6 causas de viagens de exploração europeias - Ciência - 2023


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As causas das viagens de exploração dos europeus para a América tem sido uma questão de debate, por muito tempo. Não há uma resposta única para esta pergunta; no entanto, todo um conjunto de características possíveis é motivado.

Os historiadores mencionaram a existência de razões econômicas, idiossincráticas, tecnológicas ou religiosas, entre outras. Por um lado, o Império Espanhol estava tentando encontrar uma rota para as Índias. O Império português já ocupava a rota que implicava viajar pela África Ocidental e os espanhóis tiveram que encontrar uma alternativa.

A motivação particular dos exploradores e conquistadores também foi muito importante. Na verdade, as conquistas foram projetos privados; Colón, Hernán Cortes ou Francisco Pizarro procuraram enriquecer e melhorar sua posição social.


Contexto histórico das viagens de exploração para a América

As viagens de expansão ao novo mundo, realizadas principalmente por Espanha e Portugal, nos séculos XV e XVI, têm sido uma das atividades mais importantes da história da humanidade.

É significativo ter em conta que a Península Ibérica se encontra numa posição geográfica favorável para a realização de viagens exploratórias ao Oceano Atlântico, comparativamente ao resto da Europa.

A primeira pessoa registrada, tendo conseguido alcançar o novo mundo, é Cristóvão Colombo. Este personagem, de origem genovesa, fez uma viagem pelo Oceano Atlântico em 1492, apoiado pelo Rei Fernando e pela Rainha Isabel da Espanha. De acordo com registros escritos, sua jornada teve como objetivo encontrar novas rotas para chegar à Índia. Essa viagem durou aproximadamente dez semanas.

Outras figuras importantes durante a conquista do novo mundo foram: Américo Vespucio, em cuja homenagem o novo continente foi batizado de América, e Fernando Magalhães, descobridor de um canal navegável na América, que hoje recebe o nome de Estreito de Magalhães.


Causas de viagens de exploração para a América pelos europeus

1- Troca econômica

Alguns autores apontam que, diante dos confrontos e bloqueios com o exército turco, a busca de novas rotas de navegação para o comércio com o Oriente pode ser o principal fator que motivou as viagens exploratórias europeias.

Naquela época, o exército turco-otomano havia bloqueado as estradas do Oriente Médio, especificamente do Mar Vermelho e arredores, interrompendo o intercâmbio comercial entre a Europa e a Ásia.

Durante os séculos XIV e XV, surgiram novas demandas (especialmente nas classes altas da Europa) por produtos que só podiam ser fornecidos pelos países orientais. Alguns desses produtos são, por exemplo: algodão, seda, pedras preciosas, pimenta, canela, gengibre, noz-moscada, entre outros.

Alguns historiadores não concordam com este pressuposto porque, em meados do ano 1400, graças ao aumento das importações marítimas portuguesas, os preços dos produtos trazidos do Oriente começaram a diminuir. Este fenômeno já havia ocorrido na Itália.


Por outro lado, o Império Turco-Otomano não dominou o Mar Vermelho (e seus arredores) até o início do século XVI, quando os navios portugueses já estavam no auge.

2- Facilidade econômica

Vários autores mencionam que essas expedições europeias foram realizadas devido à estabilidade econômica relativamente boa que a Europa vivia durante o ano de 1400. Foi então que o continente europeu teve suporte econômico suficiente para poder sustentar essas atividades e expandir-se para novas. fronteiras.

Essa explicação é discutível porque cidades como Florença, Veneza ou Gênova já possuíam esse nível econômico há séculos.

Antes das viagens exploratórias, a Europa já havia gasto muito mais recursos em navios de guerra (por exemplo, durante as Cruzadas) do que mais tarde seriam gastos na explosão de navios para o novo continente.

3- Superpopulação

Pensa-se que por volta do ano 1400 a Europa já estava superpovoada, ultrapassando a sua capacidade de se sustentar em termos de recursos, pelo que foi necessário encontrar novas terras para se instalar.

Somado a isso, havia muita pressão imposta pelo império turco-otomano, ao bloquear as estradas que abasteciam o intercâmbio comercial da Europa com o Oriente.

No entanto, essa teoria tem sido debatida porque as primeiras viagens foram feitas durante a primeira década do século 15, quando a população da Europa havia sofrido declínios recentes devido à Idade Média.

4- Procure ouro e prata

Certos autores relacionam as viagens exploratórias pela Europa à busca de minerais como ouro e prata, o que atenuaria as perdas econômicas (principalmente prata) ocorridas com a Idade Média.

Embora seja verdade que a Europa, nessa época, vivia dificuldades devido às complicadas relações económicas com o Oriente, parte dessas dificuldades foi amortecida devido à estreita relação que o governo e a economia portuguesa mantinham com as minas extractivas de ouro em África. , especificamente na área da Nigéria.

5- Inovação tecnológica

Alguns historiadores acreditam que as expedições europeias ocorreram devido aos avanços da engenharia naval, especificamente devido à invenção da caravela. A invenção deste tipo de embarcação ocorreu entre 1420 e 1470, e marcou o início de um dos períodos mais importantes para a exploração marítima portuguesa.

A caravela permitia aos marinheiros navegar em alta velocidade e por mais tempo do que com outros barcos; No entanto, sua principal vantagem era que os marinheiros podiam ter o controle de para onde queriam viajar e não dependiam das direções e das condições do vento.

Outro acessório que foi aperfeiçoado durante este período foi o Astrolábio, um instrumento de navegação que permite saber a hora e a latitude de um determinado ponto conhecido a partir da posição das estrelas. Desta forma, os velejadores tinham a possibilidade de se situar no mar sem depender da sua visão para a costa.

É importante notar que antes da inovação destes anexos, viagens exploratórias já haviam sido planejadas e realizadas, mesmo em condições adversas, principalmente por marinheiros das regiões do norte da Europa.

6- Outros motivos

Após a descoberta do novo continente e a descoberta de uma nova rota para a Ásia, as gerações subsequentes de exploradores viajaram por motivos ainda mais variados. Provavelmente, uma das razões menos importantes para essa data foi a curiosidade intelectual.

Por exemplo, há um registo escrito de que o rei Manuel de Portugal trouxe qualquer coisa invulgar que pudesse ser encontrada no novo mundo para a Europa para satisfazer a sua curiosidade. Alguns navegadores e aristocratas faziam viagens à América apenas por prazer.

Referências

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