Tipos de feminismo - Enciclopédia - 2023


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Quantos tipos de feminismo existem?

O feminismo ou movimento feminista é conhecido por promover a igualdade de direitos entre os sexos. O feminismo hoje tem uma grande diversidade de tendências de pensamento ou focos de interesse, mas o movimento se percebe como um só. Vamos conhecer os 20 tipos mais importantes de feminismo.

Feminismo filosófico

Simone de Beauvoir

O feminismo filosófico é aquele cujo propósito é refletir sobre a ideia, o conceito e a função das mulheres na ordem social. Também propõe a revisão da história da filosofia, de onde o traço feminino foi apagado. Tem servido de base e justificativa para os diferentes movimentos feministas.

Ao longo da história, figuras como Mary Wollstonecraft (precursora), Flora Tristán, John Stuart Mill, Simone de Beauvoir, Clara Campoamor, María Laffitte e, atualmente, Celia Amorós e Amelia Valcárcel têm se destacado no feminismo filosófico. Outras.


Feminismo radical

Feminismo radical, também conhecido como RadfemÉ um movimento que surgiu por volta dos anos 1960. Ao contrário da crença popular, está bem longe do extremismo. Leva o nome de radical da palavra "raiz", pois visa investigar as raízes da opressão das mulheres. Para este tipo de feminismo, a opressão "reside" na ordem sócio-política e econômica, da qual também derivam práticas discriminatórias como o racismo e o classismo.

Feminismo liberal

O feminismo liberal é aquele que busca promover o reconhecimento e a aceitação das capacidades das mulheres em atividades e empregos historicamente associados aos homens. Trata da promoção de leis de inclusão que favoreçam a igualdade de oportunidades.

Feminismo da igualdade

Símbolo de igualdade de gênero


O feminismo da igualdade está comprometido com uma agenda ativista e busca promover práticas sociais de igualdade entre homens e mulheres, por entender que as diferenças entre os gêneros são estritamente culturais. Isso supõe a pretensão de consolidar uma nova ordem social baseada em valores democráticos e igualitários.

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Feminismo de diferença

O feminismo da diferença parte da psicanálise e do conceito de alteridade. Considera a mulher como um ser absolutamente outro, ou seja, como uma especificidade que não pode ser igualada ao homem. Pressupõe a exploração do inconsciente como mecanismo de construção da identidade feminina.

Feminismo factual ou científico

Este tipo de feminismo é baseado na biologia evolutiva e na psicologia. Ele se opõe à ideia de que as únicas diferenças entre homens e mulheres são culturais, pois reconhece as diferenças biológicas. No entanto, aponta que tais diferenças não justificam a desigualdade de gênero e que, portanto, é necessário construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva em termos de direitos.


Feminismo abolicionista

Símbolo do movimento feminista em geral.

O feminismo abolicionista se preocupa em combater a exploração comercial e sexual do corpo feminino e todas as formas de tráfico de mulheres. Entre seus principais objetivos está a abolição da prostituição, da qual deriva seu nome. Mas não se limita a isso. Ele também se opõe à barriga de aluguel gestacional (barriga de aluguel ou barriga de aluguel) e pornografia.

Feminismo marxista

No feminismo socialista, a reflexão sobre os modos de construção do poder na sociedade a partir da teoria marxista é fundamental. Ele enfatiza as realidades materiais e as condições econômicas que podem atuar como perpetuadores da opressão. O feminismo marxista leva em consideração a maneira específica como influencia o capitalismo como sistema dominante na hegemonia do patriarcado.

Feminismo pós-colonial

O feminismo pós-colonial é aquele que estuda e reflete sobre a condição das mulheres nas esferas geopolíticas pós-coloniais, onde as relações de dependência com a ex-metrópole dominante têm desempenhado um papel na construção social. Destaca a adoção de esquemas de pensamento do colonizador, dos quais a população costuma desconhecer. Entre eles, racismo, classismo e machismo.

Anarco-feminismo ou feminismo anarquista

O anarco-feminismo é uma filosofia política de luta pela igualdade de gênero que toma como referência os postulados da ideologia anarquista. Do seu ponto de vista, o anarquismo é favorável ao feminismo, pois questiona ou afeta adversamente os diferentes modos de controle social, dos quais o patriarcado é uma expressão.

Feminismo negro

Pôster de feminismo negro

O feminismo negro leva em consideração a situação particular das minorias raciais, cuja discriminação e marginalização social estão agravando a condição de subordinação das mulheres afrodescendentes no contexto de várias sociedades. Esse feminismo entende que o racismo, além do patriarcado, influencia a ordenação do poder e os papéis de gênero.

Feminismo masculino

O feminismo masculino, também conhecido como aliado do feminismo ou homens igualitários, é um movimento masculino comprometido com a igualdade de gênero. Estuda os efeitos da cultura do patriarcado e do machismo, não apenas como construtora de privilégios baseados no gênero, mas principalmente como mecanismo enganoso que também restringe a liberdade dos homens na ordem social.

Feminismo lésbico

O feminismo lésbico revê a naturalização da normatividade sexual, especificamente da heterossexualidade. Compreender que a naturalização da heterossexualidade favorece o conceito de papéis sociais de acordo com o gênero. Por exemplo, que as mulheres deveriam cuidar das tarefas domésticas enquanto os homens deveriam ser os provedores. O feminismo lésbico aplica o termo princípios heteronormativos a esta concepção tradicional de papéis sociais por gênero.

Feminismo cultural

Abrange diferentes tendências que propõem o desenvolvimento da mulher no quadro de uma contracultura do feminino. Ele considera as mulheres moralmente superiores aos homens e vê nela um vínculo especial com a natureza por causa de sua condição de mãe.

NOTA: Devemos esclarecer que, porém, diante desse sentido, a expressão feminismo cultural referia-se ao feminismo despolitizado.

Feminismo separatista

O feminismo separatista baseia parte de suas reflexões nas teorias do feminismo lésbico. No entanto, distingue-se por propor a separação entre homens e mulheres como única forma de as mulheres atingirem o seu potencial. Dentro do feminismo separatista, existem duas tendências: separatismo geral e separatismo lésbico.

Ciberfeminismo

O ciberfeminismo estuda a forma como as noções de gênero são construídas nas redes sociais e no ciberespaço em geral, cujas condições e práticas permitem contornar a concepção tradicional dos papéis de gênero.

Ecofeminismo

O ecofeminismo relaciona o feminismo com o estudo e proteção do meio ambiente. Identifica uma analogia entre a exploração indiscriminada do ecossistema pelo capitalismo e a exploração do corpo feminino na ordem patriarcal, de forma que considera o capitalismo e o patriarcado a expressão do mesmo fenômeno. Nesse sentido, ele entende que o modelo matriarcal se apresenta como uma alternativa horizontal.

Feminismo pró-vida

O feminismo pró-vida fala contra o aborto enquanto endossa o resto da agenda feminista. O feminismo pró-vida argumenta que o princípio da igualdade deve passar pelo respeito pela vida dos mais vulneráveis, o que inclui os que ainda não nasceram. Da mesma forma, questiona as supostas vantagens ou conveniências do aborto para as mulheres.

Transfeminismo

Símbolo do transfeminismo

Transfeminismo é baseado no teoria queer, e sugere que não só o gênero é uma construção sociocultural, mas também o sexo biológico. Essa perspectiva entrou em conflito com outras formas de feminismo que, de fato, ignoram esse movimento como feminista e o denunciam. transativismo.

Feminismo dissidente

O feminismo dissidente agrupa mulheres que se distanciam de alguns objetivos ou métodos de outros feminismos. Não é unificado. Alguns setores relativizam o peso do patriarcado na opressão feminina, outros questionam a necessidade de modificação do código civil.