Tomofobia: sintomas, causas e tratamento - Psicologia - 2023
psychology
Contente
- Tomofobia: o que é?
- O medo de operações cirúrgicas
- Sintomas
- Causas
- Tratamento
- 1. Terapia de exposição (e realidade virtual)
- 2. Terapia cognitivo-comportamental
- 3. Psicoeducação e outras técnicas
Você já ouviu falar em tomofobia? É uma fobia considerada "rara", embora, na realidade, mais comum do que realmente pensamos. É a fobia de operações cirúrgicas.
Por que é produzido? Quais são seus sintomas típicos? E, finalmente, que tratamentos existem, em nível psicológico, para combatê-lo? Neste artigo, responderemos a todas essas perguntas em relação à tomofobia.
- Artigo relacionado: "Tipos de fobias: explorando os transtornos do medo"
Tomofobia: o que é?
Tomofobia é a fobia de operações cirúrgicas. Por outro lado, as fobias são medos intensos, irracionais e desproporcionais de determinado objeto ou situação, e fazem parte dos transtornos de ansiedade, classificados como tal no DSM-5 (Manual Estatístico de Transtornos Mentais).
No caso da tomofobia, as operações cirúrgicas são excessivamente temidas. Embora possa parecer um medo normal (porque é muito comum ter medo de operações cirúrgicas), insistimos que, nas fobias, esse medo se torna patológico. Quer dizer que a fobia de operações cirúrgicas vai muito além do medo normal, interferindo verdadeiramente na vida da pessoa e, nos casos graves, até incapacitante.
O medo de operações cirúrgicas
É normal e comum ter medo de uma operação cirúrgica, pois é um processo complexo onde alguém acessa nosso corpo (embora, logicamente, existam operações mais simples que outras).
Eles podem operar em praticamente qualquer parte do corpo, para resolver um problema, uma patologia, remover um tumor, etc. Existem operações com mais risco do que outras, obviamente não é o mesmo que operamos para apendicite do que para abrir o coração ou remover um tumor cerebral.
Vendo tudo isso, e indo para o lado mais racional, podemos entender que tem gente que sente verdadeiro pânico em fazer uma cirurgia, seja por uma experiência anterior ruim, por ter ouvido histórias de operações que deram errado, por causa de medo de hospitais, etc.
No entanto, na tomofobia, falamos de um pânico intenso que ocorre com a ideia de fazer uma cirurgia quando os níveis de risco são razoavelmente baixos. Esse pânico às vezes se traduz em forte ansiedade, sintomas psicofisiológicos, hiperexcitação ...
- Você pode se interessar: "Medo de agulhas (belonefobia): causas, sintomas e tratamento"
Sintomas
O principal sintoma da tomofobia, como ocorre em qualquer fobia específica, é a ansiedade e / ou medo intenso. Essa ansiedade ou medo pode se manifestar de maneiras diferentes; através de sintomas físicos (psicofisiológicos), cognitivos e comportamentais.
No nível físico, vários sintomas aparecem com a ideia de fazer uma cirurgia (ou mesmo imagens de uma operação), tais como: sudorese excessiva, hiperexcitação, tontura, náusea, vômito, tontura, sensação de asfixia…
Em um nível cognitivo, ideias disfuncionais aparecem ou pensamentos catastróficos em relação às operações ("Tudo vai dar errado", "todas as operações dão errado", "Não vou conseguir acordar", etc.).
Finalmente, no nível comportamental, parece a evitação do estímulo fóbico (Por exemplo, não querer assistir programas médicos na televisão, não querer ir ao hospital, não querer ouvir histórias de operações ...). Por outro lado, se a evitação não aparece, a situação é resistida (no caso, a operação), com grande desconforto e intensa ansiedade associada.
Causas
A principal causa da tomofobia é uma experiência traumática com operações cirúrgicas. Por exemplo, ter sido submetido a uma operação onde surgiram complicações, sofrer sequelas derivadas de uma operação, negligência médica, dificuldade em acordar, muita dor, etc.
A tomofobia também pode ser adquirida por condicionamento vicário, se vemos alguém sofrer muito com uma operação. Finalmente, as histórias que ouvimos em relação a negligência médica, operações que não deram certo, etc., também podem ter muito a ver com a origem da tomofobia.
Por outro lado, outras fobias relacionadas a situações médicas também podem afetar o aparecimento da tomofobia (ou coexistir com ela), tais como: fobia de sangue (hemofobia ou hematofobia), fobia de injeções (tripanofobia), fobia de hospitais, fobia de médicos, etc.
Tratamento
O tratamento da tomofobia, como o de todas as fobias, concentra-se principalmente em dois tipos de terapia: terapia de exposição e terapia cognitivo-comportamental. Aqui, porém, veremos também um terceiro: técnicas de psicoeducação.
1. Terapia de exposição (e realidade virtual)
No caso da terapia de exposição aplicada à tomofobia, ela é um tanto complexa, já que como simular uma operação médica para expor o paciente? É difícil; É por isso que, neste caso específico, podemos ir para o terapia de exposição usando realidade virtual (VR).
Esse tipo de terapia, cada vez mais em ascensão, simula situações fictícias por meio da tecnologia. O paciente pode experimentar as sensações associadas ao estímulo fóbico de uma forma bastante realista, e tem a parte positiva de nunca estar em perigo e sempre pode "escapar" da situação.
Cada vez mais se utiliza esse tipo de terapia, ideal para algumas fobias em que o objeto fóbico é difícil de simular, representar ou usar, como seria o caso da tomofobia.
2. Terapia cognitivo-comportamental
Por outro lado, a terapia cognitivo-comportamental utilizada para os casos de tomofobia, teria como foco eliminar ou modificar os pensamentos negativos e irracionais que o paciente tem em relação às operações cirúrgicas, bem como a adoção de hábitos de gestão e prevenção do estresse.
Ou seja, seria uma questão de permitir que ele racionalizasse seus medos e substituísse pensamentos catastróficos por outros mais realistas. Exemplos de pensamentos associados à tomofobia, e que devem ser revistos com o paciente, são: "se eu for para a sala de cirurgia eu vou morrer", "se eu for para a sala de cirurgia não vou acordar", "eu irei fora pior do que entrei "," meu corpo não suportará ", etc.
- Você pode se interessar: "Terapia Cognitivo-Comportamental: o que é e em que princípios se baseia?"
3. Psicoeducação e outras técnicas
Usar (e ensinar) estratégias específicas para lidar com a ansiedade também será importante.Sendo, por exemplo: técnicas de relaxamento, respiração, meditação, imagens agradáveis ...
No caso de crianças com tomofobia, pode-se optar por técnicas de modelagem simbólica (por meio de vídeos, histórias ... onde personagens fictícios são operados com sucesso).
Também será conveniente realizar sessões de psicoeducação, para que o paciente realmente entenda a operação a ser realizada (se for o caso). Além disso, neste último caso, será importante dirimir todas as suas dúvidas em relação à operação a que deverá ser submetido, pelo que o trabalho multidisciplinar com a equipa médica será essencial.