Significado da filosofia contemporânea - Enciclopédia - 2023

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O que é filosofia contemporânea:

Filosofia contemporânea é aquela que cobre as correntes filosóficas que surgiram entre o final do século 19 e o início do século 20, até os dias atuais.

Essas correntes são caracterizadas por busca de respostas para uma série de questões sociais, políticas e econômicas.

A filosofia contemporânea não se deve confundir com a filosofia moderna, visto que esta se desenvolveu numa fase anterior ao século XIX, o que a distingue da filosofia contemporânea, cujo tema central de estudo e análise é o ser humano e a razão.

Entre os filósofos predecessores da filosofia contemporânea podemos citar Immanuel Kant (idealismo alemão), Aguste Comte (positivismo), Karl Marx e Friedrich Engels (materialismo dialético), entre outros.

As correntes filosóficas que surgiram neste período denominado filosofia contemporânea surgiram em meio a importantes acontecimentos históricos e suas consequências sociais, entre as quais podemos citar as duas guerras mundiais.


Assim, a filosofia contemporânea busca responder, em grande medida, a várias questões sobre as questões sociais e as ações que o ser humano deve realizar para alcançar o bem comum.

De fato, os filósofos contemporâneos se encarregaram de institucionalizar suas correntes filosóficas, de modo que seus estudos estivessem à disposição de todos para aprofundar sua importância e análise.

Da mesma forma, na filosofia contemporânea, duas abordagens principais são reconhecidas: a filosofia analítica e a filosofia continental, da qual emergem outros ramos filosóficos.

Veja também Filosofia Moderna.

Principais correntes da filosofia contemporânea

Abaixo estão as correntes que surgiram das duas abordagens principais da filosofia contemporânea, que são a filosofia analítica e a filosofia continental.

Filosofia analítica

A filosofia analítica foi desenvolvida no início do século 20 após os trabalhos e análises realizadas por proeminentes filósofos como Bertrand Russell, George Edward Moore, Ludwig Wittgenstein, Karl Popper, Gottlob Frege, vários membros do Círculo de Viena, Saul Kripke, Donald Davidson, entre outros.


Grande parte desses filósofos realizava seus trabalhos nas universidades, portanto, possuíam amplo conhecimento acadêmico. No entanto, anteriormente, nos séculos 18 e 19, muitos filósofos estabeleceram suas posições fora da academia.

A filosofia analítica foi concebida, em grande parte, por filósofos anglo-saxões do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, entre outros países.

Este ramo filosófico se caracterizou por enfocar especialmente a análise da linguagem e do conhecimento por meio do desenvolvimento lógico e sua justificativa. Por esta razão, a filosofia analítica acabou sendo o fim das investigações científicas.

Da mesma forma, ele mostra oposição ao idealismo, dialética e várias posições da filosofia continental. Ela é até cética sobre a metafísica.

Durante o século XX, surgiram novas correntes filosóficas derivadas da filosofia analítica, tais como:

  • Positivismo lógico: também conhecido como empirismo lógico é um ramo da filosofia que considera as experiências humanas como responsáveis ​​pela formação de ideias e conhecimentos.
  • Filosofia da linguagem: ramo da filosofia que estuda a linguagem, especialmente o que é significado, o uso da linguagem e sua interpretação.
  • Filosofia da mente: ramo da filosofia que estuda a mente e está relacionado com a epistemologia.
  • Epistemologia: ramo da filosofia que estuda os métodos e validade do conhecimento científico.

Filosofia continental

A filosofia continental é composta por ramos filosóficos que contrastam com a filosofia analítica e que se desenvolveram entre os séculos XIX e XX na Europa continental.


A filosofia continental se caracteriza por ser especulativa, rejeitando o cientificismo, carente de análises e, em certa medida, continuando com as postulações de Immanuel Kant.

Seus principais pensadores incluem Edmund Husserl, Jean Paul Sartre, Martin Heidegger, Michael Foucault, Albert Camus, Jacques Derrida, Giles Deleuze, Theodor Adorno, Max Horkheimer, Claude Lévi-Strauss, entre outros.

Alguns dos ramos filosóficos que pertencem à filosofia continental são:

  • Fenomenologia: corrente filosófica idealista que estuda e descreve os fenômenos da consciência como eles são apresentados.
  • Existencialismo: corrente filosófica que se preocupa em dar uma resposta aos problemas fundamentais do ser humano.
  • Estruturalismo: abordagem filosófica que se concentra na análise da linguagem, cultura e sociedade.
  • Hermenêutica: ramo da filosofia que se preocupa com a compreensão dos eventos humanos considerando o contexto em que ocorrem. Também pode ser entendida como Teoria da Verdade, segundo o filósofo Hans-Georg Gadamer.

Veja também Filosofia.