Agustín Yáñez: biografia, estilo, obras - Ciência - 2023


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Agustín Yáñez Delgadillo (1904-1980) foi um escritor e político mexicano cuja obra se destacou principalmente no desenvolvimento de gêneros literários como romances, ensaios e contos. Seus textos caracterizaram-se por serem realistas, sendo também considerado um dos pais da narrativa moderna de seu país.

Os escritos de Yáñez foram concebidos sob a influência de vários intelectuais europeus, o que significava que tinham características de vanguarda. O autor manejou uma linguagem de qualidade e expressiva o suficiente para atrair leitores e críticos literários da época.

Alguns dos títulos mais importantes de Agustín Yáñez foram: Cegueira vermelha (1923), Chama viva de amor (1925), Na beira da água (1945), As terras magras(1962) e O conteúdo social da literatura ibero-americana (1943). Deve-se notar que este intelectual também teve uma participação ativa na vida pública e política do México.


Biografia

Nascimento e família

Agustín Yáñez nasceu em 4 de maio de 1904 em Guadalajara, Jalisco, em uma família tradicional. Os dados sobre seus pais são escassos, mas sabe-se que eram provincianos da cidade de Yahualica, local que mais tarde se refletiu em muitos de seus escritos.

Estudos Yáñez

Os primeiros anos de educação de Yáñez foram passados ​​na terra onde nasceu. Ele estudou direito na Universidade de Guadalajara e se formou em 1929. Pouco depois de se formar, ele atuou como oficial de educação entre 1930 e 1931.

Posteriormente, foi para a Cidade do México estudar Filosofia na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), culminando esta atividade acadêmica com excelente desempenho. Na época, foi o responsável pela direção de rádio do Ministério da Educação, entre 1932 e 1934.

Trabalhar como professor

Muito antes de terminar seus estudos universitários em Guadalajara, Yáñez trabalhou como professor em várias instituições. Lecionou por seis anos na Escola Nacional de Moças, de 1923 a 1929, ao mesmo tempo em que lecionou no Liceu José Paz Camacho.


No início da década de 1930, o escritor continuou a exercer a profissão na Escola Secundária da Universidade de Guadalajara e depois ingressou no Colégio da Paz de Vizcainas e na Escola Preparatória Nacional da capital mexicana. Durante a maior parte de sua vida, Yáñez se dedicou a transmitir seus conhecimentos.

Primeiras publicações

Agustín Yáñez foi atraído pela literatura e pela escrita quando era muito jovem. Então, em 1923, ele publicou seu primeiro trabalho narrativo intituladoCegueira vermelha. Nos anos seguintes surgiram mais dois pertencentes ao mesmo gênero literário, denominados: Tipos atuais Y Florescimento divino.

No início dos anos 1930, ele já havia publicado seis obras narrativas, incluindo: Chama viva de amor, Pelas terras de Nueva Galicia Y Barlipton. Com o lançamento de seus livros para o público, o escritor foi conquistando espaço no campo literário e reconhecimento por parte dos leitores.


A incursão de Yáñez em ensaios e romances

O talento de Yáñez para letras era impressionante, contando com a capacidade de desenvolver vários gêneros de forma proeminente. Como já era conhecido pelas obras narrativas, na década de 1940 resolveu publicar seu primeiro ensaio.Fray Bartolomé de las Casas, o conquistador conquistado, seguido dePaixão e convalescença.

Cobranças públicas

Yáñez foi um ator ativo na vida política de seu país, pois em 1953 foi eleito governador de Jalisco, função que desempenhou até 1959. No final de seu mandato passou a dirigir o "Seminário de Criação Literária" de a UNAM.

Entre 1959 e 1962, o escritor ocupou o cargo de conselheiro ou guia da presidência do México. No ano seguinte foi nomeado Chanceler da República na Argentina. De volta a casa em 1964, ele foi responsável pelo Departamento de Educação Pública por seis anos.

Desempenho notável na Educação Pública

O escritor teve um desempenho positivo no Ministério da Educação Pública durante a gestão presidencial de Gustavo Díaz Ordaz. Ele conseguiu realizar várias reformas no sistema de ensino primário, onde conseguiu minimizar os níveis de analfabetismo no país mexicano.

Yáñez aproveitou o alcance das mídias sociais para realizar as estratégias de ensino que desenhou. Nasceu assim as “Telesecundarias”, espaço em que a taxa de analfabetismo caiu para 23,94%.

Outras conquistas educacionais de Yáñez

Agustín Yáñez também conseguiu durante o exercício de sua função pública que o orçamento para o setor da educação será aumentado. Ele estabeleceu um programa vocacional que ajudaria os futuros estudantes universitários a escolher uma carreira de acordo com seus gostos e habilidades.

Por outro lado, o escritor também possibilitou a reorganização dos centros de ensino: o Instituto Politécnico Nacional e a Escola Normal Superior. Agustín buscou com perseverança e paixão a implantação de um sistema educacional melhor em seu país.

Últimos anos e morte

Nos últimos anos de sua vida, Agustín Yáñez recebeu diversos prêmios e reconhecimentos, e continuou escrevendo constantemente. Ele também atuou como membro da Comissão Nacional de Livros Didáticos Gratuitos por dois anos, de 1977 a 1979.

As últimas obras literárias publicadas pelo autor mexicano foram: As viradas do tempo Y A encosta dourada. Finalmente, devido a problemas cardíacos e pulmonares, ele morreu em 17 de janeiro de 1980 na Cidade do México; seus restos mortais repousam na Rotunda das Pessoas Ilustres.

Prêmios e reconhecimentos

- Membro do Seminário de Cultura Mexicana em 1952.

- Membro do Colégio Nacional desde 8 de julho de 1952.

- Membro titular da Academia Mexicana de Línguas desde 1953, sua cadeira foi XXX.

- Prêmio Nacional de Ciências e Artes em 1973.

- Diretor da Academia Mexicana de Línguas de 1973 a 1980.

Estilo

O estilo literário deste escritor mexicano seguiu os parâmetros da corrente realista da literatura. Além de utilizar uma linguagem precisa, expressiva e bem estruturada, com traços estilísticos amplos e elegantes, havia também reflexões vanguardistas de autores europeus como James Joyce e Franz Kafka.

Yáñez canalizou o tema de suas obras sobre questões relacionadas com a Revolução Mexicana e o período posterior.Assim, a vida cotidiana, as tradições, as normas sociais, os elementos políticos e históricos foram elementos fundamentais em seus textos.

Tocam

Narrativa

- cegueira vermelha (1923).

- Tipos atuais (1924).

- floração divina (1925).

- Chama de amor viva (1925).

- Pelas terras de Nueva Galicia (1928).

- Baralipton (1931).

- Miragem de Juchitlán (1940).

- Gênio e figuras de Guadalajara (1941).

- Flor de jogos antigos (1942).

- Isso é má sorte (1945).

- Melibea, Isolda e Alda em terras quentes (1946).

- Os sentidos do ar, episódios de Natal (1948).

- três histórias (1964).

Teste

- Fray Bartolomé de las Casas, o conquistador conquistado (1942).

- O conteúdo social da literatura ibero-americana (1943).

- Alfonso Gutiérrez Hermosillo e alguns amigos (1945).

- O clima espiritual de Jalisco (1945).

- chips mexicanos (1945).

- Yahualica (1946).

- Discursos de Jalisco (1958).

- Treinamento político (1962).

- moralistas franceses (1962).

- Projeção universal do México (1963).

- Dias de Bali (1964).

- Conscientização da revolução (1964).

- Dante, concepção integral do homem de história (1965).

- Palestras a serviço da educação pública (1964,1965 e 1966).

Romance

- Paixão e convalescença (1943).

- Na beira da água (1947).

- A criação (1959).

- A terra abundante (1960).

- Desgrenhado e pintado (1960).

- As terras magras (1962).

- Perseverança final (1967).

- As viradas do tempo (1973).

- A encosta dourada (1978).

- Santa Anna, espectro de uma sociedade (1981).

Breve descrição de suas obrasNa beira da água (1947)

Foi um dos romances mais conhecidos de Agustín Yáñez com o qual rompeu os parâmetros da literatura tradicional, para se aventurar nas técnicas modernas e inovadoras ao nível da narrativa e da forma. Seu tema foi baseado na época da Revolução Mexicana.

Argumento

O romance se passa em uma cidade de Jalisco, entre 1909 e 1910, época em que Porfirio Díaz estava no poder. Mostrava costumes típicos dos habitantes e alguns problemas pessoais que depois se dissiparam com os conflitos gerados pela Revolução.

Yáñez começou narrando a história de quatro personagens. O Sr. Timóteo, que sofria da doença da esposa; Leonardo, que continuava preocupado com o futuro do filho; uma jovem chamada Mercedes que não se decidiu sobre o amor; e, por fim, Micaela, que queria voltar para Guadalajara.

Principais personagens

- María, sobrinha do padre da aldeia. Ele ansiava por uma vida fora da cidade.

- Marta, também sobrinha do padre Dionísio; criou Maria e foi a melhor amiga de Mercedes Toledo.

- Timóteo Limón, aldeão religioso, mas sempre à beira do pecado.

- Damián Limón, filho de Timóteo, se apaixonou pela mesma mulher que seduziu seu pai.

- Micaela Rodríguez, uma jovem ambiciosa e sedutora, no povoado acham que ela é louca, então ela se vinga, seduz vários homens entre eles Timóteo e Damián, enfim tudo termina em tragédia.

- Mercedes Toledo, uma garota insegura com o amor, finalmente decidiu aceitar Julián; Porém, com o tempo ele a trocou por outra, ela se tornou solteirona e enlouqueceu ao pensar que por causa de seus maus pensamentos e desejos, o filho de seu amante com a outra mulher havia nascido sem vida.

- Dionísio, era o padre do povoado, mas estava perdendo autoridade porque não exercia seu poder com sabedoria.

- Lucas Macías, era um velho da cidade, sábio e cheio de experiência.

Referências

  1. Agustín Yáñez. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
  2. Agustín Yáñez. (2019). México: The National College. Recuperado de: colnal.mx.
  3. Tamaro, E. (2004-2019). Agustín Yáñez. (N / a): Biografias e vidas. Recuperado de: biografiasyvidas.com.
  4. Agustín Yáñez. (2017). México: Enciclopédia de Literatura no México. Recuperado de: elem.mx.
  5. Na beira da água. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.