Recursos Naturais da América (Norte e Sul) - Ciência - 2023
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Contente
- Recursos hídricos
- Agricultura na América do Norte
- Agricultura na América do Sul
- Pecuária na América do Norte
- Pecuária na América do Sul
- Coleta de animais selvagens na América do Norte
- Uso da fauna na América do Sul
- Áreas protegidas
- Uso da floresta
- Aquicultura
- Hidrocarbonetos e minerais
- Referências
o Recursos naturais da América os mais importantes são os recursos hídricos, agricultura, pecuária, recursos florestais, aquicultura, hidrocarbonetos e minerais. A América é um continente isolado dos outros continentes, sua superfície é de 42.262.142 km2. Seus limites são: o oceano glacial Ártico ao norte, o Atlântico a leste, o glacial Antártico ao sul e o Pacífico a oeste.
É composto por dois subcontinentes (América do Norte e América do Sul), que permaneceram separados por milhões de anos até ocuparem suas posições atuais e se unirem formando o Istmo do Panamá no final do Terciário, cerca de 3 milhões de anos atrás.
O território norte-americano começa dentro do Círculo Polar Ártico e seu limite extremo ao sul é o rio Suchiate, que marca parte da fronteira entre o México e a Guatemala. Seu litoral se estende ao longo dos oceanos Ártico, Pacífico e Atlântico.
O território da América do Sul se estende desde o Canal do Panamá até a Passagem de Drake, na Argentina. Em seu relevo, destaca-se a cordilheira dos Andes, que se estende pela parte ocidental, pelos grandes planaltos do Brasil e pelas amplas planícies que formam os pampas da Argentina e do Uruguai.
Recursos hídricos
Os principais lagos da América do Norte são o Lago Superior, que é o maior lago do mundo com uma área de 82.500 km2. Outros são o Lago Huron (59.250 km2), Lago Erie (25.700 km2), Lago Ontário (19.500 km2) e o Lago Michigan 57.750 km².
Na América do Sul, os lagos não são tão grandes se comparados aos encontrados no norte do continente. O maior lago é o Lago Maracaibo, na Venezuela (13.820 km2), seguido pelo Lago Cocibolca na Nicarágua e Lago Titicaca na Cordilheira dos Andes entre a Bolívia e o Peru. Este último tem a particularidade de ser o lago mais alto do mundo com tráfego de navios de carga.
O rio Mississippi é um dos rios mais importantes do mundo, o maior da América do Norte. Nasce no Lago Itaska, no norte dos Estados Unidos, e deságua no Golfo do México. Possui extensão de 3.770 km2, e é alimentado a oeste pelo rio Missouri, que nasce nas Montanhas Rochosas e a leste pelo rio Ohio.
Na América do Sul, o rio Amazonas é o mais importante. Nasce na cordilheira dos Andes e é a maior do mundo, contendo cerca de um quinto da água doce do planeta. Atravessa os territórios do Peru, Colômbia e Brasil, com uma extensão de 7.062 km.
Os rios Paraná, Paraguai, Uruguai e Rio de la Plata formam a bacia do Prata, uma das mais importantes bacias hidrológicas do continente, que inclui parte do território do Brasil, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina.
Também encontramos grandes pântanos no continente como na região do Pantanal no cetro sul-americano entre os países do Brasil, Paraguai e Bolívia, e os Envergadles na Flórida na América do Norte.
Esses grandes pântanos atuam como importantes reservatórios de água continental, além de abrigar um grande número de espécies da flora e fauna aquática da América.
Agricultura na América do Norte
Os EUA e o Canadá foram o segundo e o quinto maiores exportadores mundiais de produtos agrícolas em 2015 (CAES, 2016).
Em 2007, 51% do território dos EUA era usado para agricultura. Os principais produtos foram milho, algodão, trigo, frutas cítricas, melão, nozes, arroz, soja, açúcar, batata e tomate, entre outros (USDA, 2015).
Em 2011, o total de terras agrícolas era de 64,8 milhões de hectares, 7% do seu território, e suas atividades agrícolas contribuíram em 2014 com 6,6% do PIB do país (CAES, 2016).
No México, 26,9 milhões de hectares são usados para a agricultura. Os principais produtos agroalimentares exportados em 2016 foram Abacate (50,8% do mundo), Tomate (21,5% do mundo) e frutas frescas (9,6% do mundo) (SAGARPA, 2016).
Os países que mais contribuem para as exportações agrícolas da América Central são Costa Rica e Guatemala. Em 1996, o PIB da América Central era de pouco mais de 30 milhões de dólares e suas exportações eram de 8 milhões de dólares, 68% de suas exportações totais.
Os principais produtos colhidos foram arroz, feijão, milho, sorgo, algodão, banana, cacau, café, flores e folhagem e cana-de-açúcar (Arce, et. Al., 1999).
Agricultura na América do Sul
As principais culturas da América do Sul são: trigo, arroz, sementes oleaginosas e grãos grossos.
Nas últimas duas décadas, a América do Sul aumentou significativamente sua participação no comércio mundial de alimentos, devido ao desempenho do Brasil e da Argentina, países que conseguiram aproveitar o expressivo aumento da demanda por soja, principalmente da China.
O Peru é o centro de origem de duas culturas de grande importância cultural; a batata (Solanum tuberosum) e o feijãoPhaseolus vulgaris) (Garzón, 2016). Enquanto o Paraguai é o centro de origem de espécies como a mandioca (Manihot esculenta), batata doce (Ipomoea batatas), o amendoim (Arachis hypogaea), e abacaxi (Ananas comosus) (CBD, 2003).
Pecuária na América do Norte
Os principais produtos que o Canadá produz a partir do sistema pecuário são carne vermelha (cerca de US $ 15,1 bilhões). Também lácteos -6,1 bilhões de dólares- e ovos e aves -2,3 bilhões de dólares-. Outro produto importante é a carne suína (CAES, 2016).
O lucro da pecuária nos Estados Unidos é de 100 bilhões por ano. Os principais produtos que exporta são bovinos, carnes, laticínios, suínos, aves e ovos, lã, ovinos, suínos e ovinos (USDA, 2015).
O México aloca 109,8 milhões de hectares para a pecuária. Atualmente existem granjas de aves, bovinos, ovinos, caprinos, suínos e colmeias (SAGARPA, 2016). Além disso, ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de exportação de mel (SAGARPA, 2016).
Pecuária na América do Sul
As principais fazendas da América do Sul são destinadas a bovinos, suínos, ovinos, apícolas e laticínios. Sendo o Brasil o principal exportador de carne de frango do mundo e o Chile o segundo exportador de carne suína da América Latina (FAO, 2013).
Coleta de animais selvagens na América do Norte
O México e os Estados Unidos são países muito diversos. O México ocupa o terceiro lugar nos países com mais mamíferos, o segundo em répteis e o quinto em anfíbios (Biodiversidad Mexicana, 2013).
Canadá e Estados Unidos têm as renas (Rangifer tarandus) como uma das espécies em ranchos de caça, outras espécies, como alces (Cervus canadensis) e veado-de-cauda-branca (Odocoileus virginianus) ou cervídeos (Mazama spp.), entre outros (Chardonet, et. al., 2002).
No México, muitos animais são usados para a caça esportiva. As espécies mais comuns são: veado-de-cauda-branca (Odocoileus virginianus), veado-mula (Odocoileus hemionus), porco selvagem (Pecari tajacu), Rana forreri (Lithobates Forreri), Zenaida asiática (Pombo alado branco), o coiote (Canis Latrans), Pombo Huilota (Zenaida macroura), Codorna da Califórnia (Callipepla californica), lebre cinzenta (Lepus callotis), Galeirão americano (Fulica americana), Coelho da Flórida (Sylvilagus floridanus), entre muitos outros (Biodiversidad Mexicana, 2012).
Uso da fauna na América do Sul
Na Venezuela, eles criam a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e o jacaré (Caiman crocodilus) em grandes fazendas, que são exportadas (Chardonnet, et. al., 2002).
Na Costa Rica, eles criam iguanas verdes para consumo de carne, produção de pele, como animais de estimação e turismo (Chardonnet, et. Al., 2002).
As fazendas de Psittacidae são a arara vermelha (Ara macao) ou papagaios da Amazônia (Amazona spp.) Eles também têm valor comercial em países como Argentina e Costa Rica (Chardonnet, et. Al., 2002).
Outras espécies criadas são a chinchila (Chinchila laniger), A lontra (Myocastor coypu), Tartarugas amazônicas (Podocnemis expansa), tepezcuintle (Cuniculus paca) (Chardonnet, et. Al., 2002), entre muitos outros.
Áreas protegidas
Em 2006, a América do Norte tinha 360 milhões de hectares de áreas protegidas, dos quais mais de 70% estavam nos Estados Unidos (Nações Unidas, 2008c; FAO, 2009).
No Canadá, existe o Parque Nacional Gros Morne; nos EUA, os Parques Nacionais Everglades e o Grand Canyon; no México, a antiga cidade maia, a floresta tropical de Calakmul, as ilhas e áreas protegidas do Golfo da Califórnia (IUCN, 2016).
Em países da América Central, como Belize, existe o Sistema de Reserva da Barreira de Corais de Belize e na Costa Rica o Parque Nacional La Amistad. Por fim, no Panamá, o parque nacional Coiba e uma zona especial de proteção marítima (IUCN, 2016).
Na América do Sul as principais Áreas Protegidas são: Na Argentina o Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil a Área Protegida da Chapada dos Veadeiros e os Parques Nacionais das Emas e Iguaçu e no Equador as Ilhas Galápagos (IUCN, 2016).
Uso da floresta
Segundo a FAO (2010), a América do Norte possui 705 milhões de hectares de área florestal, 33% de sua área total. A América do Norte é o maior produtor, consumidor e exportador mundial de produtos de madeira.
Em 2006, o Canadá e os Estados Unidos produziram cerca de 1,5 milhão e 1 milhão de toneladas de pellets de madeira, respectivamente, e assim ficaram em segundo e terceiro lugar atrás da Suécia (FAO, 2009).
A produção dos poucos produtos florestais não madeireiros economicamente importantes e com mercados bem estabelecidos, principalmente nos Estados Unidos e Canadá, é xarope de bordo e árvores de natal, ambos altamente comercializados (FAO, 2009).
No México são 30 espécies representativas comercializadas no mercado formal, com destaque para: a palmeira camedor (Chamaedorea elegans), cogumelos selvagens (Tricholoma magnivelare) e resina de pinho (Pinus leiophylla, P. oocarpa, P. pseudostrobus) (López, et. Al., 2005; Marshall, et. Al., (2006); Sosa - Montes, et. Al., 2013), entre outros.
Segundo a FAO, estes são os produtos florestais não madeireiros mais representativos da América Central: em Belize, chicle (Manilkara zapota) e na Costa Rica, plantas medicinais (Caesalpinia pulcherrima, Cupressus lusitánica, Equisetum bogotense, entre outros),
Em el salvador plantas medicinais (Myroxylon balsamum var. Pereirae, Polypodium aureum, fístula de Cassia, entre outros), na Guatemala o xate para o florista (Chamadorea spp.) e em plantas medicinais de Honduras (Quassia Amara, Fevillea cordifolia, Smilax spp., entre outras),
Na Nicarágua, o artesanato (Cardulovica palmata, Pinus oocarpa, Attalea butyracea, entre outros) e, finalmente, no Panamá, eles são usados principalmente para fins medicinais (Equisetum bogotense, Lippia alba, Cymbopogon citratus, entre outros) (Robles - Valle, et. al., 2004).
Aquicultura
Em 2013, a produção de aquicultura dos EUA foi de 1,37 bilhão. Destacam-se peixes para consumo alimentar, ornamentais, moluscos, crustáceos e alguns répteis como crocodilos e tartarugas (USDA, 2015).
No México, 11 mil km de litoral são destinados à pesca, além de 120 mil hectares à aquicultura. Em 2016 foram pescados 1,3 milhão de toneladas e levantadas 361 mil toneladas de espécies. O camarão é o produto de exportação da aquicultura que se destaca com 1,8% do total mundial (SAGARPA, 2016).
Enquanto isso, na América do Sul, a produção aquícola em 2010 colheu 602.000 toneladas de peixes de água doce e 503.000 toneladas de crustáceos, com 314.000 toneladas de moluscos (FAO, 2013).
Hidrocarbonetos e minerais
No continente existem duas importantes áreas de reservas de petróleo, uma localizada na Venezuela, onde se encontram 18% das reservas mundiais de petróleo, e uma produção de 999.400 barris / dia.
A segunda área está localizada no Canadá, este país ocupa o terceiro lugar em reservas de petróleo do mundo, só superado pela Arábia Saudita e Venezuela (CIA, 2015).
No entanto, o óleo canadense é dissolvido em areias betuminosas. Sua extração é mais cara e muito menos lucrativa em comparação com a extração de petróleo convencional. Também envolve a mineração a céu aberto para separar as areias do petróleo bruto, causando sérios danos ao ecossistema.
No que diz respeito aos minerais, constatamos que, na América do Norte, os Estados Unidos são o oitavo maior produtor de urânio do mundo e o primeiro do continente americano. O México é o principal produtor de prata e junto com o Peru produzem cerca de 40% da prata do planeta.
Entre os países mineradores da América do Sul, encontramos o Brasil, que por muitos anos foi o maior produtor mundial de ouro (Malm, 1998), e o Chile, que é o maior produtor mundial de cobre (Sturla & Illanes, 2014).
Referências
- (2009). América do Norte. Recuperado em 4 de janeiro de 2017 do site da FAO: fao.org.
- (2010). Relatório principal da Global Forest Resources Assessment 2010. Obtido em 4 de janeiro de 2017 no site da FAO: fao.org.
- (2012). Unidades de manejo para a conservação da fauna silvestre. Obtido em 5 de janeiro do site da Biodiversidade Mexicana: biodiversity.gob.mx.
- (2013). Perspectivas para a agricultura e o desenvolvimento rural nas Américas: um olhar para a América Latina e o Caribe. Obtido em 5 de janeiro de 2017 no site da FAO: fao.org.
- (2013). O que é um país megadiverso? Obtido em 5 de janeiro de 2017 no site da Biodiversidad Mexicana: biodiversity.gob.mx.