Piper: um curta cativante sobre a capacidade de superar - Psicologia - 2023
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São muitos os meios de comunicação que no verão de 2016 fizeram a cobertura de “Piper”, história que ilustra a vida de um bebê corredor (espécie de ave comum em áreas úmidas) que se aventura pela primeira vez em busca de comida.
Esta obra dirigida por Alan Barillaro foi considerada pela crítica como um dos melhores curtas da Disney Pixar.
Hoje, a equipe do Instituto de Assistência Psicológica e Psiquiátrica Mensalus apresenta o trabalho premiado e compartilhe conosco uma reflexão interessante sobre este trabalho.
Um curta-metragem que nos ensina a melhorar no dia a dia
Existem muitas habilidades inatas que se refletem nesta história, não é?
Certo. De acordo com Alan Barillaro, "Esta é uma história sobre como crescer com coragem em um mundo que parece grande e intimidante."
A história expõe a coragem necessária para superar o medo que a incerteza desperta. Isso é algo que se repete muitas vezes em nossas vidas: não saber nos deixa inseguros. É claro que, diante do desconhecido, sempre temos duas opções: mostrar curiosidade para vivê-lo ou temer para evitá-lo.
A capacidade de superação indica que, após vivenciarmos a experiência, ganhamos algo mais precioso (aprendizado) do que perdemos (“conforto”). Desta forma, o objetivo faz sentido. Da mesma forma, o medo nos avisa do que devemos nos proteger. Bem, este sistema é funcional desde que nos permita continuar e não nos esconda dentro do ninho.
O curta é revelador na medida em que consegue transmitir um conjunto de emoções que todos sentimos alguma vez na vida ...
Assim é. Especificamente, o conceito de "sentir-se pequeno" é muito bem ilustrado. O produtor explica: "Adoro brincar com algo que as pessoas conhecem, como uma praia, e dar uma nova perspectiva sobre como um pássaro pode se sentir a apenas dez centímetros do solo. Um grande sucesso, sem dúvida. É exatamente assim que, às vezes, podemos sentir em situações não familiares que prevemos hostilidade, dificuldade e sofrimento.
É emocionante quando o protagonista decide mergulhar na água e descobre, além da riqueza do fundo do mar, o benefício gerado por sua capacidade de coletar alimentos. Como podemos entender esta mensagem?
O passarinho, além de gostar e se sentir capaz, se conecta com parte de sua identidade associada a algo que outros pássaros de sua espécie fazem.
Esse "fazer como todo mundo" o ensina e lembra quem ele é, forja o sentimento de identidade coletiva e, paralelamente, reforça o sentimento de utilidade associado à capacidade de conseguir alimento e compartilhá-lo. Todo esse "pacote emocional" o torna um ser autônomo.
A princípio vemos como a mãe exerce uma função muito interessante: acompanhar o filho sem resolver o problema ...
Sim. Esse é outro aspecto que o curta mostra: o espaço necessário para crescer. Certamente não é uma posição fácil. Muitos pais podem ver seus medos refletidos em uma ideia: "Se eu o deixar em paz, ele aprenderá?"
A mãe de Piper sabe que seu filho precisa entender que a comida não vem para o ninho, mas que a única maneira de sobreviver é indo atrás dela, na verdade ela não o deixa sozinho, ela o acompanha pelo exemplo. A segurança dos pais neste sentido facilitará ou dificultará o processo de amadurecimento da criança. "Deixar voar" sem parar é a grande receita. Uma receita que não é mágica e, como todos os pais sabem, não é tarefa fácil
“A todos os pais que, dia após dia, exercem o trabalho de ensinar e amar incondicionalmente”.
Fonte do curta e voz do criador: www.usatoday.com