Recursos minerais da Venezuela e suas características - Ciência - 2023
science
Contente
o recursos minerais da Venezuela eles representam 1,07% do Produto Interno Bruto. Entre os mais abundantes estão ferro, ouro, carvão, bauxita, níquel, titânio, zinco, cobre e diamante.
Este país sul-americano possui um dos solos mais ricos do mundo, com reservas de recursos minerais e energéticos. Os minerais que sustentam o solo venezuelano são classificados como ferrosos ou não ferrosos metálicos e não metálicos.
A Venezuela tem entre 10 e 23% das reservas mundiais dos principais minerais como cobre, ferro e ouro, e a maior parte das jazidas estão na Guiana, nos Andes ou ao redor da Cordilheira de la Costa.
A maior parte das explorações minerais é destinada à exportação, já que a Venezuela ainda não possui fábricas de transformação suficientes para produzir peças industriais.
Há uma década, a Venezuela nacionaliza as empresas exploradoras de recursos minerais e fortalece as relações com outros países latino-americanos para vender seus principais recursos.
Quais são os recursos minerais mais abundantes na Venezuela?
1- Ferro
O ferro é, depois do petróleo, o recurso mineral com maior produção na Venezuela.
O ferro começou a ser explorado em 1950 pela Iron Mines Company, e suas principais jazidas estão no cinturão de ferro da Guiana.
Esse recurso mineral é a matéria-prima básica para diversos processos industriais de ferro e aço; Por meio desses processos, são obtidas peças e materiais, principalmente para a fabricação de máquinas.
A indústria do ferro foi nacionalizada em 1975 e o governo criou a Empresa Nacional Ferrominera Orinoco C.A. A extração de ferro na Venezuela atende a demanda interna e também é exportada para alguns países da Europa e América Latina.
2- cobre
O cobre puro tem aspecto avermelhado e adquire outras características ao ser ligado a outros minerais. É um material resistente, reciclável e com grande condutividade térmica e elétrica.
Seus principais depósitos na Venezuela encontram-se em Loma de Hierro, localizado na Serranía del Interior perto de Tiara, no estado de Aragua.
O cobre é utilizado na fabricação de produtos como cabos, chapas, tubos e peças elétricas.
3- bauxita
A extração de bauxita coloca a Venezuela entre os 15 maiores países com capacidade de geração deste mineral.
É uma rocha que se encontra no estado mole ou duro, composta por óxidos de alumínio hidratados.
A bauxita pode ser encontrada no estado de Bolívar, essencialmente nas áreas de Upata, Nuria e Serranía de los Guaicas, na região sul da Gran Sabana e Los Pijiguaos.
4- Carvão
A Venezuela tem uma reserva de carvão de 10 bilhões de toneladas métricas. O carvão é uma rocha negra, composta por carbono e outros elementos, que é utilizada na produção de energia elétrica.
Os estados com depósitos de carvão são Zulia, Táchira e Anzoátegui. O carvão é exportado para países da América Latina, como República Dominicana, Guatemala e Peru.
5- Níquel
O níquel é um metal que varia entre a cor branca e ligeiramente amarela; é um excelente condutor de eletricidade e calor.
É amplamente utilizado para revestir outros metais, como ferro, alumínio e aço. Encontra-se na Cordillera de la Costa, nos estados de Miranda e Aragua, e também na Serranía del Interior.
6- Coltan
O coltan é composto pelos minerais columbita e tantalita e tem uma aparência preta e opaca.
Em composição com outros minerais, torna-se matéria-prima para a fabricação de laptops e telefones celulares, aparelhos de áudio digital, aparelhos de vídeo, sistemas de localização por satélite e consoles de jogos.
A Venezuela possui uma ampla área de minas de coltan em áreas de difícil geografia; devido ao estado precário das estradas, é muito difícil comercializá-las.
Como no resto do mundo, a febre do coltan tem gerado profundos problemas sociais nos locais onde é extraído, devido à atividade ilegal de mineração nas mãos de grupos armados que atuam fora da lei.
O principal depósito de coltan está localizado ao sul do rio Orinoco.
7- ouro
A Venezuela é um dos países com maiores reservas de ouro da América Latina; estima-se que tenha cerca de 3.500 toneladas.
A atividade de extração e comercialização de ouro gera cerca de 250.000 empregos. Junto com outras mineradoras, a indústria do ouro foi nacionalizada em 2008.
É possível encontrar os principais depósitos de ouro do estado de Bolívar em quatro áreas: as áreas de ouro de Tumeremo, El Callao, El Dorado e El Manteco; na bacia do rio Cuyuní; e nas regiões drenadas pelos rios Yuruarí, Botanamo, Caroní, Venamo e outros.
8- Diamante
A mineração de diamantes na Venezuela produz cerca de 30 milhões de dólares anualmente; entretanto, nas últimas décadas, essa atividade tornou-se informal e ilegal e a renda nacional diminuiu.
O diamante pode ser encontrado ao longo da bacia do rio Caroní, na região de Guayana.
9- Zinco
A aparência física do zinco é branco-azulado. Sua extração pode ser realizada a céu aberto, ou seja, na superfície do solo ou em depósitos subterrâneos, como minas.
É imune ao ar seco, mas ante a umidade protege-se da corrosão com uma camada superficial de óxido ou carbonato básico.
O zinco é encontrado na Loma de Hierro e Santa Isabel, no estado de Aragua; e na Sierra de Aroa, no estado de Yaracuy.
10- Titânio
O titânio é um metal muito resistente à corrosão, quase ao nível do aço; É por isso que seu uso é comum na fabricação de aviões, helicópteros, blindados, navios de guerra, espaçonaves e mísseis.
As principais jazidas encontram-se em Guayana, nos Andes ou em torno da Cordilheira de la Costa.
Referências
- Söderholm P., Svahn N. (2015) Mineração, desenvolvimento regional e repartição de benefícios em países desenvolvidos. Política de recursos, Volume 45.
- Graham A. Davis e outros (2005). A maldição dos recursos. Volume 29, pp. 233-242
- Kesler Stephen e outros (2015). Recursos Minerais, Economia e Meio Ambiente. pp: 7-10
- Egaña, Manuel R. (1979). Venezuela e suas minas. Banco Central da Venezuela, p.p: 124-134
- Mora C. Jesús (2002). O Direito de Propriedade dos Hidrocarbonetos na Venezuela: origem e tradição jurídica. Revista Venezuelana de Economia e Ciências Sociais. V.8. No. 2. pp: 219-235