Descoberta: o botão que conecta e desconecta a consciência - Psicologia - 2023

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Novos estudos realizados na George Washington University (D.C.) conseguiram recentemente acessar o interruptor que permite ativar e desativar o estado de consciência de uma mulher com episódios de epliepsia. Isso foi possível estimulando uma área do cérebro com impulsos elétricos.

Ligando e desligando a consciência: novos estudos

As conclusões da pesquisa indicam que é altamente provável que a consciência seja o produto da integração das atividades das diferentes áreas do cérebro, o resultado da combinação de todos os estímulos perceptivos em uma única experiência.

Anos atrás, o pesquisador britânico Francis Crick argumentou que a área do cérebro conhecida como claustro poderia ser o epicentro da consciência, integrando todas as informações que as várias redes neurais enviam ininterruptamente.

Estimulação em algumas áreas do cérebro

Novas pesquisas fornecem novas evidências de que a hipótese de Crick pode ser verdadeira. O estudo chegou a essa conclusão estimulando diferentes regiões do cérebro de um paciente com epilepsia e monitorando a atividade resultante para determinar o epicentro das crises.

Foi relatado que a estimulação com eletricidade (um eletrodo localizado no claustro direito e no córtex do cingulado anterior) fazia com que o paciente passasse do estado consciente para o inconsciente. Sua atividade motora parou, sua respiração desacelerou e ele não respondeu às perguntas dos médicos.. No momento em que os pesquisadores pararam a estimulação elétrica, a mulher recuperou a consciência e não tinha mais memória do que aconteceu.

A chave está no claustro

A pesquisa, publicada em Epilepsia e Comportamento, mostrou que apesar de a consciência ser um processo complexo no qual intervêm diferentes estruturas, regiões e redes, caberia ao claustro centralizar o produto e, portanto, a mudança de consciência do cérebro seria encontrada neste.

O estudo está sendo realizado por enquanto em uma única pessoa, e será necessário verificar os resultados com uma amostra maior para confirmar a relevância desta descoberta. Se for assim, pode marcar um antes e um depois na compreensão do funcionamento da consciência humana.