Infidelidade (psicologia): definição e causas - Ciência - 2023


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o infidelidade É o ato de ter relacionamentos românticos ou sexuais com outra pessoa que não o parceiro atual. Na psicologia é um campo que engloba conceitos complexos, desde a compreensão do porquê disso até as consequências que podem afetar o relacionamento.

Todos nós sabemos que um dos acontecimentos mais dolorosos que podem ocorrer em um relacionamento ou casamento é descobrir que seu parceiro teve relações íntimas com outra pessoa.

Embora os relacionamentos possam ser a fonte das experiências mais agradáveis, eles também são a fonte de uma das experiências mais dolorosas, como a infidelidade. As estimativas indicam que mais de 25% dos homens casados ​​e 20% das mulheres casadas fazem sexo fora do casamento.


Uma vez que a infidelidade é conhecida pelo outro membro, o estresse passa a fazer parte do casal. O caminho de volta para um relacionamento saudável não é fácil e, portanto, requer um esforço de ambas as partes.

Muitos casais optam por buscar orientação e assistência profissional, pois é muito benéfico e pode ajudá-los neste complicado processo de recuperação.

Definição de infidelidade

A psicologia masculina e feminina são diferentes. A infidelidade não é igual para todos. Para alguns, por exemplo, assistir pornografia online pode ser visto como uma traição ao relacionamento, enquanto para outros a traição não se consuma sem penetração.

De acordo com a definição, chamamos de infidelidade os relacionamentos afetuosos do tipo romântico de curto ou longo prazo entre duas pessoas que não estão no vínculo matrimonial. Mas não deve envolver apenas o ato sexual, o fato de buscar um vínculo afetivo também pode parecer uma traição ao parceiro.


Assim, a infidelidade é entendida como quebra de acordos previamente estabelecidos no casal ou quebra de confiança.

Desta forma, considera-se que para que uma relação amorosa funcione adequadamente e seja preservada por longos períodos de tempo, é necessário que seja acompanhada de apoio, confiança, proteção, segurança e, fundamentalmente, aceitação aberta, com prazer e sem reclamação, ambos de si mesmo, como daqueles que afirma amar.

Causas de infidelidade

Algumas das causas mais comuns que levam ao rompimento do relacionamento do casal são: falta de atenção ao cônjuge, negligência com os filhos, maus tratos, rejeição, brigas, brigas, punição, vingança , agressões, traição, engano, mentiras, repúdio e infidelidade.

A maioria das pessoas acredita que é moral e boa e, portanto, considera que trair o parceiro é errado. Então, como é possível que aqueles que mentem ou são infiéis continuem a enganar, apesar de ir contra seus princípios morais?


Entender por que somos infiéis e como eles se reconciliam consigo mesmos pode nos ajudar a entender por que mentimos.

Genética

De acordo com um estudo do Instituto Karolinska, de Estocolmo, os homens que possuem esse gene estabelecem vínculos mais fracos com suas parceiras. Mas seus autores apontam que é determinante para nós, uma vez que o comportamento humano depende também do biológico, psicológico e social.

Teoria da troca social

Na psicologia, existem diferentes teorias sobre por que os humanos mentem, uma delas é a teoria da troca social. Essa teoria afirma que as pessoas avaliam seus relacionamentos com base em custos e benefícios.

Portanto, quando as pessoas experimentam insatisfação em seu relacionamento, elas tendem a olhar para fora dos outros relacionamentos.

De acordo com um estudo publicado em The Journal Of Sex Research Em 2010, foi demonstrado que, na faixa etária da faculdade, a maioria das pessoas fará sexo fora de seu relacionamento de apoio.

Em suma, se alguém inicia um relacionamento para atender às suas necessidades de apoio, proteção, etc. e não for o que ele esperava, é muito provável que ocorra infidelidade.

Portanto, quando a infidelidade foi cometida ou planejada, já estaria dando uma indicação de que o relacionamento está com problemas.

Ligação teórica

Outra das teorias que a psicologia nos oferece para aplicar por que somos infiéis é a terapia do apego, que fornece uma estrutura útil para prever a infidelidade conjugal.

Em dois estudos longitudinais de 207 casais recém-casados, foi demonstrado que os cônjuges com maior probabilidade de cometer infidelidade eram aqueles que apresentavam um alto índice de ansiedade de apego.

Pessoas que desenvolvem um estilo de apego inseguro tendem a ser desconfiadas, inseguras e com expectativas negativas em situações dolorosas.

Portanto, aqueles que desenvolvem altos níveis de ansiedade, além de apego inseguro, tendem a sentir que suas necessidades de intimidade não estão satisfeitas e, conseqüentemente, podem usar o sexo para satisfazer essas necessidades não satisfeitas em seu relacionamento.

Quando você pode ter uma infidelidade?

Antes de se tornar infiel, há uma série de etapas pelas quais todo relacionamento passa, já que não são estáticas. As etapas, de acordo com um estudo da Dra. Susan Campbell com centenas de casais, são as seguintes:

Estágio 1: paixão

Este é o primeiro estágio em todos os relacionamentos. Quase sempre começa com intensa atração, paixão, desejo e um impulso incontrolável de estar com a outra pessoa. Geralmente dura do primeiro mês a 18 meses (máximo de 30 meses)

Neste estágio, vocês dois ignoram as falhas um do outro e se concentram apenas nos aspectos positivos, eles estão em êxtase um com o outro.

É quando são produzidos neuroquímicos chamados monoaminas, que aumentam a frequência cardíaca e culminam em sentimentos de ansiedade feliz, em que as pessoas não conseguem parar de pensar em seu parceiro.

Hormônios como a norepinefrina ou a dopamina são responsáveis ​​pelo chamado amor romântico, pois aumentam a energia, geram hiperatividade, mantêm a concentração na pessoa amada, produzem excitação sexual, estimulam o namoro, etc.

Outros hormônios, como a vasopressina ou a oxitocina, também são responsáveis ​​por produzir sentimentos de intimidade e proximidade. Enquanto a vasopressina é liberada nos homens após a ejaculação, gerando sentimentos de apego, a oxitocina é secretada nas mulheres.

Etapa 2: Vinculação e compreensão

Nessa fase eles começam a se conhecer melhor. Eles falam sobre famílias, gostos, preferências, etc. Tudo parece muito lindo e romântico, sendo conhecido como o palco da lua de mel.

Mas já nessa fase o casal diferencia "eu", "você" de "nós" e começam a mostrar sua autonomia.

Etapa 3: Conflitos

É aqui que começam os primeiros conflitos no casal e aparecem as primeiras diferenças que distanciam um do outro. Já nessa fase, em vez de ver suas semelhanças, passam a focar nas diferenças e defeitos do parceiro.

Aqui você pode tentar transformar seu parceiro de volta na pessoa que você pensava que ele era, ou discutir diretamente com ele por não ser assim. O objetivo desta etapa é estabelecer a autonomia de cada um na relação sem destruir a ligação amorosa entre os dois.

Esta fase pode durar meses ou anos, dependendo do apoio e da vontade de crescer entre os dois como casal.

Estágio 4: Estabilidade

Finalmente, fica claro que você nunca será capaz de mudar seu parceiro e, portanto, desiste de fazê-lo. Você começa a entender que é diferente, e isso também é bom para o relacionamento.

Etapa 5: Compromisso

Com o compromisso você se entrega totalmente à realidade do que é um casal com seus prós e contras. Aqui você começa a experimentar o chamado equilíbrio de amor, pertencimento, poder, diversão e liberdade.

É uma fase em que os relacionamentos devem ter uma boa compreensão dos valores, estilo de vida e objetivos do futuro do parceiro. Deve haver um relacionamento com a família e amigos um do outro.

Etapa 6: Co-criação

Nesta fase, as duas pessoas se tornam uma equipe em movimento, realizando projetos em conjunto como a criação de uma família, uma empresa, etc. Todos os casais passam pelas diferentes fases, mas nem todos têm a mesma duração.