu Red. Recuperado de: ecured.cu.
- Monsivais, Carlos. (S. f). (N / a): Writers Org. Recuperado de: Writeers.org.