5 diferenças entre deficiência intelectual e autismo - Psicologia - 2023


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5 diferenças entre deficiência intelectual e autismo - Psicologia
5 diferenças entre deficiência intelectual e autismo - Psicologia

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Dentro da categoria de Transtornos do Neurodesenvolvimento sugerida pelo DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - Quinta Versão), encontramos duas subcategorias que são especialmente populares e às vezes confusas: Deficiência intelectual (DI) e transtorno do espectro do autismo (ASD).

Desde que pertençam à mesma categoria, ADD e ID compartilham algumas características. Por exemplo, sua origem é a primeira infância e eles têm limitações em áreas específicas ou globais de comportamento adaptativo. Ou seja, em ambos os casos a pessoa com o diagnóstico tem dificuldades de se desenvolver nos campos pessoal, social, acadêmico e ocupacional da forma esperada para sua idade cronológica. No entanto, tanto seu diagnóstico quanto sua intervenção têm algumas diferenças importantes.


Neste artigo, revisaremos o diferenças entre deficiência intelectual e autismo (ou melhor, a construção dos Transtornos do Espectro do Autismo).

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5 diferenças entre ADD e deficiência intelectual

Freqüentemente, deficiência intelectual e TEA coexistem, ou seja, após a realização das avaliações correspondentes ambos podem ser diagnosticados ao mesmo tempo (Neste caso, falamos de uma comorbidade entre ADD e DI). Em outras palavras, é muito comum que pessoas com TEA também apresentem algumas manifestações de Deficiência Intelectual e vice-versa.

No entanto, ambas são experiências que divergem em algumas questões, que é preciso saber para ter acesso a uma intervenção oportuna.

1. Habilidades intelectuais vs comunicação social

A deficiência intelectual se manifesta em tarefas como raciocínio, resolução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, tomada de decisão, aprendizagem acadêmica ou por experiência própria. Tudo isso é observado no dia a dia, mas também pode ser avaliado em escalas padronizadas.


No caso do Transtorno do Espectro do Autismo, o principal critério diagnóstico Não é a área intelectual, mas sim a área da comunicação e interação social; O que se manifesta da seguinte forma: pouca reciprocidade socioemocional; relutância em compartilhar interesses, emoções ou afeições; a presença de um comprometimento qualitativo da comunicação (por exemplo, falta de comunicação verbal ou não verbal, ou estereótipos na linguagem); e uma dificuldade em adaptar o comportamento às normas de diferentes contextos.

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2. Comportamento adaptativo

No caso da Deficiência Intelectual, é notória a dificuldade em atingir o nível de independência pessoal esperado de acordo com a idade cronológica. Ou seja, sem os apoios necessários, a pessoa tem algumas dificuldades para participar das tarefas do dia a dia, por exemplo na escola, no trabalho e na comunidade.


Isso não acontece por falta de interesse, mas porque a pessoa com identidade pode precisar da repetição constante de códigos e normas sociais poder adquiri-los e agir de acordo com eles.

Por sua vez, o comportamento adaptativo do ASD se manifesta por meio de pouco interesse em compartilhar brincadeiras imaginativas ou aversão a brincadeiras imitativas. Também se reflete no pouco interesse em fazer amigos (devido à pouca intenção de se relacionar com seus pares).

Este pequeno interesse se origina porque muitas das coisas que estão em seu entorno imediato pode causar altos níveis de estresse e ansiedade, que aliviam por meio de padrões ou interesses e atividades restritivas, repetitivas ou estereotipadas.

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3. Monitoramento de padrões

Em relação ao exposto, o monitoramento das normas sociais no caso de ASD pode ser dificultado por a presença de interesses restritos, que pode ir desde simples estereotipias motoras, até a insistência em manter as coisas de uma forma que não varie, ou seja, uma inflexibilidade para mudanças de rotinas. Crianças com ASD muitas vezes se sentem em conflito quando sua rotina muda.

Por outro lado, na deficiência intelectual, seguir instruções ou regras pode ser dificultado pela forma como funciona o processamento lógico, o planejamento ou a aprendizagem com a própria experiência (por exemplo, pode haver dificuldade significativa em reconhecer comportamentos ou situações de risco sem o suporte necessário).

4. A experiência sensorial

Algo que também é importante no diagnóstico de ASD é a presença de hiporresponsividade ou hiperresponsividade sensorial. Por exemplo, pode haver respostas negativas a alguns sons ou texturas, ou comportamentos de fascinação excessiva por cheirar ou tocar objetos, ou por observar de perto e fixar objetos com luzes ou movimentos repetitivos.

No caso da Deficiência Intelectual, a experiência sensorial não aparece necessariamente de forma exacerbada, pois é a experiência intelectual que se manifesta com mais força.

5. A avaliação

Para diagnosticar a deficiência intelectual, escalas anteriormente quantitativas foram usadas para medir o QI. No entanto, a aplicação desses testes como critérios diagnósticos é descartada pelo próprio DSM.

Atualmente recomenda-se avaliar as habilidades intelectuais por meio de testes que possam oferecer uma visão ampla de como funcionam, por exemplo, memória e atenção, percepção visuoespacial ou raciocínio lógico; tudo isso em relação ao funcionamento adaptativo, de forma que o objetivo final da avaliação é determinar a necessidade de apoios (que segundo o DSM, pode ser uma necessidade leve, moderada, severa ou profunda).

Quando a criança é muito jovem para ser avaliada por meio de escalas padronizadas, mas seu funcionamento é marcadamente diferente do esperado para sua idade, são realizadas avaliações clínicas e um diagnóstico de Atraso de Desenvolvimento Global pode ser determinado (se for antes dos 5 anos).

No caso dos TEA, o diagnóstico ocorre principalmente por meio da observação e julgamento clínico do profissional. Para padronizar isso, vários testes diagnósticos foram desenvolvidos que requerem treinamento profissional específico e que podem começar a ser aplicados assim que a criança completar 2 anos.

Eles são muito populares, por exemplo, o Autism Diagnosis Interview-Revised (ADI-R) ou a Escala de Observação de Diagnóstico do Autismo (ADOS, também por sua sigla em inglês).