Tecido conjuntivo denso: características e funções - Ciência - 2023


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Tecido conjuntivo denso: características e funções - Ciência
Tecido conjuntivo denso: características e funções - Ciência

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o tecido conjuntivodenso É um tipo de tecido conjuntivo ou conjuntivo que, como outros tecidos conjuntivos, atua no suporte, suporte e proteção do corpo dos animais. Os tecidos conjuntivos, como o próprio nome indica, são tecidos que servem de ligação com outros tecidos, principalmente com o tecido epitelial, com o músculo e com o tecido nervoso, fornecendo suporte estrutural.

Esses tecidos unem ou separam os diferentes elementos do tecido que constituem os órgãos e sistemas e são um meio de distribuição das estruturas vasculares e nervosas.

Servem como meio de troca, local de deposição de gorduras e auxiliam na defesa e proteção do organismo por formar, por um lado, uma barreira física que impede a invasão e propagação de microrganismos e, por outro, por conter células fagocítico, alguns anticorpos e células que secretam substâncias relacionadas a processos inflamatórios.


O tecido conjuntivo é classificado em tecido conjuntivo não especializado ou adequado, tecido conjuntivo especializado e tecido conjuntivo embrionário. O tecido conjuntivo denso está incluído nos tecidos conjuntivos não especializados e pode ser irregular e regular.

Caracteristicas

Como todos os outros tecidos conjuntivos, o tecido conjuntivo denso origina-se do mesênquima embrionário, que por sua vez tem origem mesodérmica.

Esses tecidos têm três componentes: 1) um componente celular, 2) uma matriz extracelular composta de fibras e 3) uma substância conhecida como substância fundamental.

A quantidade desses três elementos é relativa ao tipo de tecido conjuntivo, dessa forma, o tecido conjuntivo denso se caracteriza por possuir maior teor de fibras e menor teor de células quando comparado, por exemplo, com tecido conjuntivo frouxo.

As fibras do tecido conjuntivo denso são fibras de colágeno e fibras elásticas. A orientação e o arranjo de suas fibras de colágeno o tornam resistente a diferentes forças de tração.


-Classificação de tecido conjuntivo denso

Quando as fibras de colágeno têm uma orientação aleatória e desordenada, o tecido conjuntivo denso é denominado irregular. Quando essas fibras de colágeno estão dispostas de maneira ordenada e paralela, o tecido é denominado tecido conjuntivo denso regular.

Tecido conjuntivo denso irregular

Alguns autores referem-se a esse tecido como tecido conjuntivo denso não padronizado.

Este tecido forma a derme da pele, as bainhas nervosas, a dura-máter, o periósteo (a camada que envolve os ossos), o pericárdio (a camada membranosa que reveste o coração), as válvulas cardíacas, as cápsulas articulares e cápsulas dos rins, nódulos linfáticos, ovários, testículos e baço e outros.

Em órgãos ocos, como o intestino, existe uma camada bem definida desse tecido conjuntivo, conhecida como "submucosa", caracterizada por as fibras se arranjarem em planos variáveis, o que lhe confere a capacidade de se esticar consideravelmente.


Ele contém fibras de colágeno espessas tecidas em uma malha muito forte e justa que deixa muito pouco espaço para a substância básica e as células, o que significa que é um tecido com um grande componente fibroso.

Graças ao arranjo das fibras de colágeno, que se estendem em várias direções no espaço, o tecido conjuntivo denso e irregular tem uma alta resistência mecânica à tensão.

As células mais abundantes nesse tecido são os fibroblastos, e algumas fibras elásticas são encontradas espalhadas entre as fibras de colágeno. A substância fundamental associada a esse tecido é uma substância amorfa gelatinosa sintetizada por fibroblastos.

É composto por glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas de aderência. Estes últimos são responsáveis ​​por garantir os diferentes componentes da matriz extracelular.

Tecido conjuntivo denso regular

O tecido conjuntivo denso regular, também descrito na literatura como tecido conjuntivo denso padronizado, é classificado em tecido denso regular colágeno e tecido denso regular elástico.

O tecido conjuntivo denso regular colágeno é composto de feixes paralelos e ordenados de fibras de colágeno espessas e altamente resistentes ao estresse, dispostas em forma de cilindros.

Esses feixes de colágeno incluem alguns fibroblastos longos, achatados e laminados. Os referidos fibroblastos têm seus eixos longitudinais direcionados paralelamente aos feixes de colágeno.

Tendões, ligamentos e aponeuroses são exemplos de tecido conjuntivo colágeno regular.

O tecido conjuntivo elástico regular denso é feito de fibras elásticas abundantes, capazes de se esticar até 150 vezes seu comprimento em repouso sem quebrar. Essas fibras elásticas são espessas e dispostas em paralelo, se entrelaçando e formando malhas ou redes com poucas fibras de colágeno.

Este tecido forma folhas fenestradas. Os fibroblastos e a substância fundamental estão espalhados nos espaços entre as fibras. Este tipo de tecido conjuntivo é encontrado na parede dos grandes vasos sanguíneos, nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.

Características

A principal função do tecido conjuntivo denso é neutralizar o estresse mecânico. Nesse sentido, o tecido conjuntivo denso irregular permite neutralizar tensões multidirecionais, enquanto o tecido conjuntivo denso regular o faz em uma única direção (no sentido de que suas fibras de colágeno são orientadas paralelamente).

-Tecido conjuntivo colágeno regular denso altamente resistente à tração unilateral. Porém, por fazer parte de ligamentos e cápsulas, esse tecido também tem funções de suporte estrutural para os órgãos onde se encontra.

-O tecido conjuntivo denso elástico regular, como o próprio nome indica, confere características elásticas ao órgão onde se encontra, permitindo que se estique e gerando certo grau de flexão quando associado a elementos rígidos.

Em grandes vasos sanguíneos, a presença de tecido conjuntivo elástico regular denso permite que a tensão se acumule na parede do vaso durante a fase de ejeção sistólica cardíaca, e a liberação dessa tensão mantém o fluxo sanguíneo vascular na fase de diástole.

Como parte da derme da pele, esse tecido desempenha funções protetoras por ser a segunda linha de defesa contra traumas.

Dá elasticidade à pele e, devido à presença de múltiplos tipos de células, participa da defesa contra microorganismos e substâncias estranhas, gerando uma barreira física e química que protege os órgãos vitais.

Referências

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