Ceiba aesculifolia: características, habitat, usos - Ciência - 2023


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Ceiba aesculifolia: características, habitat, usos - Ciência
Ceiba aesculifolia: características, habitat, usos - Ciência

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o Ceiba aesculifolia É uma espécie nativa do Vale Tehuacán-Cuicatlán, no México, e é conhecida como pochote, boludo-pochote, pochote longo, pochote fino, ticachohme ceiba, ceiba ou pochote seco. Na Guatemala é conhecido como Ceibillo.

Esta planta possui interessantes informações arqueológicas e etnobotânicas sobre seu uso há muito tempo, já que os habitantes de áreas mexicanas consumiam suas sementes e carne de animais caçados como parte de sua dieta. A casca desta árvore não é tão importante na indústria da construção, mas é na indústria de fabricação de caixas.

Atualmente, essa árvore é consumida por suas sementes, raízes e flores. Os ramos e caules desta espécie são usados ​​como lenha; as flores são usadas como isca para caçar veados; Do mesocarpo da fruta é extraída uma substância parecida com o algodão que serve de recheio para travesseiros, e a casca é usada para fazer artesanato. Suas folhas também são usadas para fazer uma infusão útil no tratamento de úlceras e dermatites.


É uma espécie que se espalha por meio de sementes e não é cultivável. Os produtos desta árvore são obtidos a partir do acúmulo de indivíduos desta planta na natureza, diretamente de seu habitat. Por sua vez, a conservação desta espécie é dada pelos habitantes, que cuidam desta árvore para os seus múltiplos usos.

Caracteristicas

Esta espécie de planta em forma de árvore ou pequeno arbusto tem caules e ramos que podem ou não ter bolota (espigas). A casca dos caules pode ser lisa ou fissurada.

Suas folhas são alternadas, compostas palmáticas. Normalmente apresenta 5 a 8 folíolos nas folhas, com comprimento entre 1,5 e 12 cm. As lâminas desses folhetos apresentam tricomas estrelados (pubescência) na veia principal e, durante a maturidade, são desprovidos de pubescência.

As flores possuem cálice de 1,5 a 4,5 cm de comprimento, sem pubescência ou com tricomas muito finos, brancas com pétalas verdes que podem medir entre 6 e 15 cm de comprimento, com vestimenta marrom, estames 1,5 a 3,5 cm longo e anteras sinuosas ou anfractuous.


Esta espécie de ceiba produz frutos elipsoidais e obovóide-piriformes. Ao mesmo tempo, C. aesculifolia Possui sementes subglobosas com uma estrofe.

Normalmente, essa árvore não apresenta folhas no período de janeiro a março, floresce de novembro a maio, e sua frutificação vai de maio a dezembro.

Taxonomia

Esta espécie de planta foi descrita em 1896 como Ceiba aesculifolia (Kunth) Britten e E. G. Baker. No entanto, o basiônimo para esta árvore foi Bombax aesculifolium Kunt.

o Ceiba aesculifolia é dividido em duas subespécies: a subespécie Esculifolia, e as subespécies parvifolia. A diferença entre eles é que no primeiro os folíolos têm 5 a 15 cm de comprimento, ápice pontiagudo ou acuminado e frutos com 10,5 a 19,5 cm de comprimento.


Já na segunda subespécie, os folíolos podem medir entre 2,8 e 4,5 cm de comprimento, com ápice arredondado, ou levemente emarginado, com terminação pontiaguda, e produzir frutos entre 3,5 a 8 cm de comprimento.

Sua descrição taxonômica é a seguinte:

- Reino: Plantae.

- Filo: Tracheophyta.

- Classe: Spermatopsida.

- Ordem: Malvales.

- Família: Malvaceae.

- Subfamília: Bombacoideae.

- Tribo: Ceibeae.

- Gênero: Ceiba.

- Espécies: Ceiba aesculifolia.

Habitat e distribuição

É uma espécie que se distribui pela parte central do México, nos estados de Morelos e Guerrero, na bacia do rio Balsas, e nos estados de Puebla e Oaxaca na bacia do rio Papaloapan.

É uma árvore tropical comum de planícies quentes. Sua distribuição de altitude varia de 600 a 2.200 metros acima do nível do mar. Esta espécie pode habitar floresta tropical decídua, subdecídua, Quercus e floresta de galeria. É obtido em regiões tropicais da América e foi relatado em países como México, Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Estados Unidos.

É uma espécie encontrada em associações de plantas descritas como jiotillal (Chiotilla Escontria), cardonal (Pachycereus weberi), telhado (Neobuxbaumia tetetzo, cardonal (Cephalocereus column-trajani), fuquerial (Fouquieria formosa) e arbustos espinhosos em trópicos áridos.

Conservação

Em termos ecológicos, no México, alguns estudos foram realizados sobre o deslocamento que esta espécie de árvore teve em função das mudanças climáticas globais e do clima local.

Isso foi feito levando-se em consideração que nos estudos de restauração ecológica é necessário conhecer a área de influência das cidades para entender o efeito que o calor urbano pode ter nas populações de plantas.

Em relação a isso, o aumento da temperatura de um local no entorno de uma cidade pode chegar a 8 ° C, se comparado ao aumento da temperatura no meio rural. Assim, no México, em frente à cidade de Morelia, foi detectado um aumento entre 4 a 8 ° C, o que influenciou significativamente no deslocamento altitudinal das mudas dessa árvore.

Desta forma, nestes estudos foi constatada maior sobrevivência de mudas entre 2200 e 2230 msnm, ou seja, mais de 100 m acima do limite de altitude em que as árvores adultas desta espécie estão localizadas na referida área, e o limite relatado na literatura (2200 msnm). Portanto, tem sido recomendado o plantio desta espécie entre essas altitudes para se obter uma maior sobrevivência dos indivíduos.

Formulários

Antigamente, a fibra do fruto (sumaúma) dessa espécie, assim como de outras sumaúma, era utilizada para a fabricação de travesseiros, mas hoje foi substituída pelo uso de fibras artificiais.

Já a madeira é utilizada para fazer caixas, por se tratar de uma madeira leve e macia. Enquanto isso, os frutos são comestíveis, assim como suas sementes.

Além disso, pode-se fazer uma infusão dessa espécie com suas folhas, que é utilizada no tratamento de úlceras e dermatites. Em hortas caseiras é semeada como planta ornamental.

É uma espécie que não possui uma categoria em termos de conservação (preocupação menor), pois é uma árvore que os habitantes protegem para os seus usos múltiplos.

Referências

  1. Avendaño, A., Casas, A., Dávila, P., Lira, R. 2006. Formas de uso, gestão e comercialização de "pochote" Ceiba aesculifolia (H.B. & K.) Britten & Baker f. subsp. parvifolia (Rosa) P.E. Gibbs & Semir (Bombacaceae) no Vale do Tehuacán, México Central. Journal of Arid Environments 67: 15-35. Catalog of Life: 2019 Lista de verificação anual. 2019.Ceiba aesculifolia (Kunth) Britten e E. G. Baker. Retirado de: catalogueoflife.org
  2. Valle-Díaz, O., Blanco-García, A., Bonfil, C., Paz, H., Lindig-Cisneros, R. 2009. Mudança de amplitude altitudinal detectada através da sobrevivência de mudas de Ceiba aesculifolia em uma área sob a influência de uma ilha de calor urbana. Forest Ecology and Management 258: 1511-1515.
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