Tipos de habilidades motoras (brutas e finas) e suas características - Psicologia - 2023


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Tipos de habilidades motoras (brutas e finas) e suas características - Psicologia
Tipos de habilidades motoras (brutas e finas) e suas características - Psicologia

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Graças ao aparelho locomotor, o ser humano pode realizar um amplo repertório de movimentos, ordenadas pelo cérebro, que nos permitem nos relacionar com o mundo e também explorá-lo para conhecê-lo melhor.

Nas habilidades motoras, faz-se referência à capacidade do corpo em realizar diversos movimentos e gestos, que podem ser de maior ou menor complexidade e realizar funções variadas.

De lançar uma bola, escrever com uma caneta ou simplesmente correr, esses movimentos estão dentro do conceito de habilidades motoras, no entanto, eles se enquadrariam em diferentes categorias.

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Vamos descobrir quais são os tipos de habilidades motoras, seu desenvolvimento ao longo da vida das pessoas e os movimentos que envolvem cada uma.


Tipos de habilidades motoras

Basicamente habilidades motoras são divididas em dois tipos, grossas e finas, dependendo dos tipos de grupos musculares envolvidos no movimento que é executado.

1. Habilidades motoras brutas

Com habilidades motoras grossas, refere-se a as capacidades motoras de uma pessoa que envolvem grandes grupos musculares. A intervenção deste tipo de músculos permite movimentos nos quais todo o corpo ou grande parte de um membro é ativado, como engatinhar, caminhar, saltar, escalar, andar de bicicleta, nadar e muitos mais.

Este tipo de habilidades motoras começa a se desenvolver em uma idade precoce, nas primeiras semanas de vida do bebê. Seu desenvolvimento é contínuo, porém, se não for posta em prática ou se não forem realizados exercícios que visem o aprimoramento dessa habilidade, não haja perda da motricidade grossa. Porém, o usual é que haja um desenvolvimento progressivo dessas capacidades ao longo da vida, mesmo na idade adulta.


A direção em que os grandes grupos musculares são aperfeiçoados é da cabeça aos pésOu seja, primeiro você aprende a mover a cabeça e o pescoço, depois tem maior controle sobre o tronco e, por fim, controla as pernas e os braços.

Durante os primeiros anos de vida, o desenvolvimento deste tipo de habilidades motoras é essencial para adquirir a capacidade de controlar a postura, o equilíbrio corporal e a marcha.

1.1. Controle postural

Desenvolver capacidade suficiente para controlar a postura e o equilíbrio são questões fundamentais para poder realizar ações em que se esteja em pé, como caminhar ou sentar.

Quando acaba de nascer, o bebê não é capaz de controlar sua postura voluntariamente, nem de manter a cabeça em equilíbrio. Por isso, nas primeiras semanas de vida, é recomendado que a criança fique deitada.

Após dois meses o bebê já adquiriu capacidade suficiente para manter um certo equilíbrio, podendo sentar-se ereto com a ajuda de seus cuidadores.


Quando se aproxima o primeiro ano de vida, os bebês adquirem capacidade suficiente para conseguir sentar-se sozinhos em uma cadeira.

1.2. Aprenda a andar

Em relação ao ponto anterior, para ser capaz de andar ereto, você deve primeiro ter controle postural suficiente para ser capaz de permanecer ereto.

Além disso, exigirá força nas pernas, que terá adquirido após vários meses engatinhando e colocando sobre elas parte do peso do tronco, com a ajuda dos braços.

É por volta do primeiro ano de vida que os bebês conseguem andar, porém, de acordo com as pesquisas realizadas na área, constatou-se que as vias neurais para isso já estão possuídas desde antes do nascimento.

Um fato que daria força a isso é que se um bebê de dois meses for colocado na posição vertical, mas sendo segurado por alguém, ele alternará as pernas como se estivesse andando.

Independentemente de quão inata essa habilidade possa ser, é muito importante para o bebê ver outras pessoas, tanto da sua idade quanto das mais velhas, andar para desenvolver essa habilidade.

A ascensão e queda das capacidades brutas

Embora as mudanças que ocorrem durante os primeiros anos de vida sejam significativas, habilidades brutas também melhoram durante o período de 7 a 12 anos. Nesta idade, que em breve será um adolescente, melhora a capacidade de correr, esquivar, pular corda e outras atividades relacionadas ao esporte.

Por isso, as atividades esportivas na adolescência são bastante perceptíveis, coincidindo com o momento em que as pessoas percebem uma maior destreza em termos de capacidade locomotiva.

Porém, como tudo que sobe tem que diminuir, depois de alguns anos, principalmente por volta dos 30, começa a ocorrer um declínio nas habilidades motoras grossas. Como resultado, as pessoas com mais de essa idade veem seus movimentos se tornarem mais lentos e difíceis de executar. Para evitar que esse declínio motor ocorra precoce e rapidamente, é aconselhável fazer exercícios físicos em qualquer idade e com freqüência.

2. Habilidades motoras finas

Quanto às habilidades motoras finas, ao contrário de sua contraparte, pequenos grupos de músculos estão envolvidos, que são encontrados principalmente nas mãos, especialmente nos pulsos e dedos. Esta habilidade é notável na espécie humana, pois possui um alto controle dos movimentos dos dedos das mãos, permitindo agarrar objetos, escrever, tocar piano ou fazer gestos.

As habilidades finas são desenvolvidas ao longo da vida de todo o indivíduo, podendo melhorar e aprender novos movimentos em praticamente qualquer idade da pessoa, desde que não haja lesões físicas ou cerebrais.

No entanto, principalmente na infância, ocorrem mudanças significativas no desenvolvimento dessas capacidades, que vão de par com o aprimoramento de certas habilidades promovidas pelo sistema educacional.

2.1. Primeiros meses de vida

Os primeiros movimentos sutis que podem ser observados em um bebê são os reflexos, que se manifestam desde o momento em que nascem. No entanto, com o passar de algumas semanas, muitos deles desaparecem.

Com oito semanas, o bebê já consegue fazer alguns movimentos com os dedos, podendo agarrar, embora desajeitadamente, coisas.

Entre os dois e os cinco meses o bebé já consegue coordenar o olhar com o movimento das próprias mãos, sendo este um ponto decisivo na sua capacidade de explorar o mundo exterior.

Entre os sete e os doze meses ocorre o ponto mais marcante da motricidade fina do bebê, com uma melhora na habilidade de agarrar objetos, apontar com o dedo indicador, passar objetos de uma mão para a outra e, o mais importante, fazer a pinça com a mão.

Com um ano de idade, o bebê já tem capacidade fina o suficiente para manusear objetos de forma voluntária e com maior segurança.

Graças a isso, você pode pegar os objetos que quiser e assim explorá-los para conhecê-los melhor, aprendendo tanto fisicamente quanto por meio de estímulos. Assim, aprenda aspectos como tamanho, peso e forma.

2.2. Pré escola

Essa fase incluiria entre dois e cinco anos de idade. Nessas idades, a criança é capaz de fechar e abrir a mão fazendo diferentes combinações com os dedos.

Assim, a criança pode aprender a usar tesouras, pintar com lápis, abotoar a camisa e pegar objetos com mais precisão.

Além disso, aprendem sobre o ambiente em que se encontram e os estímulos que recebem dele, coordenando efetivamente seus movimentos para irem explorar.

2.3. Estágio escolar

Entre as idades de cinco e sete anos, as habilidades motoras finas já estão notavelmente desenvolvidas, embora sempre possam ser melhoradas. Braços e pernas são melhor sincronizados.

É nessas idades que as crianças aprendem a escrever e a ler. Os primeiros ensaios escritos, embora desajeitados, são a demonstração deles, enquanto a leitura se caracteriza por usar os dedos para direcionar o olhar para a linha que devem ler.