Divisão internacional do trabalho: conceito, vantagens, desvantagens - Ciência - 2023
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Contente
- Qual é a divisão internacional do trabalho?
- Vantagem comparativa
- Vantagens e desvantagens
- Vantagem
- Desvantagens
- Divisão internacional do trabalho na América Latina
- México
- Outros países
- Referências
o divisão internacional do trabalho É a forma mais elevada de divisão social e territorial do trabalho em tarefas específicas e delimitadas, visando aumentar a produtividade do trabalho. Os países se especializam na produção de certos tipos de produtos, que usam para troca.
O nível de desenvolvimento das forças produtivas da sociedade determinou a necessidade de uma divisão internacional do trabalho e sua expansão.
Historicamente, o crescimento de uma divisão internacional do trabalho cada vez mais complexa está intimamente relacionado ao crescimento global da produção e do comércio, à ascensão do capitalismo e à complexidade dos processos de industrialização.
A representação da divisão internacional do trabalho, bem como de outras formas de relações econômicas entre países, é fundamentalmente influenciada pelas relações de produção existentes nessas nações.
A divisão internacional do trabalho é de extrema importância para que o comércio entre os diferentes países se expanda, formando uma plataforma objetiva para o desenvolvimento do mercado mundial.
Qual é a divisão internacional do trabalho?
Refere-se à especialização de certos países em diferentes ramos de produção, seja em produtos específicos ou em partes selecionadas de um processo de produção. O conceito propõe que a disseminação dos mercados ao redor do mundo crie uma diferenciação progressiva da atividade econômica.
Assemelha-se à divisão de trabalho existente em uma empresa, mas é internacional. Desse modo, assim como alguns trabalhadores se especializam na realização de determinadas tarefas, também se observa em nível internacional que as nações tendem a se especializar em determinadas atividades produtivas.
Por exemplo, da mesma forma que se considera que a Suíça tem uma especialidade na área de serviços financeiros, observa-se que o Brasil se especializou mais na produção de café ou carne de frango.
O surgimento da indústria em grande escala levou a uma maior diferenciação na produção e ao desenvolvimento da especialização que transcendeu as fronteiras nacionais.
A divisão internacional do trabalho foi promovida por uma maior demanda dos países industrializados por grandes quantidades de produtos agrícolas e matérias-primas, que lhes eram fornecidos pelas nações menos desenvolvidas economicamente.
Vantagem comparativa
A teoria da vantagem comparativa é talvez o conceito mais importante na teoria do comércio internacional. Uma vantagem econômica é quando um país pode produzir um determinado resultado mais economicamente do que outro. As diferenças entre os países em suas vantagens comparativas determinam os modelos de especialização.
A divisão internacional do trabalho desenvolve-se naturalmente, sendo a lei do valor o fator que regula o seu desenvolvimento. No mercado mundial, as diferentes realidades produtivas estão sendo comparadas entre os diferentes países, que mantêm uma intensa luta competitiva.
O fator mais importante é o nível de tecnologia, pois tem impacto determinante nos custos de produção. As condições naturais também são importantes para determinar a competitividade de alguns produtos no mercado mundial.
Vantagens e desvantagens
Embora na economia clássica a divisão internacional do trabalho como tal seja considerada um benefício para atividades especializadas, há outras análises que enfatizam mais as desigualdades e hierarquias estruturadas que essa divisão gera.
Vantagem
- Uma utilização mais eficiente dos recursos, porque cada país pode aproveitar o seu potencial e riqueza nas tarefas que lhe são mais adequadas. Isso permite que um país faça pleno uso de seus recursos econômicos.
- Uma redução de custos através de duas formas: o uso de economias de escala de produção, levando a preços mais baixos, e o uso de vantagens comparativas.
- Por meio do intercâmbio comercial, promove-se o desenvolvimento produtivo das nações. O excedente pode ser exportado, proporcionando uma injeção no fluxo circular de renda.
Desvantagens
Alguns analistas econômicos desacreditaram os efeitos da divisão internacional do trabalho, afirmando que essa divisão só levou à pobreza e à desigualdade nas nações produtoras de mercadorias.
De fato, na década de 1980, o economista Raúl Prebisch, membro da Comissão Econômica da ONU para a América Latina, argumentou que a divisão internacional do trabalho produzia uma divisão do mundo em dois grupos: um que produzia matérias-primas e outro, produtor. bens industrializados.
O primeiro grupo viu perder o seu poder de compra devido à perda progressiva do valor das suas mercadorias, enquanto o segundo grupo beneficiou do aumento dos preços de referência dos seus produtos.
Esse fenômeno no qual os produtos industriais aumentavam seu valor relativo enquanto as matérias-primas se depreciavam era conhecido como deterioração dos processos de troca comercial.
Essa deterioração traria como resultado que os países mais afetados teriam uma maior dependência dos mais ricos, bem como um aumento da desigualdade.
Divisão internacional do trabalho na América Latina
Há alguns anos, a América Latina teve um grande pico nas exportações de matérias-primas. Analistas anunciaram que as principais economias da região (México, Brasil, Chile e Colômbia) se juntariam ao círculo dos principais emergentes.
No entanto, atualmente a região e principalmente a América do Sul têm sofrido um forte choque externo, devido à redução de seus termos de troca devido à queda dos preços de suas matérias-primas primárias de exportação.
México
Já o México é a segunda economia da América Latina depois do Brasil. É especializada na produção agrícola, indústria de autopeças, cimento, indústria maquiladora e produção de petróleo. O setor de serviços - turismo, transporte, entretenimento, bancos, telecomunicações - representa 65% do país.
Outros países
Colômbia, Equador, Venezuela, Panamá e Cuba têm o petróleo como principal produto de exportação. Na Bolívia eles têm gás, enquanto o Paraguai e a Argentina concentram suas exportações na soja.
Por outro lado, o principal produto de exportação do Chile é o cobre, o Uruguai exporta carne bovina. El Salvador, Guatemala e Nicarágua exportam café. O principal produto da Costa Rica é a banana e o açúcar, a República Dominicana.
Por fim, entre as nações onde se destacam os produtos industriais está o Brasil, que exporta principalmente equipamentos de transporte.
Deve-se notar que muitas das nações se dedicam a várias categorias. É o caso do Chile, que também é grande produtor de lítio, a Colômbia também exporta café, ou Cuba, que é muito rica em produção de açúcar.
De qualquer forma, a América Latina entrega uma grande variedade de produtos a todos os países para os quais exporta. Embora a atividade na região ainda seja fraca, a atividade que gera é importante para o seu próprio desenvolvimento e crescimento sustentado a longo prazo.
Referências
- O Dicionário Livre (2020). Divisão Internacional do Trabalho. Retirado de: encyclopedia2.thefreedictionary.com.
- Enciclopédia (2020). Divisão Internacional do Trabalho. Retirado de: encyclopedia.com.
- Paula Nicole Roldán (2020). Divisão internacional do trabalho. Economipedia. Retirado de: economipedia.com.
- BBVA (2016). América Latina, rica em matérias-primas. Retirado de: bbva.com.
- Wikipedia, a enciclopédia livre (2020). Nova divisão internacional do trabalho. Retirado de: en.wikipedia.org.