A nostalgia: o que é, sintomas e como superá-la - Psicologia - 2023
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Todos ou quase todos nós nos apaixonamos em algum momento. Muitas dessas paixões terminam em algum tipo de relacionamento com a pessoa em questão.
Mas nem sempre: às vezes nos apaixonamos por alguém que não nos corresponde ou não o faz na mesma medida, somos rejeitados, ocorrem rupturas ou o que começou como um bom relacionamento foi interrompido com o tempo.
E embora algumas pessoas digam que não sofrem muito com isso, a maioria sofre. E é que a perda ou a impossibilidade de ter um relacionamento como queremos com a pessoa que amamos é uma fonte de sofrimento muito comum e que mais cedo ou mais tarde teremos que enfrentar.
Essa sensação de sofrimento, que pode até levar a certas obsessões e sintomas depressivos, faz parte do que se popularmente chama de mal de amores, algo sobre o qual falaremos neste artigo.
Apaixonado: o que é?
É entendido por amor ruim ou falta de amor a situação de sofrimento, desconforto e desconforto que uma pessoa vivencia diante da dificuldade ou ausência de possibilidades de viver uma relação com o ente querido, ou que esta carece das características que o próprio sujeito considera necessárias nessa relação.
Geralmente é caracterizada pelo aparecimento de tristeza, angústia, desesperança, dúvidas e emoções como culpa ou mesmo raiva diante da situação, que podem levar ao isolamento, deterioração das relações sociais, falta de concentração e perda ou diminuição da capacidade de sentir prazer (sintomas depressivos). Também é possível ir ao extremo oposto, com aumento da atividade social, busca constante da atividade sexual, agitação e nervosismo.
Esse desconforto pode resultar de uma rejeição amorosa em que nunca houve uma correspondência sentimental da outra pessoa, que embora a outra pessoa corresponda, a relação não é possível ou que embora tenha havido uma relação entre os dois, foi danificado e / ou quebrado por algum motivo.
Causas e sintomas
Nesse sentido, quem sofre de falta de amor não precisa ter um conceito realista do relacionamento em si, mas depende muito de sua percepção do que ele é e poderia ter sido. Uma das principais bases da saudade são as expectativas que se têm na outra pessoa, na possibilidade de se relacionar com ela e na própria relação. A doença do amor é uma reação comum à decepção causada por não atender às expectativas e esperanças colocadas e, a menos que não seja resolvido ou complicações apareçam ou comportamentos mal-adaptativos apareçam, não implica patologia.
No final das contas, após um rompimento ou antes da aceitação de que nosso interesse amoroso não nos corresponde, o cansaço aparece antes das energias investidas (mesmo a nível emocional) em ditas esperanças e interações, o sentimento de solidão, impotência também aparece e as dúvidas do porquê, se a ruptura vem da outra pessoa, a angústia pelo que poderia ter sido.
Deve-se levar em conta também que a doença do amor pode aparecer não apenas em pessoas com relacionamentos equilibrados e positivos: pode ocorrer em relacionamentos com desequilíbrio de poder ou mesmo em situações de abuso físico e mental, pelo menos inicialmente.
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Fases
O enjôo decorre do fato de que para quem a sofre é traumático em maior ou menor grau, podendo, de fato, vir a ser conceituado como um processo de luto ante a já mencionada impossibilidade de ter, manter ou recuperar relacionamento com casal.
Assim sendo, é comum aparecer uma série de fases pelas quais o sujeito costuma passar: num primeiro momento, nega-se a rescisão ou impossibilidade de se ter essa relação. Depois disso, costuma aparecer uma fase de emoções intensas, como raiva, dúvidas, sentimento de culpa ou desesperança. E, finalmente, uma vez que o sujeito consegue processar o não relacionamento ou o rompimento, a aceitação da situação.
Mas, como em outros tipos de duelos, nem todos conseguem alcançar com sucesso uma fase de aceitação. É muito comum o aparecimento de sintomas de ansiedade ou depressão, que podem se tornar um transtorno do humor ou ansiedade, se persistirem.
Em alguns casos, pode surgir o que alguns profissionais chamam de limerência, ou a necessidade obsessiva de ser correspondido com amor pela pessoa amada. Essa necessidade pode levar a casos extremos, pode gerar comportamentos de assédio e representar um certo perigo tanto para a pessoa que a sofre (por exemplo, levando a tentativas de suicídio) como para a pessoa que consideram amar.
Como superar a dor?
Superar a paixão não é fácil. De um modo geral, o primeiro que se deve levar em conta é o fato de que a pessoa deve ver seu desconforto como algo normal na situação em que se encontra, e que o processo de superação dessa saudade tem seu tempo. É importante não se isolar socialmente e passar tempo de qualidade com outras pessoas ao nosso redor. Da mesma forma, é essencial se expressar e desabafar. Além de expressá-lo verbalmente, é possível utilizar procedimentos como escrever nossos sentimentos e sensações, escrever uma carta ou um diário ou recorrer a elementos artísticos como a expressão através de diversas artes, como música, pintura ou criação literária ou poética.
Recomenda-se que as pessoas evitem se refugiar em estímulos que só nos impedem de sofrer, como comida, bebida, compras ou busca compulsiva por sexo, pois se forem realizados com o único propósito de evitar a dor, isso pode na verdade se perpetuar desconforto (pois a evitação impede que a situação seja processada) e pode levar a vícios.
Em relação ao ente querido é aconselhável não manter contato contínuo com ela pelo menos no início, a fim de ser capaz de processar as informações e emoções de forma positiva e não perpetuar o desconforto.
Além disso, a prática de exercícios físicos pode ser uma grande vantagem. Finalmente, se precisar, você também pode recorrer a um profissional de psicologia para ajudar a combater as crenças disfuncionais.