As 6 diferenças entre modernidade e pós-modernidade - Psicologia - 2023


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Modernidade e pós-modernidade são conceitos que utilizamos principalmente nas ciências humanas e sociais e que nos ajudaram a compreender algumas características de nossas sociedades, bem como as transformações por que passamos.

Muitas vezes, são conceitos usados ​​como opostos ou como forma de explicar a passagem de um período histórico para outro, porém, modernidade e pós-modernidade referem-se a elementos que coexistem, que são muito complexos e que não podem ser compreendidos separadamente.

Levando isso em consideração, explicaremos de maneira muito ampla algumas relações e diferenças entre modernidade e pós-modernidade.

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Uma mudança de época?

Em termos muito gerais, a modernidade é a época que começa entre os séculos 15 e 18 nas sociedades ocidentais, das transformações sociais, científicas, econômicas e políticas.


Por sua vez, a pós-modernidade refere-se à segunda metade do século 20, e também é conhecido como "modernidade tardia", "era pós-moderna" ou mesmo "pós-modernidade-na-modernidade", precisamente porque os limites temporais entre um e outro não são fixos ou determinados.

O termo pós-modernidade não é sinônimo de antimodernidade, e o prefixo "pós" não se refere apenas a algo que vem "depois", mas é um conceito que tem servido para desvelar movimentos teóricos e políticos iniciados na modernidade.

Por isso, um dos grandes teóricos da pós-modernidade, Jean-François Lyotard, Ele o define como uma “reescrita da modernidade”. Em outras palavras, a pós-modernidade não é tanto uma nova era, mas o desenvolvimento e atualização de projetos que a modernidade iniciou.

6 diferenças entre modernidade e pós-modernidade

Modernidade e pós-modernidade são etapas que não podem ser entendidas como independentes ou opostas, mas sim como um conjunto de acontecimentos sociais, políticos, econômicos e científicos.


Ou seja, as diferenças que veremos a seguir eles não significam que você passou completamente de um paradigma para outroEm vez disso, constantes transformações ocorreram em diferentes áreas da vida social.

1. O paradigma científico e a questão da disciplina

Durante a modernidade, o homem se constituiu como sujeito. Ou seja, tudo se entende com referência a ela, incluindo a natureza e a atividade humana em geral. Portanto, a questão básica para o conhecimento filosófico e científico moderno é o que é ser?

Por outro lado, a pós-modernidade é caracterizada pela “morte do sujeito”, pois o saber deixa de estar centrado no ser humano, e a verdade não é mais considerada uma realidade universalmas um desvelamento constante. Assim, a questão básica para a filosofia e a ciência não é mais o que é ser, mas como posso sabê-lo?

A ciência na pós-modernidade é feita de forma transdisciplinar, rejeitando o materialismo determinista, e está integrado à sociedade por meio do desenvolvimento de tecnologia. Da mesma forma, tenta-se sair dos opostos como corpo mente, homem-mulher.


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2. Ficar doente não é tão ruim

Na modernidade, o corpo é entendido como um objeto isolado, separado da mente e composto principalmente de átomos e moléculas, com as quais as doenças são entendidas como o mau funcionamento dessas moléculas, e sua cura depende exclusivamente do médico e dos medicamentos.

Na pós-modernidade, o corpo não é mais entendido como um objeto isolado, mas em conexão com a mente e com o contexto, com o qual a saúde não é apenas a ausência de doença, mas um equilíbrio que depende em grande parte de cada indivíduo. A doença é então uma linguagem do corpo e tem certas finalidades, ou seja, lhe é atribuído um significado mais positivo.

3. Da rigidez à flexibilidade educacional

No campo da educação formal, a mudança de paradigma mais representativa é que a tarefa educativa não está mais centrada nas atividades do educadorEm vez disso, o aluno recebe um papel mais ativo e o trabalho colaborativo é reforçado.

A educação deixa de promover normas rígidas e está comprometida com o objetivo de formar pessoas integrais e unidas à natureza e à comunidade. Vai de completamente racional a racional e intuitivo, bem como de rígido a flexibilidade e de hierarquia a participação.

O mesmo tem repercussões nos estilos parentais, os pais deixam de ser autoritários para serem mais flexíveis, abertos à negociação e às vezes muito permissivos.

4. O fracasso dos sistemas autoritários

O terreno político é caracterizado por promover um afastamento do sistema autoritário e institucional em direção a um sistema consensual e redes não governamentais. Assim, o poder político que antes era centralizado passa a ser descentralizado e desenvolve ideais de cooperação social.

Por exemplo, ONGs (Organizações Não Governamentais) surgem e novos valores políticos são buscados. Da mesma forma, a política é fortemente marcada pela globalização, paradigma que incentiva o pensamento global com ações locais e que busca reduzir as fronteiras entre as nações. No entanto, a globalização também se torna uma atualização das desigualdades promovidas pelo colonialismo moderno.

5. A economia global

Em relação ao exposto, a economia passa de local a global. No entanto, embora na pós-modernidade sejam buscados grandes espaços econômicos, as sociedades reforçam o regionalismo e tendem a retornar a pequenas formas de organização econômica e política.

Há uma mudança do domínio do capital que promove estilos de vida consumistas, para promover uma qualidade de consumo responsável. Além disso, o trabalho não está mais vinculado apenas à obrigação e começa a se vincular ao desenvolvimento pessoal.

Revela-se a masculinização do setor de trabalho e promovem-se as responsabilidades coletivas que constroem as relações de equipe e não apenas o trabalho. O desenvolvimento da tecnologia é um dos protagonistas dos ideais de progresso. Trata-se de dar à economia uma transformação humanística que permite outros tipos de coexistência.

6. A comunidade e famílias diversas

Socialmente há uma exaltação de valores ecológicos que antes eram puramente materiais. Se na modernidade os laços eram bastante contratuais, na pós-modernidade a criação de laços comunitários é reforçada.

O mesmo é verdade no campo dos costumes e tradições, que antes eram rígidos e agora se tornaram muito flexíveis. Trata-se de integrar o pensamento ao sentimento, questão que se separou durante a modernidade.

Por outro lado, são promovidos os valores da família que vão desde a criação de uma grande família até a insistência no controle da natalidade. Há maior flexibilidade em casaisEles não estão mais focados em construir um relacionamento com uma pessoa para o resto da vida. Da mesma forma, a família tradicional se transforma, não está mais voltada para as relações a dois, nem apenas entre heterossexuais.

Referências bibliográficas

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  • Amengual, G. (1998). Modernidade e crise do sujeito. Caparrós: ​​Madrid.
  • Roa, A. (1995). Modernidade e pós-modernidade: coincidências e diferenças fundamentais. Editorial Andrés Bello: Santiago de Chile.