Revolução científica: o que é e que mudanças históricas trouxe? - Psicologia - 2023


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Revolução científica: o que é e que mudanças históricas trouxe? - Psicologia
Revolução científica: o que é e que mudanças históricas trouxe? - Psicologia

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Um grande marco na História foi a Revolução Científica, um movimento e um período histórico, iniciado no final do século XVII na Europa, através do qual surgiu a ciência e grandes avanços neste campo (também a nível social), durante o início da modernidade.

Que novas ideias surgiram neste movimento e quais outras foram banidas? Que características ele tinha? Quais são os números que mais se destacaram neste momento? Qual foi o papel das mulheres? Responderemos a essas e outras perguntas neste artigo.

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Revolução científica: o que foi?

A Revolução Científica foi uma época histórica e um movimento em que o conhecimento científico do momento foi desafiado e até substituído por novas ideias. Essas idéias diziam respeito principalmente ao campo da química, física, medicina, biologia e astronomia.


Naquela época prevaleciam as ideias religiosas, místicas e supersticiosas, por meio das quais as responsabilidades e consequências dos acontecimentos eram atribuídas a seres superiores e sobrenaturais.

Com a Revolução Científica, isso mudou, e as explicações dos fenômenos naturais começaram a ser feitas alusivas à razão e ao conhecimento empírico. Graças a esse movimento, as ciências modernas avançaram, o que também significou uma grande mudança no nível social. O fato de passar de uma pesquisa baseada em ideias ligadas à teologia (passou pelo filtro de filósofos como Aristóteles ou Santo Tomás de Aquino) para outras que partiram dos fatos observados e das hipóteses testáveis ​​marcou um antes e um então.

No que diz respeito à sua temporalidade, a Revolução Científica teve início no final do século XVII (final do Renascimento) e durou até o século XVIII (início do Iluminismo). Especificamente, seus inícios são colocados no ano de 1543.


Onde isso começou? É geralmente afirmado que na Europa, embora aos poucos se tornou uma revolução global.

Características e termo "revolução"

Curiosamente, o termo "Revolução" para se referir a este período histórico foi cunhado, em 1939, pelo historiador e filósofo francês Alexandre Koyré.

Por meio desse termo (que gerou bastante polêmica), a historiadora quis destacar a mudança de paradigma que ocorreu no mundo, em relação a como a realidade foi analisada e observada até agora; Foi uma ruptura com todas as anteriores, um recomeço que envolveu ciência e conhecimento mas também sociedade.

Assim, com este termo, este período histórico também foi referido como um período pleno de transformações nas principais instituições acadêmicas e científicas. Com a Revolução Científica, surge uma nova comunidade científica, que buscou encontre a verdade (e analise-a) através da razão, estude, de conhecimento e verificação.


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Ideias banidas

Mas que conceitos ou ideias a Revolução Científica deixou para trás?

Esse movimento abrangeu muitos campos do conhecimento, como já dissemos, e seus efeitos foram realmente extensos. Uma das ideias que a Revolução Científica trouxe tem a ver com a ideia de que a Terra era o centro do Universo (Conceito aristotélico).

Outra ideia que a Revolução Científica derrubou foi a crença de que a matéria era um elemento contínuo; nesse momento, matéria e realidade começaram a ser estruturadas de uma perspectiva matemática, através das idéias de Platão e Pitágoras, entre outros.

Por outro lado, a ideia de que a tarefa da filosofia deveria ser compatibilizar as explicações da realidade, por um lado, com a ideia da existência de Deus, também foi rejeitada. Isso permitiu que a ciência como a conhecemos se desenvolvesse, valendo-se dos esforços de uma filosofia amplamente emancipada da religião.

Novas ideias

As novas ideias que surgiram com a Revolução Científica foram múltiplas, embora aqui tenhamos coletado algumas das mais relevantes. Essas ideias referem-se a como a realidade era entendida naquela época.

1. Composição dos corpos

Com a Revolução Científica, surge a ideia de que os corpos não são compostos de elementos como água, fogo, terra ou ar, mas por átomos e moléculas.

2. A luz

É determinado que a luz é um feixe em que coexistem cores, que são absorvidas ou refratadas por diferentes objetos, o que nos permite distingui-los e apreciá-los.

3. Seleção natural

Os seres vivos resultam da seleção natural, processo evolutivo proposto por Charles Darwin, e que sustenta que as condições ambientais são aquelas que favorecem ou dificultam (selecionam) a reprodução dos organismos, de acordo com suas particularidades e características.

Iniciadores da Revolução Científica

Encontramos grandes figuras que contribuíram com seu grão de areia para tornar a Revolução Científica possível, tanto homens como mulheres, embora estas nunca tenham tido a importância que mereciam e que realmente tiveram, porque sempre passaram "despercebidas" ou foram simplesmente silenciadas. Posteriormente, neste artigo, trataremos desse assunto de forma resumida.

Resgatamos aqui os nomes de quatro autores relevantes, amplamente conhecidos por suas contribuições, que abriram caminho para a Revolução Científica.

1. Galileo Galilei

No campo da astronomia, devemos destacar a figura do astrônomo, filósofo, engenheiro, matemático e físico italiano Galileo Galilei, autor da primeira lei do movimento para observação astronômica.

2. Nicolaus Copernicus

Nicolaus Copernicus foi um monge astrônomo da Renascença, autor da teoria heliocêntrica do Sistema Solar, segundo a qual a Terra e os planetas giram em torno do Sol.

Esta teoria teve muito destaque na Revolução Científica, uma vez que opôs-se à teoria prevalecente até agora, a teoria geocêntrica, segundo o qual a Terra era o centro do universo.

3. Johannes Kepler

Johannes Kepler, outro astrônomo, desta vez de origem alemã, que também era matemático. Sua contribuição foi listar as leis sobre o movimento dos planetas em sua órbita ao redor do sol.

4. Isaac Newton

O grande conhecido Isaac Newton, físico e matemático inglês (entre outras profissões), formulou a lei da gravitação, bem como outras, relacionadas à realidade, que modificou sua compreensão da matemática e da física até agora. Suas descobertas neste campo ainda moldam a maneira como entendemos e explicamos a realidade hoje, e as leis que ele desenvolveu não foram substituídas por outros construtos científicos.

Gênero e revolução científica

Londa Schiebinger, uma proeminente professora de História da Ciência da Universidade de Stanford, tem se dedicado a pesquisar a questão do gênero e da revolução científica.

Uma de suas observações foi o fato de que, em meio à turbulência nos círculos médicos da época, uma das questões centrais e altamente controversas com que eles estavam lidando era a natureza feminina. Schiebinger também denuncia que os velhos estereótipos da época sobre as mulheres influenciaram os promotores da revolução..

Nessa linha, a pesquisadora destaca a visão do útero como algo "amaldiçoado" e causador de múltiplas doenças, por filósofos da Grécia clássica (como Platão ou Demócrito). Essa e outras discussões sobre os órgãos sexuais femininos, que encontramos na origem da ciência moderna, colocaram as mulheres em uma posição claramente inferior (ou secundária) aos homens.

Outros especialistas na área, como Pilar Castrillo, professora de Filosofia da UNED, denunciam o fato de que, durante a Revolução Científica, não houve revolução para as mulheres, e seu papel na ciência sempre foi relegado para segundo plano.

Assim, embora a Revolução Científica tenha sido um período histórico de grandes avanços para a ciência, houve facetas ou aspectos, como o papel da mulher, que foram esquecidos sem poder avançar.