Antofobia (medo de flores): causas, sintomas e tratamento - Psicologia - 2023


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Os seres humanos podem sentir medo por uma ampla variedade de objetos ou situações, uma reação que pode ser normal, desde que esse medo seja objetivo e realista. No entanto, há momentos em que uma pessoa pode sentir um grande medo de coisas aparentemente inofensivas, como é o caso da antofobia, o medo irracional de flores.

Neste artigo, vamos nos aprofundar nos aspectos mais característicos desse transtorno e revisar suas causas, sintomas e consequências.

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O que é antofobia

Talvez a antofobia não seja uma das fobias mais conhecidas, mas é uma das mais curiosas. Esta patologia é um medo intenso e irracional das flores, que são estímulos que representam pouco ou nenhum perigo real. Isso, por outro lado, é algo que acontece com todas as fobias: mesmo que não saibam explicar o porquê, a pessoa desenvolve um medo irracional de elementos que em princípio são inofensivos. A causa disso tem a ver com o funcionamento da memória emocional, como veremos.


Exceto aqueles indivíduos que podem sofrer de alergias, a maioria da população não deve temer o aparelho reprodutor da maioria das plantas; entretanto, alguns indivíduos temem flores, e esse distúrbio pode ser realmente incapacitante para eles.

As fobias pertencem ao grupo dos transtornos de ansiedade e, portanto, alguns dos sintomas mais característicos vivenciados por indivíduos com essa condição são ansiedade e angústia (além do medo). Os fóbicos tendem a evitar o estímulo temido na tentativa de reduzir o desconforto. Felizmente, e apesar do grande sofrimento que essa fobia pode causar, a antofobia tem cura.

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Causas desta fobia

Pessoas que desenvolvem fobia não nasceram com esse transtorno, mas aprendi. Na maioria dos casos, isso ocorre implicitamente após uma experiência traumática que causa emoções negativas e intensas. As fobias são aprendidas pelo condicionamento clássico.


O condicionamento clássico é um tipo de aprendizagem que ocorre pela associação de um estímulo originalmente neutro com outro que causa uma resposta de medo. Uma pessoa pode ter tido uma experiência negativa ao correr por um jardim repleto de flores, e o impacto desta situação causa que nas próximas vezes que ele encontra uma flor, ele desenvolve grande ansiedade e um medo desproporcional da situação aparentemente inofensiva.

  • Se você quiser saber mais sobre o condicionamento clássico, pode ler nosso artigo: "O condicionamento clássico e seus experimentos mais importantes"

Eles também são aprendidos por observação

Mas vivenciar uma situação traumática não é apenas a única causa do aparecimento de antofobia, mas as fobias podem aparecer como condicionamento vicário. Por exemplo, ao assistir a um filme de terror em que rosas aparecem em cenas sangrentas do filme. Desta forma, cria-se em nossa mente uma associação entre um estímulo que inicialmente não possuía uma carga emocional muito significativa (flores) e outro que produz aversão, de modo que perceber o primeiro nos faz sentir mal por causa dessa "memória emocional".


As fobias não respondem a argumentos lógicos, principalmente porque a emoção do medo tem a ver com o cérebro primitivo. Nesse sentido, alguns especialistas afirmam que as fobias são produzidas por associações primárias e têm função de sobrevivência, não por associações cognitivas.

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Sintomas de medo de flores

Os sintomas das fobias surgem ao imaginar ou ao entrar em contato com o estímulo, no caso, as flores. A ansiedade e a evitação do estímulo são alguns dos sintomas mais característicos; não obstante, o fóbico experimenta sintomas cognitivos, comportamentais e físicos.

Os sintomas cognitivos mais característicos são medo irracional, angústia, pensamentos catastróficos, falta de concentração ou confusão. Ideias intrusivas também são frequentemente apresentadas, e em geral "imagens mentais" que causam grande desconforto e que aparecem na consciência de forma perturbadora, sem poder fazer nada para evitá-lo.

A evitação de estímulos é o sintoma comportamental mais característico. Quanto aos sintomas físicos, podemos destacar:

  • Dificuldade para respirar
  • Dor de cabeça
  • Pulso rápido
  • Hiper suor
  • Boca seca
  • Doença
  • Tremores

Tratamento da antofobia

Os casos de antofobia não são muito frequentes, mas os de distúrbios fóbicos em geral são. Por este motivo, muitas pesquisas têm sido realizadas nesta linha, o que tem permitido o desenvolvimento de tratamentos muito eficazes para acabar com esses medos irracionais. Assim, apesar de essas doenças causarem grande sofrimento, o prognóstico para os pacientes é bom.

Quando se trata de buscar ajuda, o primeiro passo que muitos fóbicos dão é ir ao médico de família, mas a opção é receber tratamento de um profissional psicólogo. Existem muitos métodos que funcionam no tratamento de fobias, mas o mais conhecido e aquele que parece trazer os melhores resultados é a terapia cognitivo-comportamental. Esta forma de terapia é composta por diferentes técnicas, entre as quais técnicas de relaxamento e respiração se destacam e técnicas de exposição.

Para o tratamento de fobias dessensibilização de rotina é geralmente aplicada, que inclui as duas técnicas anteriores, e que gradativamente expõe o paciente ao estímulo temido. Claro, antes você deve aprender estratégias de enfrentamento, como técnicas de relaxamento e respiração.

Além da terapia cognitivo-comportamental, a terapia cognitiva baseada na atenção plena ou a terapia de aceitação e compromisso também provaram ser muito eficazes. Ambos os tipos de psicoterapia pertencem à terapia de terceira geração.

  • Se você quiser saber mais sobre as terapias de terceira geração, pode ler nosso artigo: "O que são as terapias de terceira geração?"

O tratamento das fobias hoje

Nos últimos anos, o desenvolvimento de novas tecnologias também tem permitido que o tratamento das fobias seja diferente, pois agora é mais fácil criar situações em que a pessoa se sinta próxima do estímulo fóbico. Além disso, isso pode ser feito na própria consulta, onde são oferecidos serviços de intervenção psicológica, de forma controlada e com supervisão de um profissional do processo.

O surgimento da realidade virtual permitiu que o paciente não tivesse que se expor ao estímulo fóbico, mas você pode fazer isso simulando a realidade. Alguns psicólogos usam essa técnica com excelentes resultados, que também podem ser encontrados em aplicativos móveis. Você pode ler mais sobre isso em nosso artigo: "8 aplicativos para tratar fobias e medos de seu smartphone"