O que é a Lei Ocampo? - Ciência - 2023


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o Lei Ocampo é um decreto que instituiu o casamento civil na nação mexicana. Esta lei foi promulgada em 23 de julho de 1859 pelo Secretário da Justiça, Negócios Eclesiásticos e Instrução Pública, Manuel Ruiz.

A lei deve seu nome a Melchor Ocampo (1813-1861), um advogado e estadista mexicano. Uma epístola de sua autoria faz parte de um dos artigos deste estatuto. A referida carta fez parte da cerimônia civil por quase 150 anos até sua revogação em 2006.

Ocampo participou ativamente das Leis da Reforma, editadas na nação asteca entre os anos de 1855 e 1860. Essas leis, de caráter liberal, buscavam instituir o Estado de Direito como regulador da sociedade e promoveram a separação entre a Igreja e o Estado.

O personagem que deu o nome a Ley Ocampo

Seu nome completo era José Telésforo Juan Nepomuceno Melchor de la Santísima Trinidad Ocampo Tapia. Segundo a maioria de seus biógrafos, ele nasceu na Cidade do México em 5 de janeiro de 1814. Melchor Ocampo foi baleado em 3 de junho de 1861.


Foi eleito deputado pelo Congresso Constituinte proposto pelo então governante mexicano Antonio López de Santa Anna. Lá ele propôs várias de suas idéias liberais.

Artigo 15 da Lei Ocampo

O artigo 15 da Lei de Ocampo contém o texto epistolar que deveria ser manifestado às partes contratantes.

A primeira parte dá conta do propósito do casamento:

Este é o único meio moral de fundar a família, de preservar a espécie e de compensar as imperfeições do indivíduo, que não se pode bastar para atingir a perfeição do gênero humano. Que isso não existe apenas na pessoa, mas na dualidade conjugal...”

Por outro lado, parte do artigo estabelece os deveres dos homens em relação às mulheres. É assim:

Esse homem ... deve e dará à mulher proteção, alimento e orientação, tratando-a sempre como a parte mais delicada, sensível e fina de si mesmo, e com a magnanimidade e generosa benevolência que o forte deve ao fraco…”


Além disso, o texto especifica as obrigações da mulher no contrato matrimonial. Diz assim:

Que a mulher ... deve e dará ao marido obediência, prazer, assistência, conforto e conselhos, tratando-o sempre com a veneração que é devida a quem nos apóia e defende…”

Entre outras, a epístola que dá nome à lei de Ocampo também trata da questão dos filhos. A esse respeito, lê-se:

Que ambos se preparem com o estudo e com a correção amistosa e mútua de seus defeitos, ao tribunal supremo dos pais, para que, quando se tornem pais, seus filhos encontrem neles um bom exemplo e um comportamento digno de servir de modelo.

Que a doutrina que inspira esses ternos e amados laços de afeto tornará sua sorte próspera ou adversa; e a felicidade ou infortúnio dos filhos será a recompensa ou o castigo, a felicidade ou infortúnio dos pais…”


Referências

  1. Díaz Zermeño, H. e Torres Medina, J. (2005). México: da Reforma e do Império. México: UNAM.
  2. Guerrero Flores, D. (s / f). Amores e contratos: a Lei do Casamento Civil de 1859. Recuperado de inehrm.gob.mx.
  3. Lei do casamento civil (s / f). Comissão Especial Encarregada das Comemorações do Bicentenário da Independência e do Centenário da Revolução Mexicana do Senado da República. Recuperado de museodelasconstituciones.unam.mx.
  4. Villalobos Calderón, L. (2009). Melchor Ocampo. Validade ideológica. 03 letras douradas (cap. 5-6), pp. 545-559.
  5. Franco, L. (2006, 15 de março). A leitura da Epístola de Melchor Ocampo é retirada nos casamentos. No Crônica. Disponível em cronica.com.mx.